AD e IL já fazem contas para aliança pós eleitoral tendo em vista maioria. PS desvaloriza sondagens.
Na reta final da campanha eleitoral, as caravanas partidárias visitaram mercados e fizeram arruadas em todo o país, para convencer o eleitorado que ainda está indeciso.
Luís Montenegro tem vindo a reforçar os apelos ao voto útil na AD, dirigindo-se aos eleitores que estão cansados com a frequência de eleições. Associando a coligação de centro-direita à estabilidade política, o social-democrata acusa a oposição de ser "uma maioria destrutiva" que "faz da instabilidade um modo de vida".
Neste sprint final para as eleições legislativas, Rui Rocha vai namorando a ideia de uma possível aliança pós-eleitoral com a AD e deu um o em frente, desafiando diretamente Pedro Nuno Santos a esclarecer se o PS será uma força "colaborativa" ou de "bloqueio" na oposição, caso a AD vença as eleições e a Iniciativa Liberal integre o próximo Governo.
Apesar de as sondagens não serem favoráveis, Pedro Nuno Santos está confiante numa vitória do PS e considera que os portugueses perderam a confiança na AD. Até agora, sem falar em cenários de governabilidade no pós-eleições, o socialista garante apenas estar disponível para "dialogar" e "ceder" em nome da estabilidade política.
André Ventura esteve em stand-by nos últimos dias da campanha, após uma indisposição durante um comício que o obrigou a ar a noite de terça-feira no hospital de Faro.
Esta quinta-feira de manhã regressou à estrada para se juntar à caravana do Chega, mas voltou a sentir-se mal e teve de ser retirado de uma ação de campanha em Odemira e transportado para um centro de saúde para receber cuidados médicos, sendo posteriormente levado para o hospital para ser submetido a novos exames.
Mais de 9 milhões de eleitores votam este domingo dia 18 de maio nas eleições legislativas, para eleger um novo Parlamento pela terceira vez em três anos. Cerca de 330 mil votaram antecipadamente no domingo ado.
As sondagens colocam a AD em vantagem sobre o PS, mas ainda longe de uma maioria absoluta, não garantindo condições de estabilidade política ao país.
Sob a ameaça de uma comissão parlamentar de inquérito sobre as atividades de uma empresa de consultoria que, desde então, pôs em nome dos filhos, Montenegro apresentou em março uma moção de confiança, que acabou rejeitada, abrindo o caminho para as eleições antecipadas.
Segundo dados de uma compilação de sondagens da Rádio Renascença, a AD, de Luis Montenegro, conta com 32% das intenções de votos, contra 26,5% para o PS, de Pedro Nuno Santos.