O líder do Chega voltou a sentir-se indisposto numa ação de campanha em Odemira. Cateterismo realizado no hospital de Setúbal não revelou problemas nas artérias coronárias mas Ventura não regressará para encerrar a campanha.
André Ventura regressou esta quinta-feira de manhã à campanha, mas teve que ser retirado de uma arruada em Odemira, após sentir-se mal novamente.
O presidente do Chega voltou a levar a mão ao peito, foi agarrado pelos seguranças e colocado dentro de um carro. Minutos depois chegou ao local uma ambulância do INEM.
Depois de receber os primeiros cuidados médicos, ainda fez um eletrocardiograma no local e, aparentemente, a primeira avaliação descartou problemas cardíacos.
O líder partidário seguiu depois de ambulância para o centro de saúde de Odemira onde recebeu assistência médica, sendo posteriormente levado para o hospital de Santiago do Cacém para ser submetido a novos exames.
Por indicação médica, o líder do Chega foi transferido de ambulância para o hospital de Setúbal para realizar um cateterismo, um exame que, permite a observação das artérias coronárias de forma a perceber se existem lesões e despistar uma eventual doença do foro cardíaco. Este exame não está disponível na unidade hospitalar de Santiago do Cacém.
De acordo com o diretor do serviço de Urgência do hospital de Santiago do Cacém, não há, para já, evidência de nenhum episódio cardíaco mas, tratando-se de um "segundo episódio de dor toráxica", a indicação clínica foi a de realização de exames mais específios.
"Existe sempre a hipótese diagnóstica de os exames virem normais e termos sempre que fazer um cateterismo", explicou aos jornalistas, garantindo ainda que o processo a envolver André Ventura foi semelhante ao de qualquer outro doente.
"Foi feito o procedimento normal para qualquer doente com este estado clínico, motivo pelo qual chegámos à conclusão de que temos de descartar uma doença cardíaca antes de pensarmos noutras hipóteses", afirmou.
O exame não revelou problemas nas artérias coronárias e André Ventura deverá ter alta após mais algumas horas de observação médica. Não regressará, porém, à campanha: o Chega informou ao início da noite de quinta-feira que o líder do partido regressará a casa após a alta "atendendo às últimas informações médicas".
O Chega manterá a agenda apesar da ausência de Ventura.
Nas redes sociais, circulam imagens do momento em que André Ventura se sentiu mal.
O candidato do Chega teve alta do hospital de Faro na quarta-feira, onde ou a noite de terça-feira depois de se ter sentido mal num jantar-comício em Tavira, no décimo dia da campanha eleitoral para as eleições legislativas de domingo.
Ventura teve um espasmo esofágico causado por problemas de refluxo gástrico, associado a um pico de tensão, segundo informação hospitalar.
Numa reação aos jornalistas, o presidente da República desejou que André Ventura "recupere, melhore e tenha juízo". Lembrando que "o cansaço acumulado, o stress e o calor" fazem parte das campanhas eleitorais, Marcelo Rebelo de Sousa disse que o líder do Chega "devia ter precauções e não lançar-se imediatamente" à estrada.
Luís Montenegro também ligou esta manhã a André Ventura, após a nova indisposição. Como o presidente do Chega não atendeu, Montenegro falou com Pedro Pinto "desejando, em nome da AD, rápidas melhoras”.
Além da arruada em Odemira, esta manhã, a agenda do Chega também contemplava uma agem por Pegões, Setúbal.