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Uma esmagadora maioria (67,4%) entende tamb\u00e9m que apesar de uma vit\u00f3ria que poder\u00e1 ser curta e n\u00e3o garantir\u00e1 a estabilidade governativa, Lu\u00eds Montenegro n\u00e3o deve fazer qualquer alian\u00e7a com o Chega.Sobre o favorito para ocupar o cargo de primeiro-ministro, Lu\u00eds Montenegro continua a recolher as prefer\u00eancias dos inquiridos: 44,1% disseram preferir o l\u00edder da AD, comparando com 26,7% que escolheriam Pedro Nuno Santos e 14,6% que optariam por Andr\u00e9 Ventura.Problemas do pa\u00eds: sa\u00fade, habita\u00e7\u00e3o e imigra\u00e7\u00e3oO estado do Servi\u00e7o Nacional de Sa\u00fade continua a estar no topo das preocupa\u00e7\u00f5es dos portugueses. Nas respostas \u00e0 sondagem da Consulmark2 para o Nascer do SOL e a Euronews, 51,4% dos inquiridos\u00a0dizem que o que se a no pa\u00eds ao n\u00edvel do o a cuidados de sa\u00fade \u00e9 o problema mais grave com que o Portugal se depara neste momento, um valor que representa uma subida de quase 3% em rela\u00e7\u00e3o ao final de abril.O o \u00e0 habita\u00e7\u00e3o \u00e9 a segunda maior dificuldade com que os portugueses se deparam, com 37% dos inquiridos a dizerem que esse \u00e9 um dos problemas mais graves de Portugal, embora a preocupa\u00e7\u00e3o com o assunto tenha diminu\u00eddo 6% em rela\u00e7\u00e3o ao final do m\u00eas ado.Em terceiro lugar na lista de preocupa\u00e7\u00f5es dos inquiridos neste estudo de opini\u00e3o \u2013 que no que diz respeito a esta quest\u00e3o em espec\u00edfico puderam dar respostas m\u00faltiplas \u2013\u00a0 est\u00e1 a imigra\u00e7\u00e3o. Ao todo, 22,6%\u00a0 dizem que \u00e9 um problema com que Portugal se debate. 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Segundo a sondagem da Consulmark2 para o Nascer do SOL e a Euronews, o antigo chefe de Estado Maior da Armada re\u00fane 27,7% das inten\u00e7\u00f5es de voto (menos 1,3% do que no final de abril) para as elei\u00e7\u00f5es presidenciais que dever\u00e3o realizar-se em janeiro de 2026.A sondagem foi realizada entre os dias 6 e 13 de maio, antes de Henrique Gouveia e Melo ter confirmado, na ada quarta-feira, em entrevista \u00e0 R\u00e1dio Renascen\u00e7a, que ser\u00e1 mesmo candidato \u00e0 Presid\u00eancia da Rep\u00fablica e que a sua candidatura dever\u00e1 ser oficialmente apresentada no pr\u00f3ximo dia 28 de maio.No segundo lugar, destacado dos restantes eventuais candidatos, est\u00e1 o \u00fanico cuja candidatura ao Pal\u00e1cio de Bel\u00e9m j\u00e1 foi oficialmente apresentada: Lu\u00eds Marques Mendes, apoiado para j\u00e1 pelo PSD, re\u00fane 16,5% das inten\u00e7\u00f5es de voto.Mais abaixo nesta lista est\u00e1 Andr\u00e9 Ventura. 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Todavia, quando \u00e9 medido o confronto direto entre os dois, os inquiridos n\u00e3o tem d\u00favidas: 41,7% prefere Seguro a Vitorino para ser o candidato apoiado pelo PS.Todavia, esta \u00e9 uma corrida longe de estar fechada: h\u00e1 ainda 17,8% de inquiridos que n\u00e3o sabem em quem vai votar.\u00a0Entrevista Jos\u00e9 Constantino Costa: \u201cN\u00e3o me parece descabido pensar numa maioria com a Iniciativa Liberal\u201dO diretor t\u00e9cnico da Consulmark2, respons\u00e1vel pelo estudo de opini\u00e3o, salienta que h\u00e1 uma grande estabilidade na tend\u00eancia de voto dos portugueses e identifica os pequenos detalhes que poder\u00e3o decidir o resultado das elei\u00e7\u00f5es deste domingo. Os quatro estudos de opini\u00e3o sobre as inten\u00e7\u00f5es de voto dos portugueses para as elei\u00e7\u00f5es de 18 de maio, feitos pela Consulmark2 para o Nascer do SOL_e a Euronews entre o final de mar\u00e7o e a primeira quinzena de maio, mostram uma enorme estabilidade nos resultados.Jos\u00e9 Constantino Costa, diretor t\u00e9cnico da sondagem que h\u00e1 um ano foi a que mais se aproximou dos resultados finais, compara os resultados atuais com os de 2024, identifica os pequenos fatores que poder\u00e3o definir o sentido de voto e tamb\u00e9m aquilo a que devemos ficar atentos na noite eleitoral.Como \u00e9 que estes resultados comparam com os de h\u00e1 um ano?N\u00e3o h\u00e1 grandes diferen\u00e7as\u2026 tamb\u00e9m s\u00f3 ou um ano. 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H\u00e1 alguma tend\u00eancia a destacar?Os resultados foram sempre muito est\u00e1veis. J\u00e1 em 2024 tinha sucedido o mesmo. Desde a primeira vaga, os resultados variaram muito pouco. A AD ganha, com maioria relativa, mas n\u00e3o me parece descabido pensar numa maioria com a Iniciativa Liberal. Para al\u00e9m da soma das percentagens dar 41%, h\u00e1 um fator que pode vir a ser determinante nestas elei\u00e7\u00f5es: a absten\u00e7\u00e3o \u2013 e essa as sondagens n\u00e3o conseguem resolver porque\u00a0toda a gente diz que vai votar\u2026 Um dos grandes motivos de interesse da noite eleitoral \u00e9 saber quem \u00e9, ou n\u00e3o, prejudicado pela absten\u00e7\u00e3o.Qual a explica\u00e7\u00e3o para essa estabilidade?ou muito pouco tempo desde as \u00faltimas elei\u00e7\u00f5es. Os l\u00edderes continuam a ser os mesmos, as pol\u00edticas as mesmas e as pessoas t\u00eam o seu voto determinado. 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Sondagem: AD mantém liderança e direita a maioria no parlamento

Luís Montenegro
Luís Montenegro Direitos de autor AP Photo
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De Nuno Tiago Pinto
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AD mantém vantagem sobre o Partido Socialista enquanto Chega continua como terceira força política. Iniciativa Liberal consolida quarto lugar.

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Na última sondagem antes das legislativas do próximo domingo sobre as intenções de voto dos portugueses, a AD mantém uma vantagem de 7% em relação ao Partido Socialista. O Chega continua a ser a terceira força política mais votada. A Iniciativa Liberal consolida o resultado que tem sido projetado desde que a moção de confiança ao governo foi rejeitada e foram convocadas eleições para 18 de maio, o Livre regista a maior subida, enquanto o Bloco de Esquerda, a CDU e o PAN continuam abaixo dos 4%.

De acordo com a sondagem feita pela Consulmark2 para o Nascer do SOL e a Euronews – que nas últimas eleições foi a que mais se aproximou do resultado final –, salvo a exceção do Livre, que subiu bastante, a tendência do voto manteve-se estável ao longo dos últimos dois meses.

Os resultados do estudo conduzido entre os dias 6 e 13 de maio indicam que a AD liderada por Luís Montenegro deverá obter cerca de 33,1% dos votos, seguida pelo PS de Pedro Nuno Santos com 25,9% e do Chega com 15,7%. Já a Iniciativa Liberal deverá alcançar os 7,6% dos votos, seguida de perto pelo Livre que nesta última vaga atinge os 6,2%. Já o Bloco de Esquerda fica-se pelos 3,8%, a CDU pelos 2,8% e o PAN pelos 1,1%.  Foram inquiridas 589 pessoas através de entrevista telefónica, sendo 283 homens e 306 mulheres.

Intenção de voto dos portugueses com distribuição de indecisos
Intenção de voto dos portugueses com distribuição de indecisosEuronews/Nascer do SOL

Em conjunto, a AD e a IL aproximam-se dos 41% dos votos, um valor próximo do que foi conseguido por António Costa quando conquistou a maioria absoluta. Tudo dependerá da abstenção e da distribuição de mandados de deputados.

Estes resultados incluem já a distribuição aritmética de indecisos que se mantém nos 19%. A margem de erro é de 4%.  Sem essa distribuição, 26,5% dos inquiridos disseram ter intenção de votar na AD, contra 20,7% que manifestaram a preferência pelo PS. Já André Ventura e o Chega recolheram 12,6% das intenções de voto, a Iniciativa Liberal 6,1% e o Livre 4,9%. O BE obteve  3,1% das intenções, a CDU 2,2% e o PAN 0,8%.

Um ponto importante é que do total de inquiridos, 89% garantem que irão votar e 78,1% dizem que já decidiram o sentido de voto. Estes dois valores tem subido de forma constante entre março e o início de maio. Questionados sobre se os debates televisivos tiveram influência o sentido de voto, a maioria (66%) garante que os confrontos não tiveram importância na escolha, contra 34% que dizem que sim. No entanto, 70% acreditam que eles foram importantes para a tomada de decisão dos restantes eleitores. Uma maioria, 60,3%, disse ter visto os debates de 2024 e de 2025

Já na perceção pública de qual vai ser o resultado, 62% dos inquiridos neste estudo acreditam que a AD irá vencer as eleições com maioria relativa, o valor mais elevado desde março. Uma esmagadora maioria (67,4%) entende também que apesar de uma vitória que poderá ser curta e não garantirá a estabilidade governativa, Luís Montenegro não deve fazer qualquer aliança com o Chega.

Sobre o favorito para ocupar o cargo de primeiro-ministro, Luís Montenegro continua a recolher as preferências dos inquiridos: 44,1% disseram preferir o líder da AD, comparando com 26,7% que escolheriam Pedro Nuno Santos e 14,6% que optariam por André Ventura.

Preferências para primeiro-ministro
Preferências para primeiro-ministro Euronews/Nascer do SOL

Problemas do país: saúde, habitação e imigração

O estado do Serviço Nacional de Saúde continua a estar no topo das preocupações dos portugueses. Nas respostas à sondagem da Consulmark2 para o Nascer do SOL e a Euronews, 51,4% dos inquiridos dizem que o que se a no país ao nível do o a cuidados de saúde é o problema mais grave com que o Portugal se depara neste momento, um valor que representa uma subida de quase 3% em relação ao final de abril.

O dez problemas de Portugal
O dez problemas de PortugalEuronews/Nascer do SOL

O o à habitação é a segunda maior dificuldade com que os portugueses se deparam, com 37% dos inquiridos a dizerem que esse é um dos problemas mais graves de Portugal, embora a preocupação com o assunto tenha diminuído 6% em relação ao final do mês ado.

Em terceiro lugar na lista de preocupações dos inquiridos neste estudo de opinião – que no que diz respeito a esta questão em específico puderam dar respostas múltiplas –  está a imigração. Ao todo, 22,6%  dizem que é um problema com que Portugal se debate. O valor tem crescido desde o final de março de 2025. Então, apenas 9,8% consideravam a imigração um problema. Na primeira quinzena de abril o valor subiu para 11,1% e na segunda metade do mês já atingia os 20%.

Ao todo, 20% dos inquiridos apontam a educação como um problema do país, logo seguido do fraco desenvolvimento económico (18,2%) e da inflação/custo de vida (17,5%). Seguem-se ainda a desigualdade social (12,9%), a insegurança (11%), a má qualidade dos políticos (8,7%) e a corrupção (7,6%).  

Presidenciais: Gouveia e Melo mantém liderança

Apesar de uma ligeira quebra, o Almirante Gouveia e Melo continua a ser o preferido dos portugueses para suceder a Marcelo Rebelo de Sousa no cargo de Presidente da República. Segundo a sondagem da Consulmark2 para o Nascer do SOL e a Euronews, o antigo chefe de Estado Maior da Armada reúne 27,7% das intenções de voto (menos 1,3% do que no final de abril) para as eleições presidenciais que deverão realizar-se em janeiro de 2026.

A sondagem foi realizada entre os dias 6 e 13 de maio, antes de Henrique Gouveia e Melo ter confirmado, na ada quarta-feira, em entrevista à Rádio Renascença, que será mesmo candidato à Presidência da República e que a sua candidatura deverá ser oficialmente apresentada no próximo dia 28 de maio.

Eleições presidenciais
Eleições presidenciais Euronews/Nascer do SOL

No segundo lugar, destacado dos restantes eventuais candidatos, está o único cuja candidatura ao Palácio de Belém já foi oficialmente apresentada: Luís Marques Mendes, apoiado para já pelo PSD, reúne 16,5% das intenções de voto.

Mais abaixo nesta lista está André Ventura. Depois de anunciar a apresentação da candidatura, o líder do Chega recuou após a queda do governo para se concentrar nas eleições legislativas e desde então não voltou a levantar o véu sobre as suas intenções. Nesta sondagem, é o preferido por 7,5% dos portugueses.

No campo socialista, ainda sem candidatos oficiais, os eleitores dividem-se com 6,1% a preferir António Vitorino contra 5,4% que optam por António José Seguro. O antigo secretário-geral socialista tem vindo a descer nas intenções de voto desde que a Consulmark2 começou a medir a intenção de voto nas presidenciais no início de abril. Todavia, quando é medido o confronto direto entre os dois, os inquiridos não tem dúvidas: 41,7% prefere Seguro a Vitorino para ser o candidato apoiado pelo PS.

Todavia, esta é uma corrida longe de estar fechada: há ainda 17,8% de inquiridos que não sabem em quem vai votar. 

Entrevista José Constantino Costa: “Não me parece descabido pensar numa maioria com a Iniciativa Liberal”

O diretor técnico da Consulmark2, responsável pelo estudo de opinião, salienta que há uma grande estabilidade na tendência de voto dos portugueses e identifica os pequenos detalhes que poderão decidir o resultado das eleições deste domingo.

Os quatro estudos de opinião sobre as intenções de voto dos portugueses para as eleições de 18 de maio, feitos pela Consulmark2 para o Nascer do SOL_e a Euronews entre o final de março e a primeira quinzena de maio, mostram uma enorme estabilidade nos resultados.

José Constantino Costa, diretor técnico da sondagem que há um ano foi a que mais se aproximou dos resultados finais, compara os resultados atuais com os de 2024, identifica os pequenos fatores que poderão definir o sentido de voto e também aquilo a que devemos ficar atentos na noite eleitoral.

Como é que estes resultados comparam com os de há um ano?

Não há grandes diferenças… também só ou um ano. O que parece acontecer é, à direita, a AD ganhar votos à custa do Chega que perde 2%, 3% (será o regresso a casa dos desiludidos com o mau comportamento de alguns deputados do Chega). À esquerda parece-me que o PS pode perder votos, sobretudo para o Livre – que poderá ser um dos vencedores da noite eleitoral –, já que o Bloco de Esquerda será castigado pelo tema das grávidas (esses votos também deverão ir para o Livre), a CDU manterá os 3, 4% e o PAN voltará a ter muita dificuldade (será que consegue?) em eleger um deputado. E haverá o interesse em saber o que se irá ar com o Juntos Pelo Povo (JPP). Numa sondagem com as características da nossa, é impossível prever se consegue, ou não, eleger um deputado, mas há entrevistados, na Região Autónoma da Madeira, a dizer que votam JPP.

Que conclusões tira das quatro recentes vagas? Há alguma tendência a destacar?

Os resultados foram sempre muito estáveis. Já em 2024 tinha sucedido o mesmo. Desde a primeira vaga, os resultados variaram muito pouco. A AD ganha, com maioria relativa, mas não me parece descabido pensar numa maioria com a Iniciativa Liberal. Para além da soma das percentagens dar 41%, há um fator que pode vir a ser determinante nestas eleições: a abstenção – e essa as sondagens não conseguem resolver porque toda a gente diz que vai votar… Um dos grandes motivos de interesse da noite eleitoral é saber quem é, ou não, prejudicado pela abstenção.

Qual a explicação para essa estabilidade?

ou muito pouco tempo desde as últimas eleições. Os líderes continuam a ser os mesmos, as políticas as mesmas e as pessoas têm o seu voto determinado. Não houve razões determinantes para uma mudança.

 O número de indecisos pode ainda ser determinante?

Não me parece. Nesta vaga temos 19% de indecisos (que caíram no campo de não sabe, não responde/recusa). Em 2024, na última vaga, tivemos 23,5% e não ficámos muito longe dos resultados eleitorais. Vamos ver. Na Consulmark2 estamos todos muito entusiasmados. Uma garantia deixo: toda a equipa, desde entrevistadores, supervisores de campo e técnicos, trabalhou arduamente e com total honestidade. Só espero que os nossos entrevistados também o tenham sido.

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