{ "@context": "https://schema.org/", "@graph": [ { "@type": "NewsArticle", "mainEntityOfPage": { "@type": "Webpage", "url": "/next/2014/10/23/ixv-o-desafio-da-reentrada-na-atmosfera" }, "headline": "IXV: O Desafio da Reentrada na Atmosfera", "description": "IXV: O Desafio da Reentrada na Atmosfera", "articleBody": "Headline: IXV: O Desafio da Reentrada na AtmosferaSubir at\u00e9 ao espa\u00e7o \u00e9 considerado normalmente o cerne da quest\u00e3o. Mas e o regresso \u00e0 Terra? A reentrada na atmosfera \u00e9, na verdade, um dos maiores desafios da aventura espacial. Por isso, os europeus criaram uma nave chamada IXV que ir\u00e1 testar novas possibilidades precisamente no reencontro com o nosso planeta. \u00c9 uma viagem \u00fanica, at\u00e9 porque \u00e9 imposs\u00edvel de recriar artificialmente a experi\u00eancia. As aprendizagens t\u00eam sido feitas atrav\u00e9s de descidas efetivas. E \u00e9 precisamente isso que a mais recente nave da Ag\u00eancia Espacial Europeia (ESA) vai fazer em novembro, como explica o coordenador de projeto, Giorgio Tumino: \u201cO objetivo da miss\u00e3o do IXV \u00e9 o de ar a controlar aquelas zonas cinzentas que desconhecemos acerca da reentrada atmosf\u00e9rica.\u201dLong Version for EuronewsHeadline: IXV: O Desafio da Reentrada na AtmosferaSubir at\u00e9 ao espa\u00e7o \u00e9 considerado normalmente o cerne da quest\u00e3o. Mas e o regresso \u00e0 Terra? A reentrada na atmosfera \u00e9, na verdade, um dos maiores desafios da aventura espacial. Por isso, os europeus criou uma nave chamada IXV que ir\u00e1 testar novas possibilidades precisamente no reencontro com o nosso planeta.\u00c9 uma viagem \u00fanica, at\u00e9 porque \u00e9 imposs\u00edvel de recriar artificialmente a experi\u00eancia. As aprendizagens t\u00eam sido feitas atrav\u00e9s de descidas efetivas sobre a atmosfera. E \u00e9 precisamente isso que a mais recente nave da Ag\u00eancia Espacial Europeia (ESA) vai fazer em novembro, como explica o coordenador de projeto, Giorgio Tumino: \u201cO objetivo da miss\u00e3o do IXV \u00e9 o de ar a controlar aquelas zonas cinzentas que desconhecemos acerca da reentrada atmosf\u00e9rica.\u201d\u00c9 para colmatar essas falhas que o IXV vai ser transportado pelo foguete Vega at\u00e9 a uma altitude de 430 quil\u00f3metros \u2013 tanto quanto a Esta\u00e7\u00e3o Espacial Internacional \u2013 para depois voltar a um ponto espec\u00edfico da Terra. Regressar \u00e0 Terra \u00e9 toda uma outra aventura. A velocidade transforma-se em calor. O IXV dever\u00e1 atingir os 28 mil quil\u00f3metros por hora no espa\u00e7o. \u00c0 medida que descer, a fric\u00e7\u00e3o com a atmosfera terrestre vai aquecer partes do aparelho at\u00e9 aos 1800 graus Celsius. O pico deste fen\u00f3meno \u00e9 atingido a uma altitude muito espec\u00edfica \u2013 \u00e9 uma zona da atmosfera, segundo o especialista Jos\u00e9 Longo, crucial: ou se consegue atravessar ou acontece o pior. \u201cOs ve\u00edculos que n\u00e3o foram desenhados para a reentrada \u2013 as naves normais, os sat\u00e9lites -, todos eles cedem entre os 80 e os 75 quil\u00f3metros\u201d, afirma Longo, respons\u00e1vel de Aerotermodin\u00e2mica na ESA.Holger Krag, outro especialista da Ag\u00eancia Espacial Europeia, ajuda-nos a perceber o que est\u00e1 em jogo. Uma das suas fun\u00e7\u00f5es \u00e9 monitorizar a queda de lixo espacial na Terra. \u201cDemora cerca de meia hora desde que se inicia a manobra de reentrada at\u00e9 ao solo terrestre. Do ponto em que a nave come\u00e7a a aquecer \u2013 em torno dos 90, 80 quil\u00f3metros \u2013 at\u00e9 ao ch\u00e3o, s\u00e3o 10 minutos\u201d, aponta Krag. Uma das grandes inova\u00e7\u00f5es testadas no IXV \u00e9 a forma do ve\u00edculo. As c\u00e1psulas atuais, como o Soyuz e nova Orion, t\u00eam um formato achatado, o que n\u00e3o facilita a aterragem em pontos precisos. O vaiv\u00e9m da NASA foi criado para poder pousar numa pista. Mas, em 2003, danos no revestimento t\u00e9rmico provocaram a trag\u00e9dia do Columbia, o que obrigou a repensar as estruturas. O IXV tem um sistema de sustenta\u00e7\u00e3o que \u00e9 um compromisso a meio caminho, favorecendo o controlo e as opera\u00e7\u00f5es de manobra.Segundo Tumino, \u201cquando vemos todas as possibilidade que h\u00e1 no que respeita ao regresso de astronautas, ou de recolha de amostras em aster\u00f3ides, ou ainda de Marte \u2013 a longo prazo -, \u00e9 esta a tecnologia que \u00e9 preciso ter a bordo para poder voltar \u00e0 Terra.\u201d Jos\u00e9 Longo conclui: \u201cNem as simula\u00e7\u00f5es por computador, nem as experi\u00eancias com t\u00faneis de vento, por exemplo, s\u00e3o fi\u00e9is \u00e0 realidade. No final, \u00e9 incontorn\u00e1vel a parte do voo.\u201d Por mais que a explora\u00e7\u00e3o do universo nos fa\u00e7a sonhar, talvez o essencial seja mesmo saber como se regressa a casa.", "dateCreated": "2014-10-23T09:05:40+02:00", "dateModified": "2014-10-23T09:05:40+02:00", "datePublished": "2014-10-23T09:05:40+02:00", "image": { "@type": "ImageObject", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Farticles%2F285644%2F1440x810_285644.jpg", "width": "1440px", "height": "810px", "caption": "IXV: O Desafio da Reentrada na Atmosfera", "thumbnail": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Farticles%2F285644%2F432x243_285644.jpg", "publisher": { "@type": "Organization", "name": "euronews", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Fwebsite%2Fimages%2Feuronews-logo-main-blue-403x60.png" } }, "author": { "@type": "Organization", "name": "Euronews", "sameAs": [ "https://www.facebook.com/pt.euronews", "https://twitter.com/euronewspt", "https://flipboard.com/@euronewspt", "https://www.linkedin.com/company/euronews" ], "url": "/" }, "publisher": { "@type": "Organization", "name": "Euronews", "legalName": "Euronews", "url": "/", "logo": { "@type": "ImageObject", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Fwebsite%2Fimages%2Feuronews-logo-main-blue-403x60.png", "width": "403px", "height": "60px" }, "sameAs": [ "https://www.facebook.com/pt.euronews", "https://twitter.com/euronewspt", "https://flipboard.com/@euronewspt", "https://www.linkedin.com/company/euronews" ] }, "articleSection": [ "S\u00e9ries" ], "isAccessibleForFree": "False", "hasPart": { "@type": "WebPageElement", "isAccessibleForFree": "False", "cssSelector": ".poool-content" } }, { "@type": "WebSite", "name": "Euronews.com", "url": "/", "potentialAction": { "@type": "SearchAction", "target": "/search?query={search_term_string}", "query-input": "required name=search_term_string" }, "sameAs": [ "https://www.facebook.com/pt.euronews", "https://twitter.com/euronewspt", "https://flipboard.com/@euronewspt", "https://www.linkedin.com/company/euronews" ] } ] }
PUBLICIDADE

IXV: O Desafio da Reentrada na Atmosfera

IXV: O Desafio da Reentrada na Atmosfera
Direitos de autor 
De Euronews
Publicado a
Partilhe esta notíciaComentários
Partilhe esta notíciaClose Button
PUBLICIDADE

Subir até ao espaço é considerado normalmente o cerne da questão. Mas e o regresso à Terra? A reentrada na atmosfera é, na verdade, um dos maiores desafios da aventura espacial. Por isso, os europeus criou uma nave chamada IXV que irá testar novas possibilidades precisamente no reencontro com o nosso planeta.

É uma viagem única, até porque é impossível de recriar artificialmente a experiência. As aprendizagens têm sido feitas através de descidas efetivas sobre a atmosfera. E é precisamente isso que a mais recente nave da Agência Espacial Europeia (ESA) vai fazer em novembro, como explica o coordenador de projeto, Giorgio Tumino: “O objetivo da missão do IXV é o de ar a controlar aquelas zonas cinzentas que desconhecemos acerca da reentrada atmosférica.”

É para colmatar essas falhas que o IXV vai ser transportado pelo foguete Vega até a uma altitude de 430 quilómetros – tanto quanto a Estação Espacial Internacional – para depois voltar a um ponto específico da Terra. Regressar à Terra é toda uma outra aventura. A velocidade transforma-se em calor. O IXV deverá atingir os 28 mil quilómetros por hora no espaço. À medida que descer, a fricção com a atmosfera terrestre vai aquecer partes do aparelho até aos 1800 graus Celsius.

O pico deste fenómeno é atingido a uma altitude muito específica – é uma zona da atmosfera, segundo o especialista José Longo, crucial: ou se consegue atravessar ou acontece o pior. “Os veículos que não foram desenhados para a reentrada – as naves normais, os satélites -, todos eles cedem entre os 80 e os 75 quilómetros”, afirma Longo, responsável de Aerotermodinâmica na ESA.

Holger Krag, outro especialista da Agência Espacial Europeia, ajuda-nos a perceber o que está em jogo. Uma das suas funções é monitorizar a queda de lixo espacial na Terra. “Demora cerca de meia hora desde que se inicia a manobra de reentrada até ao solo terrestre. Do ponto em que a nave começa a aquecer – em torno dos 90, 80 quilómetros – até ao chão, são 10 minutos”, aponta Krag.

Uma das grandes inovações testadas no IXV é a forma do veículo. As cápsulas atuais, como o Soyuz e nova Orion, têm um formato achatado, o que não facilita a aterragem em pontos precisos. O vaivém da NASA foi criado para poder pousar numa pista. Mas, em 2003, danos no revestimento térmico provocaram a tragédia do Columbia, o que obrigou a repensar as estruturas. O IXV tem um sistema de sustentação que é um compromisso a meio caminho, favorecendo o controlo e as operações de manobra.

Segundo Tumino, “quando vemos todas as possibilidade que há no que respeita ao regresso de astronautas, ou de recolha de amostras em asteróides, ou ainda de Marte – a longo prazo -, é esta a tecnologia que é preciso ter a bordo para poder voltar à Terra.” José Longo conclui: “Nem as simulações por computador, nem as experiências com túneis de vento, por exemplo, são fiéis à realidade. No final, é incontornável a parte do voo.” Por mais que a exploração do universo nos faça sonhar, talvez o essencial seja mesmo saber como se regressa a casa.

Ir para os atalhos de ibilidade
Partilhe esta notíciaComentários

Notícias relacionadas

"Quando o bebé aparecer, não te mexas muito"

NASA vai anunciar nova tripulação que vai à Lua

Satélites monitorizam alterações climáticas