{ "@context": "https://schema.org/", "@graph": [ { "@type": "NewsArticle", "mainEntityOfPage": { "@type": "Webpage", "url": "/next/2014/07/17/um-telescopio-extremamente-grande-para-um-universo-infinito" }, "headline": "Um Telesc\u00f3pio Extremamente Grande para um Universo Infinito", "description": "Um Telesc\u00f3pio Extremamente Grande para um Universo Infinito", "articleBody": "O deserto de Atacama, no Chile \u00e9 famoso por n\u00e3o ter nada, n\u00e3o tem \u00e1gua, nem plantas, nem animais. O que faz dele o local perfeito para acolher um projeto verdadeiramente inovador, a constru\u00e7\u00e3o do E-ELT, o European Extremely LargeTelescope ou o Telesc\u00f3pio Europeu Extremamente Grande.Rob Ivison, Diretor de Ci\u00eancia do ESO ( Observat\u00f3rio Europeu do Sul) conta que: \u201cestamos a fazer explodir o topo da montanha para dar lugar a uma estrutura que supera tudo o que j\u00e1 foi constru\u00eddo antes.\u201dRoberto Tamai, Gestor do Programa E-ELT do ESO diz:\u201cdaqui, a 25 km de dist\u00e2ncia, parece pouco, mas est\u00e1vamos a explodir 5 mil metros c\u00fabicos de rocha, algo como 11 mil toneladas de rocha que foram pelo ar.\u201d Essas rochas em quest\u00e3o est\u00e3o no topo da Cerro Armazones. Uma montanha de 3 mil metros em breve vai ter uma plataforma de 150 metros de di\u00e2metro no cume. \u00c9 l\u00e1 que o Observat\u00f3rio Europeu do Sul vai construir o E-ELT. T\u00e3o alto como um est\u00e1dio de futebol, com um enorme espelho de 39 metros. Se \u00e9 assim t\u00e3o remota e in\u00edvel e com uma paisagem que mais parece Marte do que a Terra, porque \u00e9 que o ESO optou por construir o novo telesc\u00f3pio aqui? Rob Ivison explica: \u201c\u00e1mos muito tempo a investigar qual das montanhas tem os c\u00e9us mais limpos, a que tem mais noites sem nuvens e aquela onde o c\u00e9u \u00e9 menos cintilante. Esta ficou no topo da lista \u00e9 por isso que vamos construir o telesc\u00f3pio aqui.\u201dO E-ELT vai ser operado a partir do observat\u00f3rio do Paranal do ESO a 25 km, um o\u00e1sis no deserto que j\u00e1 foi destacado num filme do James Bond. H\u00e1 sil\u00eancio durante o dia e agita\u00e7\u00e3o ao anoitecer, assim que os astr\u00f3nomos come\u00e7am a trabalhar. Todas as noites os astr\u00f3nomos trabalham na recolha de dados para os cientistas da Europa e observam tudo, desde gal\u00e1xias distantes at\u00e9 aos planetas do nosso sistema solar. O E-ELT vai ser um instrumento extremamente poderoso. Como refor\u00e7a Valentin D Ivanov, Astr\u00f3nomo do ESO: \u201ch\u00e1 estrelas que mal conseguimos detetar a partir do espa\u00e7o, ou a partir do solo, n\u00e3o conseguimos captar um espetro com o que temos agora. Com o E-ELT, vamos conseguir fazer isso, vamos conseguir fazer tantas outras coisas\u2026 \u00c9 de cortar a respira\u00e7\u00e3o.\u201dEnt\u00e3o como \u00e9 que o E-ELT pode ser comparado com os melhores telesc\u00f3pios no espa\u00e7o M\u00e1quinas como o Hubble da ESA e da NASA t\u00eam uma vis\u00e3o ininterrupta do universo a partir da \u00f3rbita. E conseguem observar comprimentos de onda que n\u00e3o conseguimos ver a partir do solo. Mas o E-ELT vai captar mais luz, e observar pormenores mais n\u00edtidos.Ewine van Dishoek, Professor de Astronomia, da Universidade de Leiden adianta que: \u201cmuitos astr\u00f3nomos v\u00e3o complementar dados do espa\u00e7o e do terreno. \u00c9 o que est\u00e3o a fazer agora tamb\u00e9m. Est\u00e3o a usar dados do Telesc\u00f3pio Espacial Hubble, que encontra objetos muito t\u00eanues e depois usam o VLT para captarem um espetro.\u201dAlguns desses objetos muito t\u00eanues s\u00e3o planetas que orbitam em torno de outras estrelas. Estes exoplanetas v\u00e3o ser um alvo central do E-ELT quando estiver constru\u00eddo daqui dez anos. \u201cVamos conseguir fotografar planetas que circundam outras estrelas, pela primeira vez vamos conseguir determinar se t\u00eam algum sinal de vida. E \u00e9 claro que, no contexto em que vivemos, isso vai mudar tudo. Vai ser um mundo diferente, sabendo que n\u00e3o estamos sozinhos\u201d, conclui Rob Ivison.A busca por vida noutros planetas continua, com o E-ELT a juntar-se, em breve, aos telesc\u00f3pios espaciais e terrestres no, quase sem vida, deserto de Atacama.", "dateCreated": "2014-07-17T12:10:07+02:00", "dateModified": "2014-07-17T12:10:07+02:00", "datePublished": "2014-07-17T12:10:07+02:00", "image": { "@type": "ImageObject", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Farticles%2F273798%2F1440x810_273798.jpg", "width": "1440px", "height": "810px", "caption": "Um Telesc\u00f3pio Extremamente Grande para um Universo Infinito", "thumbnail": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Farticles%2F273798%2F432x243_273798.jpg", "publisher": { "@type": "Organization", "name": "euronews", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Fwebsite%2Fimages%2Feuronews-logo-main-blue-403x60.png" } }, "author": { "@type": "Organization", "name": "Euronews", "sameAs": [ "https://www.facebook.com/pt.euronews", "https://twitter.com/euronewspt", "https://flipboard.com/@euronewspt", "https://www.linkedin.com/company/euronews" ], "url": "/" }, "publisher": { "@type": "Organization", "name": "Euronews", "legalName": "Euronews", "url": "/", "logo": { "@type": "ImageObject", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Fwebsite%2Fimages%2Feuronews-logo-main-blue-403x60.png", "width": "403px", "height": "60px" }, "sameAs": [ "https://www.facebook.com/pt.euronews", "https://twitter.com/euronewspt", "https://flipboard.com/@euronewspt", "https://www.linkedin.com/company/euronews" ] }, "articleSection": [ "S\u00e9ries" ], "isAccessibleForFree": "False", "hasPart": { "@type": "WebPageElement", "isAccessibleForFree": "False", "cssSelector": ".poool-content" } }, { "@type": "WebSite", "name": "Euronews.com", "url": "/", "potentialAction": { "@type": "SearchAction", "target": "/search?query={search_term_string}", "query-input": "required name=search_term_string" }, "sameAs": [ "https://www.facebook.com/pt.euronews", "https://twitter.com/euronewspt", "https://flipboard.com/@euronewspt", "https://www.linkedin.com/company/euronews" ] } ] }
PUBLICIDADE

Um Telescópio Extremamente Grande para um Universo Infinito

Um Telescópio Extremamente Grande para um Universo Infinito
Direitos de autor 
De Euronews
Publicado a
Partilhe esta notíciaComentários
Partilhe esta notíciaClose Button
PUBLICIDADE

O deserto de Atacama, no Chile é famoso por não ter nada, não tem água, nem plantas, nem animais. O que faz dele o local perfeito para acolher um projeto verdadeiramente inovador, a construção do E-ELT, o European Extremely LargeTelescope ou o Telescópio Europeu Extremamente Grande.

Rob Ivison, Diretor de Ciência do ESO ( Observatório Europeu do Sul) conta que: “estamos a fazer explodir o topo da montanha para dar lugar a uma estrutura que supera tudo o que já foi construído antes.”

Roberto Tamai, Gestor do Programa E-ELT do ESO diz:“daqui, a 25 km de distância, parece pouco, mas estávamos a explodir 5 mil metros cúbicos de rocha, algo como 11 mil toneladas de rocha que foram pelo ar.” Essas rochas em questão estão no topo da Cerro Armazones. Uma montanha de 3 mil metros em breve vai ter uma plataforma de 150 metros de diâmetro no cume. É lá que o Observatório Europeu do Sul vai construir o E-ELT. Tão alto como um estádio de futebol, com um enorme espelho de 39 metros. Se é assim tão remota e inível e com uma paisagem que mais parece Marte do que a Terra, porque é que o ESO optou por construir o novo telescópio aqui? Rob Ivison explica: “ámos muito tempo a investigar qual das montanhas tem os céus mais limpos, a que tem mais noites sem nuvens e aquela onde o céu é menos cintilante. Esta ficou no topo da lista é por isso que vamos construir o telescópio aqui.”

O E-ELT vai ser operado a partir do observatório do Paranal do ESO a 25 km, um oásis no deserto que já foi destacado num filme do James Bond. Há silêncio durante o dia e agitação ao anoitecer, assim que os astrónomos começam a trabalhar. Todas as noites os astrónomos trabalham na recolha de dados para os cientistas da Europa e observam tudo, desde galáxias distantes até aos planetas do nosso sistema solar. O E-ELT vai ser um instrumento extremamente poderoso. Como reforça Valentin D Ivanov, Astrónomo do ESO: “há estrelas que mal conseguimos detetar a partir do espaço, ou a partir do solo, não conseguimos captar um espetro com o que temos agora. Com o E-ELT, vamos conseguir fazer isso, vamos conseguir fazer tantas outras coisas… É de cortar a respiração.”

Então como é que o E-ELT pode ser comparado com os melhores telescópios no espaço Máquinas como o Hubble da ESA e da NASA têm uma visão ininterrupta do universo a partir da órbita. E conseguem observar comprimentos de onda que não conseguimos ver a partir do solo. Mas o E-ELT vai captar mais luz, e observar pormenores mais nítidos.

Ewine van Dishoek, Professor de Astronomia, da Universidade de Leiden adianta que: “muitos astrónomos vão complementar dados do espaço e do terreno. É o que estão a fazer agora também. Estão a usar dados do Telescópio Espacial Hubble, que encontra objetos muito tênues e depois usam o VLT para captarem um espetro.”

Alguns desses objetos muito tênues são planetas que orbitam em torno de outras estrelas. Estes exoplanetas vão ser um alvo central do E-ELT quando estiver construído daqui dez anos. “Vamos conseguir fotografar planetas que circundam outras estrelas, pela primeira vez vamos conseguir determinar se têm algum sinal de vida. E é claro que, no contexto em que vivemos, isso vai mudar tudo. Vai ser um mundo diferente, sabendo que não estamos sozinhos”, conclui Rob Ivison.

A busca por vida noutros planetas continua, com o E-ELT a juntar-se, em breve, aos telescópios espaciais e terrestres no, quase sem vida, deserto de Atacama.

Colosimo Photography

Ir para os atalhos de ibilidade
Partilhe esta notíciaComentários

Notícias relacionadas

Caça ao Cometa: Rosetta estás quase lá!

NASA vai anunciar nova tripulação que vai à Lua

Satélites monitorizam alterações climáticas