{ "@context": "https://schema.org/", "@graph": [ { "@type": "NewsArticle", "mainEntityOfPage": { "@type": "Webpage", "url": "/my-europe/2025/05/19/ad-vence-mas-sem-condicoes-para-maioria-pedro-nuno-santos-demite-se-apos-pior-resultado-de" }, "headline": "AD vence, mas sem condi\u00e7\u00f5es para maioria. PS pode ficar com menos deputados do que Chega", "description": "AD \u00e9 a vencedora das legislativas antecipadas, ainda que nem um poss\u00edvel acordo com a Iniciativa Liberal garanta maioria. 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Ainda assim, a vit\u00f3ria da AD n\u00e3o foi suficientemente forte para permitir uma maioria na Assembleia da Rep\u00fablica e maior estabilidade governativa. \u0022O povo quer este primeiro-ministro e n\u00e3o quer outro\u0022Para Lu\u00eds Montenegro, os resultados eleitorais s\u00e3o claros e refor\u00e7am a confian\u00e7a dos portuguesas no governo e nele pr\u00f3prio, refor\u00e7ando que a responsabilidade \u00e9 agora dos partidos da oposi\u00e7\u00e3o, que devem ser \u0022capazes de colocar o interesse nacional\u0022 acima de tudo. \u201cA resposta foi clara: o programa base da governa\u00e7\u00e3o \u00e9 o programa da AD. 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Seria muito estranho, diria at\u00e9 politicamente inaceit\u00e1vel, que n\u00e3o pudessemos formar governo ou ver o nosso programa ar no Parlamento\u0022, afirmou, refor\u00e7ando ainda que anterior legisla\u00e7\u00e3o foi conseguida atrav\u00e9s da negocia\u00e7\u00e3o com as diferentes for\u00e7as pol\u00edticas, algo que poder\u00e1 acontecer novamente. \u0022Estamos abertos a falar com toda a gente no Parlamento. Isto n\u00e3o \u00e9 novo\u0022, afirmou. \u0022Eu n\u00e3o poderia nunca ser e deste Governo, acho que o PS tamb\u00e9m n\u00e3o o deveria ser\u0022 diz Pedro Nuno SantosO Partido Socialista (PS) ficou no segundo lugar com 23,38%, quase menos 5% do que em 2024, o que se traduz em quase menos 420 mil votos e em apenas 58 assentos parlamentares, ou seja, perdeu 20. Trata-se do pior resultado eleitoral dos socialistas desde 1987, ano da primeira maioria absoluta de Cavaco Silva quando o PS granjeou somente 22,2% das prefer\u00eancias dos portugueses. N\u00e3o demorou muito at\u00e9 que, na rea\u00e7\u00e3o, Pedro Nuno Santos anunciasse a sa\u00edda da lideran\u00e7a do partido. \u201cAssumo as minhas responsabilidades como l\u00edder do partido. Vou por isso pedir elei\u00e7\u00f5es internas \u00e0 Comiss\u00e3o Nacional, \u00e0s quais n\u00e3o serei candidato\u201d, afirmou socialista. \u0022Como disse M\u00e1rio Soares, s\u00f3 \u00e9 vencido quem desiste de lutar\u0022. \u0022E eu n\u00e3o desistirei de lutar. At\u00e9 breve, obrigado a todos\u0022, refor\u00e7ou. O ainda secret\u00e1rio-geral socialista reconheceu o mau resultado do partido mas garantiu, naquilo que disse ser uma opini\u00e3o pessoal, que n\u00e3o lhe cabe a si, nem ao Partido Socialista, sustentar um governo da AD, argumentando que \u0022Montenegro n\u00e3o tem a idoneidade necess\u00e1ria para o cargo de primeiro-ministro e as elei\u00e7\u00f5es n\u00e3o alteraram essa realidade\u0022. Al\u00e9m disso, o socialista explica ainda que o anterior governo falhou a v\u00e1rios n\u00edveis e o programa apresentado pela AD vai \u0022contra os princ\u00edpios e valores do PS\u0022. \u0022A\u00a0minha posi\u00e7\u00e3o \u00e9 muito clara sobre essa mat\u00e9ria e eu n\u00e3o quero ser um estorvo ao partido nas decis\u00f5es que tiver de tomar. Eu n\u00e3o poderia nunca ser e deste Governo, acho que o PS tamb\u00e9m n\u00e3o o deveria ser\u0022, afirmou.Segundo avan\u00e7ou o jornal Expresso, Jos\u00e9 Lu\u00eds Carneiro tem inten\u00e7\u00e3o de se recandidatar \u00e0 lideran\u00e7a do Partido Socialista, com o an\u00fancio oficial ser feito no pr\u00f3ximo s\u00e1bado, na reuni\u00e3o da Comiss\u00e3o Nacional do PS. \u0022Podemos declarar oficialmente, e com seguran\u00e7a, que acabou o bipartidarismo\u0022, afirma VenturaOutro dos grandes vencedores da noite \u00e9 o Chega (22,56%), o terceiro partido mais votado, com mais 175 mil votos do que em 2024 (a menos de 50 mil do PS), e que tamb\u00e9m subiu mais de 4%, igualando o n\u00famero de deputados do Partido Socialista (58). No entanto, a forma\u00e7\u00e3o pol\u00edtica liderada por Andr\u00e9 Ventura pode ar a ter mais mandatos do que o PS caso volte a prevalecer nos c\u00edrculos da emigra\u00e7\u00e3o. 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Parlamento volta a ter dez partidosSubidas na vota\u00e7\u00e3o tiveram tamb\u00e9m a Iniciativa Liberal (5,53%), \u00e0 direita, que conquistou mais um deputado e tem agora nove, embora n\u00e3o consiga maioria com a AD, e o Livre (4,20%), \u00e0 esquerda, que a de quatro para seis lugares no parlamento.As restantes for\u00e7as de esquerda sa\u00edram derrotadas. Tanto a CDU (3,03%) como o Bloco de Esquerda (2%) desceram em n\u00famero de votos e deputados: os comunistas tinham quatro parlamentares e ficam agora com tr\u00eas, ao o que os bloquistas sofrem uma derrota ainda maior, diminuindo de cinco para apenas um.J\u00e1 o PAN (1,36%), apesar de perder mais de 45 mil votos, manteve In\u00eas de Sousa Real como deputada. Um assento no hemiciclo tem agora igualmente o Juntos Pelo Povo (0,34%), que se tornou o primeiro partido regional a chegar ao parlamento nacional. 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AD vence, mas sem condições para maioria. PS pode ficar com menos deputados do que Chega

O atual primeiro-ministro e líder do Partido Social Democrata, Luís Montenegro, chega à sede do partido após as eleições legislativas em Portuga
O atual primeiro-ministro e líder do Partido Social Democrata, Luís Montenegro, chega à sede do partido após as eleições legislativas em Portuga Direitos de autor AP Photo
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De Rui AzevedoEuronews
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AD é a vencedora das legislativas antecipadas, ainda que nem um possível acordo com a Iniciativa Liberal garanta maioria. PS é o maior derrotado da noite, o que levou à demissão de Pedro Nuno Santos, e pode ficar com menos deputados do que o Chega caso partido de Ventura volte a vencer na emigração.

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A Aliança Democrática (AD) venceu as eleições legislativas antecipadas deste domingo e reforçou a posição do primeiro-ministro Luís Montenegro, sendo que em sentido contrário a forte queda do Partido Socialista (PS) levou à demissão de Pedro Nuno Santos.

Ainda com os círculos da emigração por apurar, a coligação formada pelo PSD e CDS-PP obteve o maior número de votos (32,72%), uma subida superior a 4%, e de deputados (89), mais nove do que no ano ado. Ainda assim, a vitória da AD não foi suficientemente forte para permitir uma maioria na Assembleia da República e maior estabilidade governativa.

"O povo quer este primeiro-ministro e não quer outro"

Para Luís Montenegro, os resultados eleitorais são claros e reforçam a confiança dos portuguesas no governo e nele próprio, reforçando que a responsabilidade é agora dos partidos da oposição, que devem ser "capazes de colocar o interesse nacional" acima de tudo.

“A resposta foi clara: o programa base da governação é o programa da AD. O primeiro-ministro é o atual e todos devem ser capazes de colocar o interesse nacional acima de qualquer outro”, afirmou o líder do PSD.

“Às oposições caberá, igualmente, respeitar e cumprir a vontade popular, honrando os seus compromissos e as suas propostas, mas adequando-os às circunstâncias nacionais e coletivas. De uns e outros espera-se sentido de Estado, sentido de responsabilidade, respeito pelas pessoas e, naturalmente, espírito de convivência na diversidade, mas também de convergência e salvaguarda do interesse nacional”, reforçou.

Sem uma maioria sustentada no Parlamento, Luís Montenegro foi questionado sobre se o "não é não" ao Chega se mantém, algo que não foi, respondido de forma clara por Montenegro, sendo substituído pelo "sim é sim a Portugal". 

Rangel rejeita coligação formal com o Chega

Em entrevista à Euronews, Paulo Rangel afirmou que, tal como na legislação anterior, "ficou claro que a AD não irá fazer nenhuma coligação formal com o Chega. Por isso temos que negociar cada dossiê".

Para o ainda ministro dos Negócios Estrangeiros, apesar de a AD não alcançar uma maioria no Parlamento, "os resultados são claros.

"Acho que os resultados são claros. Seria muito estranho, diria até politicamente inaceitável, que não pudessemos formar governo ou ver o nosso programa ar no Parlamento", afirmou, reforçando ainda que anterior legislação foi conseguida através da negociação com as diferentes forças políticas, algo que poderá acontecer novamente.

"Estamos abertos a falar com toda a gente no Parlamento. Isto não é novo", afirmou.

"Eu não poderia nunca ser e deste Governo, acho que o PS também não o deveria ser" diz Pedro Nuno Santos

O Partido Socialista (PS) ficou no segundo lugar com 23,38%, quase menos 5% do que em 2024, o que se traduz em quase menos 420 mil votos e em apenas 58 assentos parlamentares, ou seja, perdeu 20. Trata-se do pior resultado eleitoral dos socialistas desde 1987, ano da primeira maioria absoluta de Cavaco Silva quando o PS granjeou somente 22,2% das preferências dos portugueses.

Não demorou muito até que, na reação, Pedro Nuno Santos anunciasse a saída da liderança do partido.

“Assumo as minhas responsabilidades como líder do partido. Vou por isso pedir eleições internas à Comissão Nacional, às quais não serei candidato”, afirmou socialista. "Como disse Mário Soares, só é vencido quem desiste de lutar". "E eu não desistirei de lutar. Até breve, obrigado a todos", reforçou.

O ainda secretário-geral socialista reconheceu o mau resultado do partido mas garantiu, naquilo que disse ser uma opinião pessoal, que não lhe cabe a si, nem ao Partido Socialista, sustentar um governo da AD, argumentando que "Montenegro não tem a idoneidade necessária para o cargo de primeiro-ministro e as eleições não alteraram essa realidade". Além disso, o socialista explica ainda que o anterior governo falhou a vários níveis e o programa apresentado pela AD vai "contra os princípios e valores do PS".

"A minha posição é muito clara sobre essa matéria e eu não quero ser um estorvo ao partido nas decisões que tiver de tomar. Eu não poderia nunca ser e deste Governo, acho que o PS também não o deveria ser", afirmou.

Segundo avançou o jornal Expresso, José Luís Carneiro tem intenção de se recandidatar à liderança do Partido Socialista, com o anúncio oficial ser feito no próximo sábado, na reunião da Comissão Nacional do PS.

"Podemos declarar oficialmente, e com segurança, que acabou o bipartidarismo", afirma Ventura

Outro dos grandes vencedores da noite é o Chega (22,56%), o terceiro partido mais votado, com mais 175 mil votos do que em 2024 (a menos de 50 mil do PS), e que também subiu mais de 4%, igualando o número de deputados do Partido Socialista (58). No entanto, a formação política liderada por André Ventura pode ar a ter mais mandatos do que o PS caso volte a prevalecer nos círculos da emigração.

Em 2024, o Chega arrecadou um mandato no círculo da Europa e um outro no de fora da Europa, vencendo dois dos quatro assentos conferidos pelos votos dos emigrantes e transformando-se no primeiro partido, neste século, que não PS ou PSD (ou coligação liderada pelo PSD) a eleger deputados nos círculos da emigração.

“O Chega tornou-se nestas eleições o segundo maior partido desta democracia”. “Que bom é olhar para o mapa de Portugal e ver tanta vitória do Chega”, afirmou o líder do Chega aos apoiantes, reforçando que o resultado do partido "acabou com o bipartidarismo".

“Nós fizemos mesmo o que nunca nenhum partido tinha feito em Portugal. Nós hoje podemos declarar oficialmente e perante o país todo e com segurança que acabou o bipartidarismo em Portugal”, sublinhou.

Parlamento volta a ter dez partidos

Subidas na votação tiveram também a Iniciativa Liberal (5,53%), à direita, que conquistou mais um deputado e tem agora nove, embora não consiga maioria com a AD, e o Livre (4,20%), à esquerda, que a de quatro para seis lugares no parlamento.

As restantes forças de esquerda saíram derrotadas. Tanto a CDU (3,03%) como o Bloco de Esquerda (2%) desceram em número de votos e deputados: os comunistas tinham quatro parlamentares e ficam agora com três, ao o que os bloquistas sofrem uma derrota ainda maior, diminuindo de cinco para apenas um.

Já o PAN (1,36%), apesar de perder mais de 45 mil votos, manteve Inês de Sousa Real como deputada. Um assento no hemiciclo tem agora igualmente o Juntos Pelo Povo (0,34%), que se tornou o primeiro partido regional a chegar ao parlamento nacional. O JPP, sediado na Madeira e que teve um aumento de quase mil votos, elegeu Filipe Sousa, presidente da Câmara Municipal de Santa Cruz.

Com estes resultados, o Parlamento a a ter 10 partidos, ainda que três deles representados apenas por um deputado (Bloco, PAN e JPP).

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