{ "@context": "https://schema.org/", "@graph": [ { "@type": "NewsArticle", "mainEntityOfPage": { "@type": "Webpage", "url": "/my-europe/2025/05/14/cresce-apoio-ao-apelo-dos-paises-baixos-para-rever-lacos-entre-a-ue-e-israel-no-contexto-d" }, "headline": "Cresce apoio ao apelo dos Pa\u00edses Baixos para rever la\u00e7os entre a UE e Israel no contexto do bloqueio da ajuda a Gaza", "description": "Presidente franc\u00eas Emmanuel Macron afirmou que a perspetiva de suspender a coopera\u00e7\u00e3o com Israel \u00e9 uma \u0022quest\u00e3o em aberto\u0022 para a UE.", "articleBody": "Uma proposta neerlandesa para rever o com\u00e9rcio e a coopera\u00e7\u00e3o da UE com Israel, devido \u00e0 situa\u00e7\u00e3o em Gaza, est\u00e1 a ganhar cada vez mais apoio entre um grupo de Estados-membros, antes de ser formalmente discutida pelos ministros dos Neg\u00f3cios Estrangeiros em Bruxelas, na pr\u00f3xima semana.A B\u00e9lgica, a Finl\u00e2ndia, a Fran\u00e7a, Portugal e a Su\u00e9cia apoiaram publicamente a iniciativa apresentada pelo ministro neerland\u00eas dos Neg\u00f3cios Estrangeiros, Caspar Veldkamp - cujo governo \u00e9 considerado um firme aliado de Israel - numa carta dirigida a Kaja Kallas, chefe da pol\u00edtica externa da UE, na semana ada.Nessa carta, a que a Euronews teve o, Veldkamp partilha a sua opini\u00e3o de que o \u0022bloqueio humanit\u00e1rio\u0022 a Gaza, onde n\u00e3o entram bens essenciais h\u00e1 mais de dez semanas, viola o direito humanit\u00e1rio internacional e, por conseguinte, o artigo 2\u00ba do chamado Acordo de Associa\u00e7\u00e3o que rege as rela\u00e7\u00f5es e o com\u00e9rcio entre a UE e Israel.O artigo 2.\u00ba estabelece que as rela\u00e7\u00f5es \u0022devem basear-se no respeito pelos direitos humanos e pelos princ\u00edpios democr\u00e1ticos, que orientam a sua pol\u00edtica interna e internacional e constituem um elemento essencial do presente acordo\u0022.A UE \u00e9 o maior parceiro comercial de Israel.A ideia de rever o acordo foi apresentada pela primeira vez pela Irlanda e pela Espanha numa carta ainda sem resposta dirigida \u00e0 presidente da Comiss\u00e3o Europeia, Ursula von der Leyen, h\u00e1 15 meses, mas n\u00e3o conseguiu obter o apoio firme de nenhum outro pa\u00eds da UE.Oito pa\u00edses apoiaram agora explicitamente a ideia antes das conversa\u00e7\u00f5es da pr\u00f3xima ter\u00e7a-feira. Apesar de estar muito aqu\u00e9m do apoio un\u00e2nime necess\u00e1rio, este facto assinala uma mudan\u00e7a de pensamento entre os 27.Em declara\u00e7\u00f5es \u00e0 TF1, o presidente franc\u00eas Emmanuel Macron descreveu a situa\u00e7\u00e3o em Gaza como \u0022vergonhosa\u0022 e disse que a perspetiva de suspender a coopera\u00e7\u00e3o com Israel era \u0022uma quest\u00e3o em aberto\u0022 para a UE.\u0022N\u00e3o podemos fingir que nada aconteceu\u0022, afirmou Macron. \u0022Temos de aumentar a press\u00e3o sobre estas quest\u00f5es\u0022.Em resposta \u00e0 entrevista, o gabinete do primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu , acusou Macron de escolher \u0022mais uma vez (...) estar ao lado de uma organiza\u00e7\u00e3o terrorista isl\u00e2mica assassina e fazer eco da sua desprez\u00edvel propaganda\u0022.Pa\u00edses da UE continuam profundamente divididosA posi\u00e7\u00e3o da UE sobre a guerra entre Israel e o Hamas em Gaza, desencadeada pelos ataques do Hamas a Israel em 7 de outubro de 2023, sempre esteve profundamente dividida.Os Pa\u00edses Baixos parecem ter mudado a sua posi\u00e7\u00e3o no contexto do bloqueio israelita, que dura h\u00e1 10 semanas, a ajudas essenciais como medicamentos e alimentos, que Israel diz ser um esfor\u00e7o para pressionar o Hamas a libertar os restantes ref\u00e9ns mantidos em cativeiro desde os ataques de 7 de outubro.De acordo com os planos acordados na semana ada, Israel tenciona alargar a sua guerra contra o Hamas em Gaza e substituir o seu atual sistema de distribui\u00e7\u00e3o de ajuda por uma opera\u00e7\u00e3o de distribui\u00e7\u00e3o controlada por privados, deixando de lado as ag\u00eancias da ONU. A ONU denunciou o plano como uma \u0022tentativa deliberada de transformar a ajuda numa arma\u0022.Na sua carta, o ministro dos Neg\u00f3cios Estrangeiros dos Pa\u00edses Baixos afirmou que estes planos parecem incompat\u00edveis com os \u0022princ\u00edpios de neutralidade, imparcialidade e independ\u00eancia\u0022.No entanto, o ministro alem\u00e3o dos Neg\u00f3cios Estrangeiros, Johann Wadephul, j\u00e1 manifestou o seu apoio a um plano de distribui\u00e7\u00e3o de ajuda semelhante, apoiado por Israel e pelos EUA, afirmando, durante a sua visita a Jerusal\u00e9m no in\u00edcio desta semana, que a ajuda continuaria a fluir \u0022com base nos princ\u00edpios humanit\u00e1rios internacionais\u0022.Dada a improbabilidade de conseguir um apoio un\u00e2nime, grupos sem fins lucrativos t\u00eam apelado \u00e0 Comiss\u00e3o Europeia para que contorne as capitais, examinando diretamente a conformidade de Israel com o artigo 2\u00ba e propondo \u0022medidas adequadas\u0022 ao Conselho Europeu.O antigo Alto Representante da UE, Josep Borrell, apresentou pessoalmente a perspetiva de suspender as rela\u00e7\u00f5es com Israel em novembro, o que acabou por levar \u00e0 convoca\u00e7\u00e3o de uma reuni\u00e3o \u00e0 porta fechada entre o ministro dos Neg\u00f3cios Estrangeiros israelita e os seus hom\u00f3logos da UE.Nessa reuni\u00e3o, presidida pela sucessora de Borrell, Kaja Kallas, os apelos \u00e0 revis\u00e3o do artigo 2\u00ba foram completamente silenciados, uma vez que estava em vigor um cessar-fogo em Gaza.Na semana ada, Kaja Kallas afirmou que a proposta dos Pa\u00edses Baixos seria analisada pelos ministros dos Neg\u00f3cios Estrangeiros da UE no dia 20 de maio, e que seriam \u0022discutidas\u0022 outras respostas poss\u00edveis.O porta-voz da Comiss\u00e3o Europeia sublinhou, na ter\u00e7a-feira, que a proposta de revis\u00e3o do Acordo de Associa\u00e7\u00e3o exigiria o apoio un\u00e2nime de todos os Estados-membros da UE.", "dateCreated": "2025-05-14T20:09:49+02:00", "dateModified": "2025-05-14T21:00:15+02:00", "datePublished": "2025-05-14T21:00:15+02:00", "image": { "@type": "ImageObject", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Farticles%2Fstories%2F09%2F28%2F71%2F72%2F1440x810_cmsv2_e71b35f4-d86b-581c-8ff2-3ebee6ae9ea4-9287172.jpg", "width": "1440px", "height": "810px", "caption": "Caspar VELDKAMP (Ministro dos Neg\u00f3cios Estrangeiros, Pa\u00edses Baixos), Maria MALMER STENERGARD (Ministra dos Neg\u00f3cios Estrangeiros da Su\u00e9cia, Su\u00e9cia)", "thumbnail": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Farticles%2Fstories%2F09%2F28%2F71%2F72%2F432x243_cmsv2_e71b35f4-d86b-581c-8ff2-3ebee6ae9ea4-9287172.jpg", "publisher": { "@type": "Organization", "name": "euronews", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Fwebsite%2Fimages%2Feuronews-logo-main-blue-403x60.png" } }, "author": { "@type": "Person", "name": "Mared Gwyn Jones", "sameAs": "https://twitter.com/MaredGwyn" }, "publisher": { "@type": "Organization", "name": "Euronews", "legalName": "Euronews", "url": "/", "logo": { "@type": "ImageObject", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Fwebsite%2Fimages%2Feuronews-logo-main-blue-403x60.png", "width": "403px", "height": "60px" }, "sameAs": [ "https://www.facebook.com/pt.euronews", "https://twitter.com/euronewspt", "https://flipboard.com/@euronewspt", "https://www.linkedin.com/company/euronews" ] }, "articleSection": [ "Not\u00edcias da Europa" ], "isAccessibleForFree": "False", "hasPart": { "@type": "WebPageElement", "isAccessibleForFree": "False", "cssSelector": ".poool-content" } }, { "@type": "WebSite", "name": "Euronews.com", "url": "/", "potentialAction": { "@type": "SearchAction", "target": "/search?query={search_term_string}", "query-input": "required name=search_term_string" }, "sameAs": [ "https://www.facebook.com/pt.euronews", "https://twitter.com/euronewspt", "https://flipboard.com/@euronewspt", "https://www.linkedin.com/company/euronews" ] } ] }
PUBLICIDADE

Cresce apoio ao apelo dos Países Baixos para rever laços entre a UE e Israel no contexto do bloqueio da ajuda a Gaza

Caspar VELDKAMP (Ministro dos Negócios Estrangeiros, Países Baixos), Maria MALMER STENERGARD (Ministra dos Negócios Estrangeiros da Suécia, Suécia)
Caspar VELDKAMP (Ministro dos Negócios Estrangeiros, Países Baixos), Maria MALMER STENERGARD (Ministra dos Negócios Estrangeiros da Suécia, Suécia) Direitos de autor SIERAKOWSKI FREDERIC/
Direitos de autor SIERAKOWSKI FREDERIC/
De Mared Gwyn Jones
Publicado a
Partilhe esta notíciaComentários
Partilhe esta notíciaClose Button

Presidente francês Emmanuel Macron afirmou que a perspetiva de suspender a cooperação com Israel é uma "questão em aberto" para a UE.

PUBLICIDADE

Uma proposta neerlandesa para rever o comércio e a cooperação da UE com Israel, devido à situação em Gaza, está a ganhar cada vez mais apoio entre um grupo de Estados-membros, antes de ser formalmente discutida pelos ministros dos Negócios Estrangeiros em Bruxelas, na próxima semana.

A Bélgica, a Finlândia, a França, Portugal e a Suécia apoiaram publicamente a iniciativa apresentada pelo ministro neerlandês dos Negócios Estrangeiros, Caspar Veldkamp - cujo governo é considerado um firme aliado de Israel - numa carta dirigida a Kaja Kallas, chefe da política externa da UE, na semana ada.

Nessa carta, a que a Euronews teve o, Veldkamp partilha a sua opinião de que o "bloqueio humanitário" a Gaza, onde não entram bens essenciais há mais de dez semanas, viola o direito humanitário internacional e, por conseguinte, o artigo 2º do chamado Acordo de Associação que rege as relações e o comércio entre a UE e Israel.

O artigo 2.º estabelece que as relações "devem basear-se no respeito pelos direitos humanos e pelos princípios democráticos, que orientam a sua política interna e internacional e constituem um elemento essencial do presente acordo".

A UE é o maior parceiro comercial de Israel.

A ideia de rever o acordo foi apresentada pela primeira vez pela Irlanda e pela Espanha numa carta ainda sem resposta dirigida à presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, há 15 meses, mas não conseguiu obter o apoio firme de nenhum outro país da UE.

Oito países apoiaram agora explicitamente a ideia antes das conversações da próxima terça-feira. Apesar de estar muito aquém do apoio unânime necessário, este facto assinala uma mudança de pensamento entre os 27.

Em declarações à TF1, o presidente francês Emmanuel Macron descreveu a situação em Gaza como "vergonhosa" e disse que a perspetiva de suspender a cooperação com Israel era "uma questão em aberto" para a UE.

"Não podemos fingir que nada aconteceu", afirmou Macron. "Temos de aumentar a pressão sobre estas questões".

Em resposta à entrevista, o gabinete do primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu , acusou Macron de escolher "mais uma vez (...) estar ao lado de uma organização terrorista islâmica assassina e fazer eco da sua desprezível propaganda".

Países da UE continuam profundamente divididos

A posição da UE sobre a guerra entre Israel e o Hamas em Gaza, desencadeada pelos ataques do Hamas a Israel em 7 de outubro de 2023, sempre esteve profundamente dividida.

Os Países Baixos parecem ter mudado a sua posição no contexto do bloqueio israelita, que dura há 10 semanas, a ajudas essenciais como medicamentos e alimentos, que Israel diz ser um esforço para pressionar o Hamas a libertar os restantes reféns mantidos em cativeiro desde os ataques de 7 de outubro.

De acordo com os planos acordados na semana ada, Israel tenciona alargar a sua guerra contra o Hamas em Gaza e substituir o seu atual sistema de distribuição de ajuda por uma operação de distribuição controlada por privados, deixando de lado as agências da ONU. A ONU denunciou o plano como uma "tentativa deliberada de transformar a ajuda numa arma".

Na sua carta, o ministro dos Negócios Estrangeiros dos Países Baixos afirmou que estes planos parecem incompatíveis com os "princípios de neutralidade, imparcialidade e independência".

No entanto, o ministro alemão dos Negócios Estrangeiros, Johann Wadephul, já manifestou o seu apoio a um plano de distribuição de ajuda semelhante, apoiado por Israel e pelos EUA, afirmando, durante a sua visita a Jerusalém no início desta semana, que a ajuda continuaria a fluir "com base nos princípios humanitários internacionais".

Dada a improbabilidade de conseguir um apoio unânime, grupos sem fins lucrativos têm apelado à Comissão Europeia para que contorne as capitais, examinando diretamente a conformidade de Israel com o artigo 2º e propondo "medidas adequadas" ao Conselho Europeu.

O antigo Alto Representante da UE, Josep Borrell, apresentou pessoalmente a perspetiva de suspender as relações com Israel em novembro, o que acabou por levar à convocação de uma reunião à porta fechada entre o ministro dos Negócios Estrangeiros israelita e os seus homólogos da UE.

Nessa reunião, presidida pela sucessora de Borrell, Kaja Kallas, os apelos à revisão do artigo 2º foram completamente silenciados, uma vez que estava em vigor um cessar-fogo em Gaza.

Na semana ada, Kaja Kallas afirmou que a proposta dos Países Baixos seria analisada pelos ministros dos Negócios Estrangeiros da UE no dia 20 de maio, e que seriam "discutidas" outras respostas possíveis.

O porta-voz da Comissão Europeia sublinhou, na terça-feira, que a proposta de revisão do Acordo de Associação exigiria o apoio unânime de todos os Estados-membros da UE.

Ir para os atalhos de ibilidade
Partilhe esta notíciaComentários

Notícias relacionadas

Primeiro-ministro irlandês acusa Israel de cometer crimes de guerra em Gaza

Países Baixos pedem revisão do acordo comercial UE-Israel

Famílias israelitas pedem a Portugal e aos outros governos europeus que ajudem a libertar reféns