Esta semana, debatemos as alterações climáticas na economia e na sociedade e também o financiamento dos agricultores e a proteção dos lobos
Esta semana, debatemos o impacto das alterações climáticas na Europa e também a reforma e o financiamento da política agrícola comum. E ainda a proposta de alteração do nível de proteção dos lobos, com António Tânger Correia (Chega), Kathleen Figueiredo Laissy (RePer Madeira) e Tiago Mateus (engenheiro agrónomo).
António Tânger Corrêa defende que “a nossa agricultura é um setor muito frágil e tem de ser de todas as formas protegido. Nós sabemos que a PAC foi feita pelos ses, mas temos sabido viver com essa política comum. Portugal tem conseguido sobreviver e a agricultura portuguesa também”.
Quanto ao impacto do acordo UE / Mercosul e da guerra comercial com os EUA, o eurodeputado do Chega afirma: “As tarifas de Trump podem ser negociadas; os acordos com o Mercosul são mais complicados. Nós, Chega, somos completamente contra o acordo com Mercosul”. Sobre as alterações climáticas, o deputado do grupo “Patriotas pela Europa” alerta: “Ou nós protegemos as nossas indústrias, por não as carregarmos tanto com questões ambientais ou fiscais, e apoiamos com uma lógica clara para o futuro, ou nós não temos capacidade de competir com os estrangeiros.”
Kathleen Figueiredo Laissy, representante da região autónoma da Madeira em Bruxelas, sublinha que é preciso um equilíbrio entre o crescimento económico e o ambiente, mas contesta quem coloca em causa as alterações climáticas: “Hoje em dia, há dados científicos que comprovam que a ação do homem acelerou este processo, nestes últimos anos, em que tivemos uma industrialização relevante”.
Tiago Mateus, engenheiro agrónomo a trabalhar em Bruxelas, afirma: “O nosso país encontra-se em plena reconversão de solos agrícolas, capazes e aráveis, para a conversão de agricultura de painéis solares”, o que, segundo o jovem agricultor, “vai contra a ambição de sustentabilidade e é a destruição do que é rural”.