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Merz afirmou que aceitou o resultado das elei\u00e7\u00f5es nos EUA e que espera que o governo americano fa\u00e7a o mesmo em rela\u00e7\u00e3o \u00e0 Alemanha.Habeck, por sua vez, disse que a istra\u00e7\u00e3o Trump lan\u00e7ou um \u0022ataque frontal aos valores do mundo ocidental, \u00e0quelas coisas que originalmente vieram da Am\u00e9rica para a Europa: lei e ordem, democracia liberal, o mercado livre, a ordem baseada em regras, os pr\u00f3prios fundamentos da nossa pol\u00edtica\u0022.O candidato dos Verdes a chanceler tamb\u00e9m acusou os EUA de fazerem acordos com Putin. \u0022Todos os outros deveriam ter problemas com isso\u0022, afirmou.Merz \u00e9 o vencedorMerz foi o vencedor do debate, de acordo com os resultados de uma sondagem flash da Forsa, que revelou que 32% dos inquiridos estavam a seu favor.Habeck foi o mais simp\u00e1tico, com 34% dos inquiridos a apoi\u00e1-lo, seguindo-se Merz com 23%. 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Eleições alemãs: economia, Ucrânia e JD Vance dominam debate final

Olaf Scholz, do Partido Social-Democrata Alemão, Robert Habeck, do Partido Verde, Friedrich Merz, da União Democrata-Cristã Alemã, e Alice Weidel.
Olaf Scholz, do Partido Social-Democrata Alemão, Robert Habeck, do Partido Verde, Friedrich Merz, da União Democrata-Cristã Alemã, e Alice Weidel. Direitos de autor AP Photo
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De Diana ResnikTamsin Paternoster
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Os quatro candidatos a chanceler dos principais partidos, Friedrich Merz, Olaf Scholz, Robert Habeck e Alice Weidel, encontraram-se para um aceso debate televisivo no domingo à noite.

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O último debate eleitoral entre os quatro principais candidatos a chanceler da Alemanha centrou-se na economia, na Ucrânia, na migração e no vice-presidente dos EUA, JD Vance.

O quarteto discutiu sobre a Ucrânia, com Friedrich Merz, o candidato a chanceler da União Democrata-Cristã (CDU), de centro-direita, a dizer que a Alemanha "não é neutra; estamos do lado da Ucrânia".

Alice Weidel, a candidata do partido de extrema-direita Alternativa para a Alemanha (AfD), insistiu que "a paz e a guerra vão decidir estas eleições".

Alice Weidel afirmou que a proposta de Merz de enviar poderosos mísseis de cruzeiro Taurus para a Ucrânia é uma "provocação à Rússia" e elogiou os esforços do presidente dos EUA, Donald Trump, para fazer avançar as negociações de paz.

Merz sugeriu que Weidel estava a evitar discutir a culpabilidade de Moscovo na guerra e que o presidente russo, Vladimir Putin, tinha os olhos postos no "território da NATO". O candidato a chanceler dos Verdes, Robert Habeck, afirmou que todos os partidos, à exceção da AfD, estão em uníssono no apoio à Ucrânia, um sentimento corroborado por Merz.

Economia

A economia alemã, que regista dois anos de fraco crescimento, foi um dos temas centrais do debate.

Merz disse que a chave para resolver os problemas económicos do país era ter "a burocracia sob controlo". Também sugeriu que a decisão do anterior governo de encerrar as restantes centrais nucleares alemãs, em plena crise energética, foi um erro que contribuiu para o aumento dos custos da energia.

Weidel concordou com Merz, prometendo o seu apoio à "energia nuclear segura e fiável, ao carvão e ao gás". A deputada culpou a "transição para a energia verde" pelo aumento dos preços.

Habeck, o atual ministro da economia do país, disse que a fraca economia da Alemanha pode ser atribuída à ausência de gás russo barato e à diminuição do mercado de exportação. O ministro culpou Putin pelos problemas do país, afirmando que a anterior dependência da Alemanha em relação ao gás russo era, em grande parte, responsável pela sua atual luta contra os elevados preços da energia.

A Alemanha precisa de "menos burocracia" e mais investimento em "infraestruturas, comboios, pontes, digitalização". O candidato afirmou ainda que o fosso entre ricos e pobres está a aumentar.

O candidato do Partido Social-Democrata (SPD), Olaf Scholz, concordou com Habeck que a invasão da Ucrânia pela Rússia é responsável pelos elevados preços da energia, mas também defendeu a reação do seu governo e insistiu que os preços mais elevados já aram.

JD Vance e Donald Trump

Scholz sofreu um golpe no fim de semana, quando se soube que a nova istração norte-americana não se encontrou com ele à margem da Conferência de Segurança de Munique, tendo-se reunido com Weidel.

Weidel defendeu que o seu partido está aberto a boas relações com os EUA e com a China. A deputada manifestou o seu apoio a um discurso controverso proferido por Vance na cimeira, no qual este surpreendeu os líderes europeus ao criticar as suas democracias e a existência de "firewalls" contra os partidos de extrema-direita.

Merz foi claro quanto ao seu desacordo com Vance, dizendo à audiência que não queria "ser informado por um vice-presidente americano com quem posso ou não posso falar". Merz afirmou que aceitou o resultado das eleições nos EUA e que espera que o governo americano faça o mesmo em relação à Alemanha.

Habeck, por sua vez, disse que a istração Trump lançou um "ataque frontal aos valores do mundo ocidental, àquelas coisas que originalmente vieram da América para a Europa: lei e ordem, democracia liberal, o mercado livre, a ordem baseada em regras, os próprios fundamentos da nossa política".

O candidato dos Verdes a chanceler também acusou os EUA de fazerem acordos com Putin. "Todos os outros deveriam ter problemas com isso", afirmou.

Merz é o vencedor

Merz foi o vencedor do debate, de acordo com os resultados de uma sondagem flash da Forsa, que revelou que 32% dos inquiridos estavam a seu favor.

Habeck foi o mais simpático, com 34% dos inquiridos a apoiá-lo, seguindo-se Merz com 23%. Apesar disso, apenas 13% confiavam em Habeck para liderar o país, contra 42% que confiavam em Merz.

Merz está no bom caminho para se tornar o próximo líder do país, com a CDU a liderar com 29% dos votos, de acordo com a última sondagem do YouGov. A AfD está em segundo lugar, com 21%, mas todos os outros partidos excluíram a possibilidade de se juntarem numa coligação com eles.

No domingo, Merz sugeriu que estaria aberto a uma coligação com o SPD e até com os Verdes.

"Penso que os sociais-democratas e os Verdes compreenderam que não podem continuar como antes", afirmou. "Mas nós temos um plano para este país: A Alemanha tem de avançar, temos de tirar o pé do travão."

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