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Líderes europeus nomeiam António Costa, von der Leyen e Kaja Kallas para cargos de topo

António Costa
António Costa Direitos de autor AP Photo
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De Isabel Marques da SilvaBárbara Cruz
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O antigo primeiro-ministro português foi confirmado como próximo presidente do Conselho Europeu.

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António Costa será o próximo presidente do Conselho Europeu, confirmou a Euronews junto de fonte diplomática.

O antigo primeiro-ministro português viu a sua nomeação ser confirmada esta quinta-feira na cimeira de líderes em Bruxelas, que elegeu ainda a alemã Ursula von der Leyen para liderar a Comissão Europeia e a estónia Kaja Kallas para Alta Representante da Política Externa e Segurança.

A Euronews sabe que Viktor Orbán, o primeiro-ministro da Hungria, que tal como a primeira-ministra italiana sugeriu que estava descontente com os nomes apontados para os mais importantes cargos europeus, votou a favor da nomeação de António Costa, absteve-se na nomeação de Kaja Kallas e votou contra a nomeação de von der Leyen.

Já Giorgia Meloni votou contra a nomeação de Costa - foi a única a votar contra -, votou contra Kallas e absteve-se quanto a von der Leyen. Charles Michel, atual presidente do Conselho Europeu, deu conta da nomeação do sucessor logo após o final da cimeira.

Pouco depois de ser confirmado no cargo, António Costa reagiu, divulgando uma declaração nas redes sociais. "É com um enorme sentido de missão que assumirei a responsabilidade de ser o próximo Presidente do Conselho Europeu", escreveu o antigo primeiro-ministro. "Como Presidente do Conselho Europeu, a partir de 1 de dezembro, estarei totalmente empenhado em promover a unidade entre os 27 Estados-Membros e focado em implementar a Agenda Estratégica, que o Conselho Europeu hoje aprovou e que orientará a União Europeia nos próximos cinco anos".

Costa congratulou-se ainda com as nomeações de von der Leyen e Kallas: "Pretendo trabalhar em estreita colaboração com elas, num espírito de cooperação leal entre as instituições europeias", concluiu.

António Costa assume a presidência do Conselho Europeu no próximo mês de dezembro, sucedendo ao belga Charles Michel.

Marcelo Rebelo de Sousa já reagiu à nomeação de Costa, saudando a decisão dos líderes europeus. "O compromisso pessoal e o trabalho já demonstrado de António Costa para com a construção europeia e no que representa de solidariedade e progresso é uma garantia de que o Conselho Europeu ficará em boas mãos, pelo que o Presidente da República lhe apresenta os votos de parabéns e de felicidades nas futuras funções, a bem de todos nós", lê-se numa nota publicada na noite de quinta-feira no site da Presidência da República.

A nomeação de Costa foi igualmente saudada pelo primeiro-ministro Luís Montenegro. "Felicito António Costa em nome do Governo de Portugal. A Europa enfrenta grandes desafios e contaremos com todos para defender uma União Europeia mais coesa, capaz de construir pontes para que os Estados possam dar às pessoas as respostas de que elas precisam", escreveu o governante nas redes sociais.

A nomeação de Costa permitir-lhe-á recuperar a credibilidade política perdida com a demissão do cargo de primeiro-ministro em novembro ado, na sequência da Operação Influencer.

Em novembro ado, Costa demitiu-se abruptamente do cargo de primeiro-ministro português, na sequência de revelações de que os seus assessores tinham permitido negócios irregulares de investimento em projetos de lítio e hidrogénio verde - tendo Costa sido inicialmente colocado sob investigação.

O veterano de 62 anos tem defendido de forma consistente e feroz a sua inocência e diz que se demitiu do governo para preservar a sua integridade política. Veio a saber-se que os procuradores tinham confundido erradamente o nome de Costa com o do ministro da Economia António Costa Silva nas transcrições das escutas telefónicas, pondo em causa a credibilidade do processo judicial.

Os obstáculos de Meloni

Os 27 líderes da União Europeia voltaram a reunir-se esta quinta-feira para dar o último empurrão a um acordo que atribuía os principais cargos do bloco nos próximos cinco anos.

A cimeira, que deveria durar dois dias, acabou por ser concluída logo ao final da noite de quinta-feira após as nomeações de Costa, von der Leyen e Kallas, e depois de os líderes do bloco terem chegado a um acordo de segurança com a Ucrânia e terem debatido a visão para o próximo mandato de cinco anos, o Médio Oriente, a migração e a defesa e segurança da UE.

Após uma tentativa falhada na semana ada, os seis negociadores das principais famílias políticas - Donald Tusk (Polónia) e Kyriakos Mitsotakis (Grécia) do PPE, Olaf Scholz (Alemanha) e Pedro Sánchez (Espanha) do S&D, e Emmanuel Macron (França) e Mark Rutte (Países Baixos) do Renew Europe - realizaram uma chamada telefónica no início desta semana e reconfirmaram a seleção dos nomes para os três altos cargos.

A decisão sobre os altos cargos é tomada por uma maioria qualificada reforçada, ou seja, 20 Estados-membros que representem pelo menos 65% da população do bloco.

No entanto, dada a sensibilidade política da decisão, que terá ramificações para os próximos cinco anos, o Conselho prefere distribuir os altos cargos por consenso, com o maior número possível de votos a favor.

A primeira-ministra italiana, porém, prometia ser um obstáculo à eleição dos nomes já conhecidos: Meloni contestou abertamente o método de seleção "em que algumas pessoas pretendem decidir por todos", falando na quarta-feira perante o Parlamento italiano.

Meloni considerou "surrealista" que, durante a reunião informal da semana ada, tenham sido propostos nomes para cargos de topo como resultado de conversações bilaterais entre partidos, "sem sequer a pretensão de uma discussão aberta, baseada na forma como os cidadãos se pronunciaram nas urnas".

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