Este ano foram registados 122 casos de tosse convulsa na Roménia. As autoridades sanitárias aconselham a vacinação, descrevendo-a como a “melhor forma de prevenção”. Números também são preocupantes em Portugal.
Os casos de tosse convulsa estão a aumentar na Roménia, depois de o Centro Europeu de Controlo de Doenças ter lançado um alerta sanitário há dois meses.
Segundo as autoridades sanitárias, citadas pelas agências internacionais, só este ano foram registados 122 casos na Roménia, tendo os médicos aconselhado a vacinação como "melhor forma de prevenção".
A tosse convulsa é uma infeção bacteriana altamente perigosa, também conhecida como pertússis, cujo contágio acontece através de gotículas respiratórias expelidas por uma pessoa infetada, quando tosse ou espirra, ou mesmo pelo o com objetos contaminados com secreções de uma pessoa doente.
Esta doença respiratória pode, inclusive, causar a morte por asfixia ou paragem cardíaca nas crianças pequenas e recém-nascidos.
Os principais sintomas da tosse convulsa são corrimento nasal, febre e ataques de tosse, que pioram à noite ou após a ingestão de alimentos.
O número de casos de tosse convulsa também tem vindo a crescer na Chéquia, que quebrou um recorde que não era ultraado desde 1963. Em apenas uma semana, foram diagnosticados 827 casos da doença, que comparam com os 3.101 registados desde o início deste ano.
Na Chéquia, a faixa etária mais afetada por esta infeção bacteriana são os jovens dos 15 aos 19 anos, o que pode ser justificado, de acordo com os especialistas, por uma alteração na vacina em 2007, que tem menos efeitos secundários mas que cria uma imunidade menos duradoura.
Portugal com 200 casos em quatro meses
Em Portugal, verificou-se igualmente nos últimos meses uma tendência para o crescimento no número de casos de tosse convulsa: foram registados 200 casos nos primeiros quatro meses de 2024, quando em todo o ano anterior tinham sido registados 22, revelou a Direção-Geral de Saúde na semana ada.
Entre o início de 2023 e abril deste ano registaram-se 10 vezes mais casos da doença nos países da União Europeia (UE) e do Espaço Económico Europeu (EEE - mais Noruega, Islândia e Liechtenstein) do que em 2022 e 2021, indica ainda um relatório da agência de saúde europeia.