Secretário da Defesa dos EUA, Pete Hegseth, ordena novos cortes nos cargos de chefia militar. Críticos dizem que medida é uma tentativa de politizar as forças armadas do país.
O secretário da Defesa dos Estados Unidos, Pete Hegseth, ordenou cortes no número de oficiais de topo das Forças Armadas.
Num memorando de segunda-feira, Hegseth ordenou uma redução de 20% no número de generais e almirantes de quatro estrelas - cargos mais altos das Forças Armadas dos EUA - bem como uma redução de 10% no número de oficiais generais.
No mesmo documento dá as mesmas indicações à Guarda Nacional, ou seja, a redução de 20% no número de oficiais generais.
Hegseth afirmou que o objetivo era libertar as Forças Armadas de "camadas burocráticas desnecessárias" e que a medida irá promover a eficiência.
No entanto, o congressista democrata Seth Moulton, que serviu como fuzileiro naval no Iraque e é agora membro da Comissão de Serviços Armados da Câmara dos Representantes, afirmou que as ações de Hegseth seriam uma tentativa de politizar as forças armadas. "Ele está a criar um quadro formal para despedir todos os generais que discordam dele - e do presidente", disse Moulton.
Atualmente, existem mais de 800 oficiais de nível geral nos EUA, 44 dos quais ocupam posições de quatro estrelas.
Desde Janeiro, tanto Trump como Hegseth já demitiram alguns dos principais generais do país, incluindo o presidente do Estado-Maior Conjunto, general CQ Brown Jr.
Também as duas únicas mulheres oficiais de quatro estrelas foram demitidas, bem como outras oficiais seniores do sexo feminino, aumentando o número de desproporcionalidade.
Nas primeiras rondas de despedimentos, Hegseth afirmou que as medidas refletiam o facto do Presidente "querer ter as pessoas certas à sua volta para executar a abordagem de Segurança Nacional que pretendemos adotar".