{ "@context": "https://schema.org/", "@graph": [ { "@type": "NewsArticle", "mainEntityOfPage": { "@type": "Webpage", "url": "/2023/09/05/criancas-ucranianas-regressam-as-aulas-na-polonia-para-fugir-a-guerra" }, "headline": "Crian\u00e7as ucranianas regressam \u00e0s aulas na Pol\u00f3nia para fugir \u00e0 guerra", "description": "Pelo segundo ano consecutivo, milhares de crian\u00e7as ucranianas refugiadas voltam \u00e0 escola num pa\u00eds estrangeiro. Traumas e barreiras lingu\u00edsticas dificultam adapta\u00e7\u00e3o.", "articleBody": "Com a chegada de setembro, milhares de crian\u00e7as em toda a Europa regressam \u00e0s aulas. O ritual \u00e9 cumprido sem falha tamb\u00e9m na Pol\u00f3nia , onde mais de 170 mil crian\u00e7as ucranianas se preparam para o segundo ano letivo fora do pa\u00eds em guerra. Em Vars\u00f3via, alunos e professores de uma escola ucraniana debatem-se com os desafios da dist\u00e2ncia, mas n\u00e3o s\u00f3. \u0022O maior desafio foi a transi\u00e7\u00e3o do ensino gratuito para o ensino pago\u0022, confessa\u00a0 Marina Yusyn, da Funda\u00e7\u00e3o \u0022Ucr\u00e2nia Inquebr\u00e1vel\u0022. A mudan\u00e7a, explica, deve-se \u0022 a uma diminui\u00e7\u00e3o da ajuda dos doadores internacionais\u0022.\u00a0 \u0022A assist\u00eancia aos refugiados ucranianos no estrangeiro est\u00e1 a diminuir ligeiramente\u0022, diz Marina, para quem, apesar de tudo, \u0022isso n\u00e3o \u00e9 mau, porque a assist\u00eancia na Ucr\u00e2nia est\u00e1 a aumentar\u0022. Alguns estudantes est\u00e3o j\u00e1 matriculados em estabelecimentos de ensino polacos. Mas as aulas em ucraniano e o ambiente de proximidade s\u00e3o valorizados por quem se viu obrigado a abandonar o pa\u00eds. \u00c9 o caso de Viktoriia, que mesmo nos espor\u00e1dicos regressos \u00e0 Ucr\u00e2nia, tenta manter o o com os colegas de turma.\u00a0 Estudar longe do pa\u00eds de origem \u0022\u00e9 um pouco dif\u00edcil, porque j\u00e1 estamos no 11.\u00ba ano\u0022, desabafa,\u0022mas estamos felizes por termos uma companhia t\u00e3o calorosa, onde todos se apoiam uns aos outros\u0022. A vida ap\u00f3s perder-se \u0022o mundo inteiro\u0022 De acordo com a Ag\u00eancia das Na\u00e7\u00f5es Unidas para Assuntos Humanit\u00e1rios (OCHA), com base num estudo do Comit\u00e9 Internacional de Resgate (IRC), cada uma das 85 mil salas de aula polacas vai acolher, este ano, pelo menos um aluno ucraniano refugiado.\u00a0 A frequ\u00eancia do ensino num pa\u00eds estrangeiro e numa l\u00edngua diferente exigem mais apoio no acompanhamento das crian\u00e7as. A esses desafios,\u00a0 Alan Moseley porta-voz do Comit\u00e9 Internacional de Resgate , acresce que\u00a0 \u0022o stress da desloca\u00e7\u00e3o, do trauma e da incerteza afeta os pais e tamb\u00e9m as crian\u00e7as\u0022.\u00a0 \u0022As crian\u00e7as disseram-nos que sentem ter perdido 'o mundo inteiro',\u00a0 esta foi uma frase que surgiu no nosso estudo. E isso dificultou-lhes a concentra\u00e7\u00e3o, a adapta\u00e7\u00e3o e o sucesso nas escolas polacas. H\u00e1 desafios e barreiras espec\u00edficas que as crian\u00e7as ucranianas ainda enfrentam, por exemplo, a barreira da l\u00edngua \u00e9 uma das que nos foi mencionada e que impede as crian\u00e7as de serem aceites e inclu\u00eddas\u0022. Dados da Organiza\u00e7\u00e3o das Na\u00e7\u00f5es Unidas (ONU) d\u00e3o conta que menos de metade das crian\u00e7as ucranianas foi matriculadas em escolas na Pol\u00f3nia.\u00a0 O fen\u00f3meno levou a ONU a apelar aos pais para que inscrevam os filhos no sistema de ensino presencial , lembrando que as escolas n\u00e3o servem apenas para ensinar, mas tamb\u00e9m ajudam \u00e0 socializa\u00e7\u00e3o e ao bem-estar mental. ", "dateCreated": "2023-09-05T03:31:04+02:00", "dateModified": "2023-09-05T11:15:06+02:00", "datePublished": "2023-09-05T10:53:48+02:00", "image": { "@type": "ImageObject", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Farticles%2Fstories%2F07%2F87%2F06%2F02%2F1440x810_cmsv2_7b4dbe29-ce12-518a-bf07-6c9467feb690-7870602.jpg", "width": "1440px", "height": "810px", "caption": "Milhares de crian\u00e7as ucranianas come\u00e7am um novo ano letivo na Pol\u00f3na", "thumbnail": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Farticles%2Fstories%2F07%2F87%2F06%2F02%2F432x243_cmsv2_7b4dbe29-ce12-518a-bf07-6c9467feb690-7870602.jpg", "publisher": { "@type": "Organization", "name": "euronews", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Fwebsite%2Fimages%2Feuronews-logo-main-blue-403x60.png" } }, "author": { "@type": "Organization", "name": "Euronews", "sameAs": [ "https://www.facebook.com/pt.euronews", "https://twitter.com/euronewspt", "https://flipboard.com/@euronewspt", "https://www.linkedin.com/company/euronews" ], "url": "/" }, "publisher": { "@type": "Organization", "name": "Euronews", "legalName": "Euronews", "url": "/", "logo": { "@type": "ImageObject", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Fwebsite%2Fimages%2Feuronews-logo-main-blue-403x60.png", "width": "403px", "height": "60px" }, "sameAs": [ "https://www.facebook.com/pt.euronews", "https://twitter.com/euronewspt", "https://flipboard.com/@euronewspt", "https://www.linkedin.com/company/euronews" ] }, "articleSection": [ "Mundo" ], "isAccessibleForFree": "False", "hasPart": { "@type": "WebPageElement", "isAccessibleForFree": "False", "cssSelector": ".poool-content" } }, { "@type": "WebSite", "name": "Euronews.com", "url": "/", "potentialAction": { "@type": "SearchAction", "target": "/search?query={search_term_string}", "query-input": "required name=search_term_string" }, "sameAs": [ "https://www.facebook.com/pt.euronews", "https://twitter.com/euronewspt", "https://flipboard.com/@euronewspt", "https://www.linkedin.com/company/euronews" ] } ] }
PUBLICIDADE

Crianças ucranianas regressam às aulas na Polónia para fugir à guerra

Milhares de crianças ucranianas começam um novo ano letivo na Polóna
Milhares de crianças ucranianas começam um novo ano letivo na Polóna Direitos de autor Euronews
Direitos de autor Euronews
De Magdalena Chodownik & Euronews
Publicado a
Partilhe esta notíciaComentários
Partilhe esta notíciaClose Button
Copiar/colar o link embed do vídeo:Copy to clipboardCopied

Pelo segundo ano consecutivo, milhares de crianças ucranianas refugiadas voltam à escola num país estrangeiro. Traumas e barreiras linguísticas dificultam adaptação.

PUBLICIDADE

Com a chegada de setembro, milhares de crianças em toda a Europa regressam às aulas. O ritual é cumprido sem falha também na Polónia, onde mais de 170 mil crianças ucranianas se preparam para o segundo ano letivo fora do país em guerra.

Em Varsóvia, alunos e professores de uma escola ucraniana debatem-se com os desafios da distância, mas não só.

"O maior desafio foi a transição do ensino gratuito para o ensino pago", confessa Marina Yusyn, da Fundação "Ucrânia Inquebrável". A mudança, explica, deve-se "a uma diminuição da ajuda dos doadores internacionais". 

"A assistência aos refugiados ucranianos no estrangeiro está a diminuir ligeiramente", diz Marina, para quem, apesar de tudo, "isso não é mau, porque a assistência na Ucrânia está a aumentar".

Alguns estudantes estão já matriculados em estabelecimentos de ensino polacos. Mas as aulas em ucraniano e o ambiente de proximidade são valorizados por quem se viu obrigado a abandonar o país.

É o caso de Viktoriia, que mesmo nos esporádicos regressos à Ucrânia, tenta manter o o com os colegas de turma. 

Estudar longe do país de origem "é um pouco difícil, porque já estamos no 11.º ano", desabafa,"mas estamos felizes por termos uma companhia tão calorosa, onde todos se apoiam uns aos outros".

A vida após perder-se "o mundo inteiro"

De acordo com a Agência das Nações Unidas para Assuntos Humanitários (OCHA), com base num estudo do Comité Internacional de Resgate (IRC), cada uma das 85 mil salas de aula polacas vai acolher, este ano, pelo menos um aluno ucraniano refugiado. 

A frequência do ensino num país estrangeiro e numa língua diferente exigem mais apoio no acompanhamento das crianças. A esses desafios, Alan Moseley porta-voz do Comité Internacional de Resgate, acresce que "o stress da deslocação, do trauma e da incerteza afeta os pais e também as crianças". 

"As crianças disseram-nos que sentem ter perdido 'o mundo inteiro',  esta foi uma frase que surgiu no nosso estudo. E isso dificultou-lhes a concentração, a adaptação e o sucesso nas escolas polacas. Há desafios e barreiras específicas que as crianças ucranianas ainda enfrentam, por exemplo, a barreira da língua é uma das que nos foi mencionada e que impede as crianças de serem aceites e incluídas".

Dados da Organização das Nações Unidas (ONU) dão conta que menos de metade das crianças ucranianas foi matriculadas em escolas na Polónia. 

O fenómeno levou a ONU a apelar aos pais para que inscrevam os filhos no sistema de ensino presencial, lembrando que as escolas não servem apenas para ensinar, mas também ajudam à socialização e ao bem-estar mental.

Ir para os atalhos de ibilidade
Partilhe esta notíciaComentários

Notícias relacionadas

Munições de urânio empobrecido fazem parte da nova ajuda dos EUA à Ucrânia

Marcha contra a imigração junta milhares de pessoas em Varsóvia

Tempestades severas atingem sul da Polónia e causam danos generalizados