Bruxelas aprova uma nova parcela de financiamento ao esforço de resistência de 2 mil e 500 milhões de euros
Sem água, sem eletricidade, sem comida. A retirada da Rússia de Kherson deixou um rasto de destruição e um vazio difícil de preencher. A população regressou à cidade reconquistada pelas tropas ucranianas e tomou como missão sobreviver. A palavra significa agora esperar em longas filas para receber apoio ou simplestente ter o água potável. Mesmo quando os garrafões pesam nas mãos.
Ter dinheiro não garante mantimentos. Os supermercados têm as prateleiras vazias e não têm clientes.
"Esperamos encomendas vindas de outras partes da Ucrânia e o leite já está a chegar, mas os preços estão a subir vertiginosamente. As pessoas tentam economizar e vêm quando há produtos para vender," diz a empregada de um supermercado em Kherson.
União Europeia reforça apoio à Ucrânia
É no contexto da escassez que Bruxelas reforça a ajuda à Ucrânia. A presidente da Comissão Europeia anunciou a entrega de uma nova parcela de assistência financeira de 2 mil e 500 milhões de euros à Ucrânia. Para 2023 estão anunciados 18 mil milhões de apoio.
Contas da guerra continuam a somar prejuízos
Esta terça-feira, Moscovo voltou a acusar a Ucrânia de bombardear a central de Zaporíjia e de ameaçar provocar um desastre nuclear.
Para o diretor da empresa nuclear estatal russa Rosatom,"a central está em risco de sofrer um acidente nuclear" ironizando que "Kiev considera aceitável um pequeno incidente nuclear, mas a radioactividade não diz a Kyiv se é grande ou pequeno". Alexei Likhachyov diz que, a acontecer, "este será um precedente que vai mudar para sempre o curso da história na Europa."
Da Ucrânia surgem acusações semelhantes, de que a Rússia está a atacar a central nuclear. Kiev apela à desmilitarização de Zaporíjia que ainda está sob controlo russo.