O foguetão Simorgh transportou o que o Irão descreveu como sendo um “sistema de propulsão orbital”. Lançamento foi considerado bem-sucedido.
O Irão anunciou, esta sexta-feira, ter conduzido um novo lançamento espacial bem-sucedido. Desta vez, aquela que será a carga útil mais pesada de sempre terá sido enviada para o Espaço com recurso a um foguetão desenvolvido por Teerão.
O lançamento do foguetão Simorgh ocorre numa altura em que o programa nuclear iraniano se encontra já a produzir urânio próximo dos níveis de qualidade militar. E surge numa altura de tensões crescentes entre o Irão e o Ocidente devido aos conflitos no Médio Oriente e ao controverso programa nuclear de Teerão.
O foguetão Simorgh transportou o que o Irão descreveu como sendo um “sistema de propulsão orbital”, bem como dois sistemas de investigação para uma órbita de 400 quilómetros acima da Terra.
Um sistema que pudesse alterar a órbita de uma nave espacial permitiria ao Irão geossincronizar as órbitas dos seus satélites, uma capacidade que Teerão tem procurado há muito tempo.
Embora o Irão afirme que o seu programa não detém qualquer tipo de interesse bélico, autoridades da República Islâmica têm ameaçado com o desenvolvimento de uma bomba e um míssil balístico intercontinental que permitiria a Teerão atacar inimigos a longas distâncias, como os Estados Unidos.
Washington afirmou, anteriormente, que os lançamentos de satélites por parte do Irão desafiam uma resolução do Conselho de Segurança da ONU e apelaram a Teerão para que não realize qualquer atividade que envolva mísseis balísticos capazes de transportar armas nucleares.
As sanções da ONU relacionadas com o programa de mísseis balísticos do Irão expiraram, no entanto, em outubro de 2023.