O presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskyy, afirmou que teria todo o gosto em encontrar-se com outros líderes, tal como fez no funeral do Papa Francisco.
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskyy, irá assistir à tomada de posse do Papa Leão XIV no domingo, segundo um alto assessor.
O recém-eleito Papa assumirá formalmente o seu papel de chefe da Igreja Católica com uma missa na Praça de S. Pedro, que deverá atrair grandes multidões, bem como líderes mundiais.
Zelenskyy disse que ficaria feliz em encontrar-se com outros líderes, como fez no funeral do Papa Francisco, quando conversou com o presidente dos EUA, Donald Trump, e vários líderes europeus.
O Vaticano poderá vir a desempenhar um papel mais importante no processo de paz entre a Ucrânia e a Rússia, depois de o Papa Leão se ter oferecido para acolher as conversações de paz esta semana.
O secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, disse no sábado que o Vaticano poderia ser um potencial local de negociações, aceitando a oferta de longa data da Santa Sé, depois de o Papa Leão ter prometido fazer pessoalmente "todos os esforços" para ajudar a acabar com a guerra.
Em declarações aos jornalistas em Roma, antes de se encontrar com o cardeal Matteo Zuppi, o responsável do Vaticano pela Ucrânia, Rubio disse que iria discutir as possíveis formas de ajuda do Vaticano, "o estado das conversações, as atualizações depois de ontem (sexta-feira) e o caminho a seguir".
Questionado sobre se o Vaticano poderia ser um mediador de paz, Rubio respondeu: "Não lhe chamaria mediador, mas é certamente - penso que é um sítio onde ambas as partes se sentiriam confortáveis".
Durante o encontro na Embaixada dos EUA em Roma, Rubio agradeceu a Zuppi o papel humanitário do Vaticano, citando em particular a troca de prisioneiros e o regresso das crianças ucranianas. Rubio "sublinhou a importância de uma colaboração contínua sob a nova liderança do Papa Leão XIV", disse a porta-voz do Departamento de Estado dos EUA, Tammy Bruce.
Leão XVI, que foi eleito o primeiro Papa americano da história a 8 de maio, retomou o apelo do Papa Francisco à paz na Ucrânia na sua primeira bênção dominical ao meio-dia como Papa. Apelou a todas as partes para que façam tudo o que for possível para alcançar "uma paz autêntica, justa e duradoura".
O secretário de Estado do Vaticano, cardeal Pietro Parolin, repetiu a oferta do Vaticano para servir de local para conversações diretas, dizendo que o fracasso das negociações em Istambul para chegar a um cessar-fogo esta semana foi "trágico".
Questionado sobre o que implicaria concretamente essa oferta, Parolin disse que o Vaticano poderia servir de local para uma reunião direta entre as duas partes.