O Egito, juntamente com os Estados Unidos e o Catar, foram os principais negociadores do anterior cessar-fogo entre Israel e o grupo militante Hamas, que entrou em vigor a 19 de janeiro.
O presidente francês, Emmanuel Macron, apelou a um novo cessar-fogo em Gaza e à libertação dos reféns mantidos pelo Hamas, durante uma reunião no Cairo com o seu homólogo egípcio, Abdel Fattah el-Sissi.
Macron considerou que os novos ataques israelitas ao enclave, após o colapso do cessar-fogo em meados de março, constituem um “revés dramático para a população civil”.
“As negociações devem ser retomadas sem demora e de forma construtiva e quero saudar os esforços incansáveis do Egito para o cessar-fogo e a libertação dos reféns”, afirmou Macron.
O Egito, juntamente com os Estados Unidos e o Catar, foram os principais negociadores do anterior cessar-fogo entre Israel e o grupo militante Hamas, que entrou em vigor a 19 de janeiro.
As exigências de Macron foram também repetidas por el-Sissi, que afirmou que “alcançar uma paz sustentável e a estabilidade no Médio Oriente continuará a ser algo improvável enquanto o caso palestiniano não for resolvido de forma justa”.
“O povo palestiniano continua a enfrentar os horrores de guerras devastadoras que destroem a sua estrutura e privam as gerações vindouras do seu direito a ter esperança num futuro mais seguro e estável”, afirmou.
Os dois líderes discutiram também a situação na Síria, sublinhando a importância “de preservar a unidade da Síria” no seu período político de transição, bem como “restabelecer o fluxo normal de navios no canal egípcio do Suez”, na sequência de ataques dirigidos a navios, por parte de Israel, devido à continuação da guerra em Gaza.
Macron esteve no Egito esta segunda-feira para se encontrar com el-Sissi e, mais tarde, com o rei Abdullah II da Jordânia, aliados ocidentais próximos que também apelam a um cessar-fogo.
A visita de Macron, a segunda ao Cairo desde o início da guerra em Gaza, ocorre num momento crítico para o Médio Oriente, depois de, no mês ado, Israel ter reinstituído um bloqueio em Gaza e retomado os combates contra o Hamas, pondo em causa as frágeis tréguas.
A guerra, agora no seu 18.º mês, começou quando militantes liderados pelo Hamas invadiram Israel no dia 7 de outubro de 2023, matando cerca de 1.200 pessoas e fazendo 251 outras reféns.
O grupo mantém ainda 59 reféns, 24 dos quais se pensa estarem vivos.