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Uma medida que visa os s\u00edrios que obtiveram o estatuto de refugiado h\u00e1 menos de 5 anos.\u00a0\u00a0Abdulhkeem Alshater, um dos fundadores da associa\u00e7\u00e3o Comunidade S\u00edria Livre na \u00c1ustria, explica que a sua organiza\u00e7\u00e3o recebe todos os dias chamadas e mensagens de s\u00edrios preocupados.\u00a0\u0022Consideramos que o que o governo est\u00e1 a fazer \u00e9 desumano e inaceit\u00e1vel. A S\u00edria ainda n\u00e3o \u00e9 segura, ainda n\u00e3o \u00e9 est\u00e1vel. Quem recebeu uma carta n\u00e3o pode continuar a trabalhar no reagrupamento familiar\u0022.\u00a0\u00a0\u00a0Em meados de janeiro, o Governo j\u00e1 tinha enviado centenas de cartas. 58.000 s\u00edrios que chegaram nos \u00faltimos 5 anos est\u00e3o preocupados. 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Os direitos dos refugiados sírios estão em causa na Europa após a queda de Assad?

Os direitos dos refugiados sírios estão em causa na Europa após a queda de Assad?
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De Monica Pinna
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Vários países europeus suspenderam o processamento dos pedidos de asilo de cidadãos sírios na sequência da queda do regime de Bashar al-Assad na Síria.

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Estarão os direitos dos refugiados sírios em risco na Europa, numa altura em que os partidos de extrema-direita estão a ganhar terreno com apelos à redução da imigração? É o que vemos neste episódio de Europeans’ Stories.

Há cerca de 1,3 milhões de requerentes de asilo e refugiados sírios na União Europeia.  

A maior parte vive na Alemanha, Áustria e Suécia. No meio de uma crise política, a Áustria anunciou medidas mais rigorosas, incluindo um programa de "repatriamentos e deportações".

A Áustria anuncia um programa de "deportações para a Síria"

Cerca de 110.000 sírios vivem atualmente na Áustria. O seu entusiasmo pela queda de Assad foi rapidamente substituído pelo medo da deportação. É o que se sente em Brunnenmarkt, no coração de um dos bairros sírios de Viena. Se se falar de Assad aqui, ninguém quer comentar.  

O Governo conservador cessante começou a enviar cartas a indicar o início do processo de retirada do estatuto de refugiado. Uma medida que visa os sírios que obtiveram o estatuto de refugiado há menos de 5 anos.  

Abdulhkeem Alshater, um dos fundadores da associação Comunidade Síria Livre na Áustria, explica que a sua organização recebe todos os dias chamadas e mensagens de sírios preocupados. 

"Consideramos que o que o governo está a fazer é desumano e inaceitável. A Síria ainda não é segura, ainda não é estável. Quem recebeu uma carta não pode continuar a trabalhar no reagrupamento familiar".   

Em meados de janeiro, o Governo já tinha enviado centenas de cartas. 58.000 sírios que chegaram nos últimos 5 anos estão preocupados. E cerca de 5.000 sírios na Áustria estão à espera que as suas famílias se juntem a eles.  

A queda de Assad abriu um novo capítulo para a Síria e uma nova batalha legal para os refugiados sírios na Europa, determinados a lutar pelos seus direitos.

Os refugiados sírios correm realmente o risco de serem deportados?

O advogado e porta-voz da ONG austríaca Asylkoordination, Lukas Gahleitner-Gertz, explica que o Estado austríaco tem o direito de avaliar se as razões pelas quais as pessoas receberam o seu estatuto de proteção continuam a existir. Mas, segundo o mesmo, "estamos muito longe de as pessoas terem a obrigação de abandonar o país".

"Os anúncios feitos pelo Ministério do Interior — acrescenta Gahleitner-Gertz — destinavam-se ao eleitorado austríaco para mostrar que estão a ser duros com os requerentes de asilo, mas não refletem a realidade".

Gahleitner-Gertz considera "ilegal" a decisão da Áustria de iniciar o processo de retirada do estatuto de refugiado, uma vez que a situação na Síria continua volátil.

A Síria é um país seguro para regressar?

Cada Estado-Membro da UE avalia de forma independente a situação na Síria para determinar se é seguro para os refugiados regressarem. Embora o Sistema Europeu Comum de Asilo (SECA) da UE estabeleça normas para os processos de asilo, não determina diretamente se um país específico é seguro para o regresso. Assim, o futuro de mais de um milhão de refugiados sírios na Europa está em risco, dependente de políticas nacionais nem sempre alinhadas com os princípios europeus comuns.  

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