{ "@context": "https://schema.org/", "@graph": [ { "@type": "NewsArticle", "mainEntityOfPage": { "@type": "Webpage", "url": "/my-europe/2024/09/02/sete-estados-membros-nao-tinham-recebido-qualquer-financiamento-pos-pandemia-ate-ao-final-" }, "headline": "Dois Estados-Membros da UE n\u00e3o receberam um \u00fanico euro do fundo p\u00f3s-pandemia, afirmam auditores da UE", "description": "O Mecanismo de Recupera\u00e7\u00e3o e Resili\u00eancia, criado para ajudar os pa\u00edses da UE na crise da COVID-19, prev\u00ea 723,8 mil milh\u00f5es de euros em subven\u00e7\u00f5es e empr\u00e9stimos.", "articleBody": "Tr\u00eas anos ap\u00f3s a cria\u00e7\u00e3o de um importante fundo para estimular a recupera\u00e7\u00e3o p\u00f3s-pandemia, os Estados-Membros da UE utilizaram menos de um ter\u00e7o dos 724 mil milh\u00f5es de euros em subven\u00e7\u00f5es e empr\u00e9stimos, afirmam os auditores da UE num relat\u00f3rio publicado hoje.Dois Estados-Membros da UE ainda n\u00e3o receberam um \u00fanico euro do fundo p\u00f3s-pandemia, o Mecanismo de Recupera\u00e7\u00e3o e Resili\u00eancia, criado para ajudar os pa\u00edses da UE na crise da COVID-19, que prev\u00ea 723,8 mil milh\u00f5es de euros em subven\u00e7\u00f5es e empr\u00e9stimos.Desde a sua cria\u00e7\u00e3o, em fevereiro de 2021, a Su\u00e9cia e os Pa\u00edses Baixos n\u00e3o beneficiaram de forma alguma deste mecanismo, enquanto a Hungria, a B\u00e9lgica, a Finl\u00e2ndia, a Irlanda e a Pol\u00f3nia come\u00e7aram a beneficiar dele apenas em 2024, tal como mostra o relat\u00f3rio do Tribunal de Contas Europeu. A Hungria encontra-se numa situa\u00e7\u00e3o particular, tendo recebido 919 milh\u00f5es de pr\u00e9-financiamento, mas sem fundos para a execu\u00e7\u00e3o das medidas. No seu plano, o Governo de Budapeste comprometeu-se a cumprir 27 \u201csuper metas\u201d para lutar contra a corrup\u00e7\u00e3o e respeitar a independ\u00eancia judicial, mas n\u00e3o os cumpriu na \u00edntegra. No caso dos Pa\u00edses Baixos, a situa\u00e7\u00e3o pol\u00edtica e a mudan\u00e7a de governo condicionaram os objetivos. \u0022Por isso, simplesmente n\u00e3o o puderam fazer. Porque para o Plano de Recupera\u00e7\u00e3o e Resili\u00eancia \u00e9 realmente necess\u00e1rio um consenso e apoio pol\u00edtico e que o governo apoie o plano. E os Pa\u00edses Baixos estavam \u00e0 espera dessa estabilidade, diz Ivana Maleti\u0107, respons\u00e1vel pela auditoria por parte do Tribunal de Contas Europeu.Os outros pa\u00edses apresentaram pedidos de pagamento que, em alguns casos, ainda est\u00e3o a ser avaliados pela Comiss\u00e3o Europeia. At\u00e9 ao final de 2023, cerca de 182 mil milh\u00f5es de euros tinham sido pagos aos Estados-Membros, estando cada pagamento relacionado com \u201c metas e objetivos interm\u00e9dios\u201d\u0022Pode acontecer que se deparem com muitas dificuldades e obst\u00e1culos durante o per\u00edodo de constru\u00e7\u00e3o e de execu\u00e7\u00e3o, e que os atrasos fa\u00e7am com que n\u00e3o consigam efetivamente concluir o projeto at\u00e9 ao final de 2026. 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Dois Estados-Membros da UE não receberam um único euro do fundo pós-pandemia, afirmam auditores da UE

A faixa “Plano de recuperação para a Europa” na fachada do edifício Berlaymont, em Bruxelas.
A faixa “Plano de recuperação para a Europa” na fachada do edifício Berlaymont, em Bruxelas. Direitos de autor Aurore Martignoni/(C) Aurore Martignoni
Direitos de autor Aurore Martignoni/(C) Aurore Martignoni
De Paula SolerVincenzo Genovese
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O Mecanismo de Recuperação e Resiliência, criado para ajudar os países da UE na crise da COVID-19, prevê 723,8 mil milhões de euros em subvenções e empréstimos.

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Três anos após a criação de um importante fundo para estimular a recuperação pós-pandemia, os Estados-Membros da UE utilizaram menos de um terço dos 724 mil milhões de euros em subvenções e empréstimos, afirmam os auditores da UE num relatório publicado hoje.

Dois Estados-Membros da UE ainda não receberam um único euro do fundo pós-pandemia, o Mecanismo de Recuperação e Resiliência, criado para ajudar os países da UE na crise da COVID-19, que prevê 723,8 mil milhões de euros em subvenções e empréstimos.

Desde a sua criação, em fevereiro de 2021, a Suécia e os Países Baixos não beneficiaram de forma alguma deste mecanismo, enquanto a Hungria, a Bélgica, a Finlândia, a Irlanda e a Polónia começaram a beneficiar dele apenas em 2024, tal como mostra o relatório do Tribunal de Contas Europeu.

A Hungria encontra-se numa situação particular, tendo recebido 919 milhões de pré-financiamento, mas sem fundos para a execução das medidas. No seu plano, o Governo de Budapeste comprometeu-se a cumprir 27 “super metas” para lutar contra a corrupção e respeitar a independência judicial, mas não os cumpriu na íntegra.

No caso dos Países Baixos, a situação política e a mudança de governo condicionaram os objetivos. "Por isso, simplesmente não o puderam fazer. Porque para o Plano de Recuperação e Resiliência é realmente necessário um consenso e apoio político e que o governo apoie o plano. E os Países Baixos estavam à espera dessa estabilidade, diz Ivana Maletić, responsável pela auditoria por parte do Tribunal de Contas Europeu.

Os outros países apresentaram pedidos de pagamento que, em alguns casos, ainda estão a ser avaliados pela Comissão Europeia. Até ao final de 2023, cerca de 182 mil milhões de euros tinham sido pagos aos Estados-Membros, estando cada pagamento relacionado com “ metas e objetivos intermédios”

"Pode acontecer que se deparem com muitas dificuldades e obstáculos durante o período de construção e de execução, e que os atrasos façam com que não consigam efetivamente concluir o projeto até ao final de 2026. Não conseguirão terminar todo o projeto, todas as medidas, quando já tiverem recebido em 2023 os fundos para a do contrato", explica Maletić.

Um quarto não foi concluído a tempo

Ao contrário dos fundos de coesão, o veículo normal para as despesas regionais da UE, o apoio financeiro pós-pandemia está ligado ao cumprimento de compromissos e os Estados-Membros estão atrasados no cumprimento destas metas e na absorção dos fundos.

"A absorção atempada do PRR é essencial: ajuda a evitar estrangulamentos na execução das medidas no final do período de vigência do mecanismo e reduz o risco de despesas ineficientes e erradas", afirmou Maletić.

A meio do plano de execução de seis anos dos fundos pós-pandemia, 24% das reformas e investimentos previstos não foram concluídos a tempo - o que significa que um número significativo das promessas mais complicadas ainda não foi cumprido, segundo constatou o TCE.

Uma vez que o PRR expira em agosto de 2026 e não se prevê qualquer prorrogação, os auditores da UE recomendam que a Comissão preste mais apoio para reforçar a forma como fundos semelhantes serão concebidos no futuro.

"Pode acontecer que, em relação a algumas ações, os Estados-Membros recebam montantes substanciais de fundos sem as finalizarem de todo, porque não será possível finalizá-las dentro do prazo estabelecido", disse um auditor sénior numa conferência de imprensa na segunda-feira - embora Bruxelas não tenha o poder de recuperar o dinheiro.

No entanto, o executivo da UE rejeitou as recomendações dos auditores no sentido de deixar de financiar ações incompletas e de recuperar as transferências.

"A Comissão não considera que os pagamentos com base nos progressos realizados constituam um risco e não dispõe de uma base jurídica para recuperar os fundos já desembolsados em relação a marcos e objetivos já cumpridos e ainda por cumprir", afirmou a sua resposta.

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