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Estudo: poluição de origem humana pode estar a ocultar verdadeira dimensão do aquecimento global

Os resultados ajudarão a desenvolver modelos climáticos mais exactos para prever as alterações climáticas futuras.
Os resultados ajudarão a desenvolver modelos climáticos mais exactos para prever as alterações climáticas futuras. Direitos de autor Bernat Armangue/Copyright 2024 The AP. All rights reserved
Direitos de autor Bernat Armangue/Copyright 2024 The AP. All rights reserved
De Rebecca Ann Hughes
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Os resultados ajudarão a desenvolver modelos climáticos mais exatos para prever alterações climáticas futuras.

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A poluição por aerossóis gerada pelos seres humanos arrefece o clima mais do que se pensava, segundo uma nova investigação.

O efeito das partículas finas nas propriedades das nuvens pode estar a ocultar a verdadeira dimensão do aquecimento global, de acordo com o estudo conduzido pela Universidade da Finlândia Oriental e pelo Instituto Meteorológico Finlandês.

Os autores afirmam que as conclusões ajudarão a melhorar a capacidade dos modelos científicos para prever o impacto futuro das alterações climáticas e do aquecimento global induzido pelas emissões de gases com efeito de estufa.

Aerossóis "contrariaram parcialmente o aquecimento provocado pelos gases com efeito de estufa"

Os aerossóis são pequenas partículas flutuantes no ar que, frequentemente, não são ou são pouco visíveis ao olho humano. Podem ser oriundas de fontes naturais, como vulcões ou salpicos marinhos, mas também de fontes causadas pelo homem, como a queima de combustíveis fósseis, emissões industriais ou mesmo a cozedura.

O novo estudo concluiu que a formação e as propriedades das nuvens de baixa altitude são altamente sensíveis a alterações nas concentrações atmosféricas destas partículas minúsculas.

A descoberta pode permitir compreender melhor em que medida a poluição por aerossóis causada pela atividade humana abrandou o aquecimento global provocado pelos gases com efeito de estufa.

A investigação, publicada na revista Nature Geoscience, examinou medições de longo prazo recolhidas nas estações de monitorização da Infraestrutura de Investigação de Aerossóis, Nuvens e Gases Vestigiais (ACTRIS) em Svalbard e na Finlândia.

As características das nuvens podem variar muito ao longo do tempo, o que significa que os cientistas tiveram de efetuar medições a longo prazo para determinar com precisão a influência dos aerossóis.

Descobriram que as propriedades das nuvens são mais fortemente afetadas pelas alterações nos níveis de aerossóis do que se pensava anteriormente.

"As emissões de partículas finas antropogénicas arrefeceram o clima através da modificação das propriedades das nuvens, contrariando assim parcialmente o aquecimento climático induzido pelos gases com efeito de estufa", afirma Annele Virtanen da Universidade da Finlândia Oriental.

"Com base nestes resultados, este efeito de arrefecimento está no limite superior das estimativas anteriores baseadas em dados de satélite".

Resultados ajudarão a desenvolver modelos climáticos mais exatos para prever aquecimento

O estudo também avaliou a capacidade dos modelos climáticos para descrever com exatidão a relação entre as propriedades das nuvens e as concentrações de aerossóis.

Fazendo uma comparação com observações do mundo real, os cientistas encontraram problemas na forma como os processos-chave são representados nos modelos.

O estudo também identificou variações significativas entre os diferentes modelos no que diz respeito às interações previstas entre aerossóis e nuvens.

"Estas descobertas vão ajudar-nos a desenvolver modelos climáticos mais precisos para prever as futuras alterações climáticas", afirma Sami Romakkaniemi, investigador do Instituto Meteorológico Finlandês.

Romakkeniemi acrescenta que estes modelos desempenham um "papel fundamental" na avaliação do impacto que diferentes cenários de emissões futuras poderão ter nas alterações climáticas.

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