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Quando é que vai terminar a vaga de calor na Europa? Peritos prevêem o fim, mas com tempestades a seguir

Turistas esperam por um autocarro ao sol em Milão, Itália, 16 de julho de 2024.
Turistas esperam por um autocarro ao sol em Milão, Itália, 16 de julho de 2024. Direitos de autor AP Photo/Luca Bruno
Direitos de autor AP Photo/Luca Bruno
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"As alterações climáticas estão a agravar os períodos de calor", alertam os peritos.

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Depois de vários dias de temperaturas "infernalmente quentes" no sul da Europa, as pessoas estão à procura de algum descanso das ondas de calor de julho.

A curto prazo não há grande alívio, com picos que podem atingir os 43 graus Celsius previstos para algumas zonas de Itália e da Grécia durante o dia de hoje (18 de julho).

O calor extremo que tem afligido muitos países do Sul e do Leste este mês é, em parte, provocado por uma onda de ar quente vinda do norte de África.

Várias pessoas terão morrido em Itália e continuam a ser emitidos alertas de calor extremo para outros países como Portugal, Roménia ou Chipre.

Mas espera-se que o calor letal diminua em muitos locais durante o fim de semana e na próxima semana.

Porque é que a onda de calor no sul da Europa durou tanto tempo?

"Tudo tem que ver com um padrão meteorológico de grande escala bastante persistente", explica Lars Lowinski, meteorologista do serviço meteorológico Weather & Radar.

"O Sul e o Leste da Europa têm estado sob aquilo a que chamamos uma crista de alta pressão, também conhecida como cúpula de calor, que é basicamente uma grande área de alta pressão com muito ar quente que não se move muito".

Em contrapartida, as zonas de baixa pressão, com condições mais frias e mais variáveis, têm dominado o cenário mais perto do Atlântico. O norte da Europa tem sido poupado ao calor abrasador devido à corrente de jato: uma faixa de ar em movimento rápido nos níveis superiores da atmosfera que separa estes dois regimes meteorológicos.

"Nos locais onde as duas massas de ar se encontram - do sul de França e dos Alpes até aos Estados Bálticos - registaram-se várias chuvas fortes e trovoadas severas com granizo e ventos fortes", acrescenta Lowinski.

Quando é que se prevê o fim das vagas de calor no Sul da Europa?

As temperaturas têm estado cerca de 6-12º acima dos valores médios para a época do ano, alimentando incêndios florestais e exigindo um consumo recorde de eletricidade.

Algumas zonas adoptaram planos especiais para o calor, incluindo a abertura de espaços com ar condicionado e a proibição detrabalhar ao ar livre para proteger as pessoas.

De acordo com o Weather & Radar, o tempo invulgarmente quente deverá continuar por mais alguns dias, com as temperaturas a atingirem novamente os 35-40ºC em locais como a Sérvia, Itália, Albânia, Grécia, Roménia e Bulgária.

Weather&Radar's Temperature Radar forecast for tomorrow, Friday 18 July.
Weather&Radar's Temperature Radar forecast for tomorrow, Friday 18 July.Weather&Radar

Mas a boa notícia é que "o pior deste período extremamente quente já ou", diz Lowinski, com a tendência para domingo e para a próxima semana a indicar um declínio gradual em direção a condições mais sazonais.

"Esta incursão de ar mais fresco, no início da próxima semana, também pode desencadear algumas trovoadas fortes em alguns locais, particularmente nos Balcãs", diz ele.

O site italiano de notícias meteorológicas Il Meteo também está a alertar para trovoadas em muitas zonas do país, no domingo.

Apesar do fim da onda de calor, as temperaturas deverão manter-se elevadas durante o resto do mês. O AccuWeather prevê temperaturas na casa dos 30 graus para muitos locais do sul da Europa até 25 de julho.

Quantas mais ondas de calor extremas são esperadas em toda a Europa este verão?

Dado o padrão meteorológico de grande escala que lhe está subjacente, os meteorologistas previram esta atual vaga de calor com bastante antecedência, com sinais já no final de junho.

Mas a previsão das ondas de calor - em particular da sua intensidade e duração - continua a ser um desafio e os especialistas não sabem ao certo o que está reservado para o resto do verão.

No entanto, Tyler Roys, meteorologista sénior da AccuWeather, diz que é pouco provável que se repita o calor generalizado desta semana, de Itália à Ucrânia.

"A possibilidade de ocorrência de calor extremo localizado (+ 35º) durante um ou dois dias nos locais típicos é mais provável, especialmente em meados de agosto", diz.

"Parece que na segunda metade de agosto é possível que as temperaturas regressem aos 30-35º durante um período de tempo."

Para Lowinski, o maior desafio é comunicar os riscos que advêm das ondas de calor prolongadas. "As temperaturas extremas, e por vezes recordes, a que temos assistido nos últimos dias são também um indicador claro que as alterações climáticas estão a agravar estes períodos de calor", afirma.

"As vagas de calor tendem agora a ser mais intensas, o que inclui também as temperaturas noturnas. É cada vez mais importante transmitir esse risco e a forma de preparar as pessoas, os animais e as infraestruturas; como por exemplo, o ar condicionado e a pressão adicional sobre as redes elétricas", explica.

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