{ "@context": "https://schema.org/", "@graph": [ { "@type": "NewsArticle", "mainEntityOfPage": { "@type": "Webpage", "url": "/business/2025/04/07/von-der-leyen-propoe-a-trump-acordo-de-tarifas-zero-por-zero-sobre-todos-os-produtos-indus" }, "headline": "Von der Leyen prop\u00f5e a Trump acordo de tarifas \u0022zero por zero\u0022 sobre todos os produtos industriais", "description": "\u0022A Europa est\u00e1 sempre pronta para um bom acordo\u0022, afirma Ursula von der Leyen, numa altura em que as tens\u00f5es comerciais com os Estados Unidos atingem o seu ponto mais alto.", "articleBody": "A Comiss\u00e3o Europeia prop\u00f4s aos Estados Unidos (EUA) um acordo para eliminar os direitos aduaneiros sobre todos os produtos industriais, no \u00e2mbito das negocia\u00e7\u00f5es comerciais, afirmou Ursula von der Leyen, sublinhando a sua inten\u00e7\u00e3o de retaliar contra as pol\u00edticas de Donald Trump, caso as negocia\u00e7\u00f5es falhem.Trump anunciou a aplica\u00e7\u00e3o de uma taxa alfandeg\u00e1ria geral de 20% \u00e0s importa\u00e7\u00f5es da Uni\u00e3o Europeia (UE), que entrar\u00e1 em vigor a 9 de abril. O a\u00e7o, o alum\u00ednio e os autom\u00f3veis est\u00e3o sujeitos a uma taxa separada de 25%. No total, ser\u00e3o afetados mais de 380 mil milh\u00f5es de euros de produtos fabricados na UE.Os produtos farmac\u00eauticos, o cobre, a madeira, os semicondutores e a energia ficaram isentos.\u0022Estamos prontos para negociar com os EUA. De facto, propusemos tarifas zero por zero para os produtos industriais, tal como fizemos com sucesso com muitos outros parceiros comerciais\u0022, afirmou a presidente da Comiss\u00e3o na segunda-feira \u00e0 tarde.\u0022Porque a Europa est\u00e1 sempre pronta para um bom acordo. Por isso, mantemo-lo em cima da mesa. Mas tamb\u00e9m estamos preparados para responder atrav\u00e9s de contramedidas e defender os nossos interesses\u0022.O acordo \u0022zero por zero\u0022 foi proposto no ado \u0022repetidamente\u0022 para o setor autom\u00f3vel, disse von der Leyen, \u0022mas n\u00e3o houve uma rea\u00e7\u00e3o adequada\u0022 de Washington.A Comiss\u00e3o alargou a proposta a todos os produtos industriais nos \u00faltimos dias, \u00e0 medida que as conversa\u00e7\u00f5es se intensificavam, disse um porta-voz do executivo comunit\u00e1rio. N\u00e3o foram fornecidos mais pormenores.\u0022Preferimos ter uma solu\u00e7\u00e3o negociada\u0022, disse von der Leyen, alertando que o seu executivo usar\u00e1 \u0022todos os instrumentos\u0022 dispon\u00edveis para retaliar \u0022se necess\u00e1rio\u0022, incluindo um instrumento anticoer\u00e7\u00e3o que foi introduzido em 2023, mas que nunca foi acionado.Von der Leyen descreveu as tarifas abrangentes de Trump como um \u0022grande ponto de viragem para os Estados Unidos\u0022 que teria \u0022custos imensos\u0022 para os consumidores e empresas americanas e daria um golpe \u0022massivo\u0022 na economia global.Enquanto Washington descreveu as tarifas como \u0022rec\u00edprocas\u0022, Bruxelas rejeitou a sua l\u00f3gica como \u0022n\u00e3o cred\u00edvel nem justificada\u0022.Para al\u00e9m do impacto imediato nos fluxos comerciais entre a UE e os EUA, que coloca milhares de milh\u00f5es em risco de serem eliminados, a Comiss\u00e3o est\u00e1 tamb\u00e9m preocupada com as potenciais ramifica\u00e7\u00f5es que a decis\u00e3o de Trump ter\u00e1 no com\u00e9rcio internacional, em particular na \u00c1sia.Os pa\u00edses asi\u00e1ticos foram atingidos com taxas mais elevadas do que o bloco europeu: 24% para a Mal\u00e1sia, 26% para a \u00cdndia, 32% para a Indon\u00e9sia, 36% para a Tail\u00e2ndia, 46% para o Vietname, 48% para o Laos e 49% para o Camboja, entre outros. A China foi alvo de uma tarifa \u0022rec\u00edproca\u0022 de 34%, para al\u00e9m da anterior taxa de 20%, o que perfaz um total de 54%. (Pequim j\u00e1 ripostou).Os n\u00edveis s\u00e3o t\u00e3o proibitivos que Bruxelas receia que os pa\u00edses asi\u00e1ticos, cujas economias dependem das exporta\u00e7\u00f5es, fiquem exclu\u00eddos do mercado americano e reencaminhem os seus produtos para a Europa como alternativa. A China \u00e9 particularmente preocupante, uma vez que j\u00e1 est\u00e1 a ser alvo de um intenso escrut\u00ednio por inundar o Ocidente com produtos de baixo custo e fortemente subsidiados.Durante a sua interven\u00e7\u00e3o na segunda-feira, Ursula von der Leyen anunciou a cria\u00e7\u00e3o de uma nova \u0022task force\u0022 para acompanhar de perto as mudan\u00e7as no com\u00e9rcio mundial.\u0022Vamos tamb\u00e9m proteger-nos contra os efeitos indiretos do desvio do com\u00e9rcio. Para o efeito, vamos criar uma 'task force de vigil\u00e2ncia das importa\u00e7\u00f5es'\u0022, afirmou. \u0022Analisamos as importa\u00e7\u00f5es hist\u00f3ricas que temos e tivemos e (se) h\u00e1 um aumento espec\u00edfico repentino de um determinado produto ou de um determinado setor em rela\u00e7\u00e3o ao qual temos de agir\u0022.", "dateCreated": "2025-04-07T16:04:43+02:00", "dateModified": "2025-04-07T16:20:32+02:00", "datePublished": "2025-04-07T16:20:32+02:00", "image": { "@type": "ImageObject", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Farticles%2Fstories%2F09%2F17%2F58%2F74%2F1440x810_cmsv2_ef904317-179b-5b34-9bd9-21ad056b7dcb-9175874.jpg", "width": "1440px", "height": "810px", "caption": "Ursula von der Leyen afirma que est\u00e1 disposta a utilizar \u0022todos os instrumentos\u0022 dispon\u00edveis para retaliar contra os direitos aduaneiros de Donald Trump.", "thumbnail": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Farticles%2Fstories%2F09%2F17%2F58%2F74%2F432x243_cmsv2_ef904317-179b-5b34-9bd9-21ad056b7dcb-9175874.jpg", "publisher": { "@type": "Organization", "name": "euronews", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Fwebsite%2Fimages%2Feuronews-logo-main-blue-403x60.png" } }, "author": { "@type": "Person", "name": "Jorge Liboreiro", "sameAs": "https://twitter.com/JorgeLiboreiro" }, "publisher": { "@type": "Organization", "name": "Euronews", "legalName": "Euronews", "url": "/", "logo": { "@type": "ImageObject", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Fwebsite%2Fimages%2Feuronews-logo-main-blue-403x60.png", "width": "403px", "height": "60px" }, "sameAs": [ "https://www.facebook.com/pt.euronews", "https://twitter.com/euronewspt", "https://flipboard.com/@euronewspt", "https://www.linkedin.com/company/euronews" ] }, "articleSection": [ "Negocios", "Not\u00edcias da Europa" ], "isAccessibleForFree": "False", "hasPart": { "@type": "WebPageElement", "isAccessibleForFree": "False", "cssSelector": ".poool-content" } }, { "@type": "WebSite", "name": "Euronews.com", "url": "/", "potentialAction": { "@type": "SearchAction", "target": "/search?query={search_term_string}", "query-input": "required name=search_term_string" }, "sameAs": [ "https://www.facebook.com/pt.euronews", "https://twitter.com/euronewspt", "https://flipboard.com/@euronewspt", "https://www.linkedin.com/company/euronews" ] } ] }
PUBLICIDADE

Von der Leyen propõe a Trump acordo de tarifas "zero por zero" sobre todos os produtos industriais

Ursula von der Leyen afirma que está disposta a utilizar "todos os instrumentos" disponíveis para retaliar contra os direitos aduaneiros de Donald Trump.
Ursula von der Leyen afirma que está disposta a utilizar "todos os instrumentos" disponíveis para retaliar contra os direitos aduaneiros de Donald Trump. Direitos de autor Virginia Mayo/Copyright 2025 The AP. All rights reserved.
Direitos de autor Virginia Mayo/Copyright 2025 The AP. All rights reserved.
De Jorge Liboreiro
Publicado a
Partilhe esta notíciaComentários
Partilhe esta notíciaClose Button

"A Europa está sempre pronta para um bom acordo", afirma Ursula von der Leyen, numa altura em que as tensões comerciais com os Estados Unidos atingem o seu ponto mais alto.

PUBLICIDADE

A Comissão Europeia propôs aos Estados Unidos (EUA) um acordo para eliminar os direitos aduaneiros sobre todos os produtos industriais, no âmbito das negociações comerciais, afirmou Ursula von der Leyen, sublinhando a sua intenção de retaliar contra as políticas de Donald Trump, caso as negociações falhem.

Trump anunciou a aplicação de uma taxa alfandegária geral de 20% às importações da União Europeia (UE), que entrará em vigor a 9 de abril. O aço, o alumínio e os automóveis estão sujeitos a uma taxa separada de 25%. No total, serão afetados mais de 380 mil milhões de euros de produtos fabricados na UE.

Os produtos farmacêuticos, o cobre, a madeira, os semicondutores e a energia ficaram isentos.

"Estamos prontos para negociar com os EUA. De facto, propusemos tarifas zero por zero para os produtos industriais, tal como fizemos com sucesso com muitos outros parceiros comerciais", afirmou a presidente da Comissão na segunda-feira à tarde.

"Porque a Europa está sempre pronta para um bom acordo. Por isso, mantemo-lo em cima da mesa. Mas também estamos preparados para responder através de contramedidas e defender os nossos interesses".

O acordo "zero por zero" foi proposto no ado "repetidamente" para o setor automóvel, disse von der Leyen, "mas não houve uma reação adequada" de Washington.

A Comissão alargou a proposta a todos os produtos industriais nos últimos dias, à medida que as conversações se intensificavam, disse um porta-voz do executivo comunitário. Não foram fornecidos mais pormenores.

"Preferimos ter uma solução negociada", disse von der Leyen, alertando que o seu executivo usará "todos os instrumentos" disponíveis para retaliar "se necessário", incluindo um instrumento anticoerção que foi introduzido em 2023, mas que nunca foi acionado.

Von der Leyen descreveu as tarifas abrangentes de Trump como um "grande ponto de viragem para os Estados Unidos" que teria "custos imensos" para os consumidores e empresas americanas e daria um golpe "massivo" na economia global.

Enquanto Washington descreveu as tarifas como "recíprocas", Bruxelas rejeitou a sua lógica como "não credível nem justificada".

Para além do impacto imediato nos fluxos comerciais entre a UE e os EUA, que coloca milhares de milhões em risco de serem eliminados, a Comissão está também preocupada com as potenciais ramificações que a decisão de Trump terá no comércio internacional, em particular na Ásia.

Os países asiáticos foram atingidos com taxas mais elevadas do que o bloco europeu: 24% para a Malásia, 26% para a Índia, 32% para a Indonésia, 36% para a Tailândia, 46% para o Vietname, 48% para o Laos e 49% para o Camboja, entre outros. A China foi alvo de uma tarifa "recíproca" de 34%, para além da anterior taxa de 20%, o que perfaz um total de 54%. (Pequim já ripostou).

Os níveis são tão proibitivos que Bruxelas receia que os países asiáticos, cujas economias dependem das exportações, fiquem excluídos do mercado americano e reencaminhem os seus produtos para a Europa como alternativa. A China é particularmente preocupante, uma vez que já está a ser alvo de um intenso escrutínio por inundar o Ocidente com produtos de baixo custo e fortemente subsidiados.

Durante a sua intervenção na segunda-feira, Ursula von der Leyen anunciou a criação de uma nova "task force" para acompanhar de perto as mudanças no comércio mundial.

"Vamos também proteger-nos contra os efeitos indiretos do desvio do comércio. Para o efeito, vamos criar uma 'task force de vigilância das importações'", afirmou. "Analisamos as importações históricas que temos e tivemos e (se) há um aumento específico repentino de um determinado produto ou de um determinado setor em relação ao qual temos de agir".

Ir para os atalhos de ibilidade
Partilhe esta notíciaComentários

Notícias relacionadas

Ministros do Comércio da UE chegam a acordo sobre primeira ronda de tarifas de retaliação contra EUA

Itália: tribunal declara que duas mulheres podem registar-se como pais nas certidões de nascimento

"Há uma tendência para fazer de Putin um verdadeiro super-homem", diz diretor das “secretas” da UE