Cocaína no comboio para Kiev? O governo alemão e o Eliseu desmentem os rumores que circulam na Internet de que o chanceler Merz e o presidente Macron consumiram drogas durante a sua deslocação à Ucrânia.
Os governos alemão e francês comentaram os rumores bizarros que circularam na Internet de que o chanceler alemão Friedrich Merz (CDU) e o presidente francês Emmanuel Macron teriam consumido cocaína durante uma viagem de comboio para Kiev.
Ambas as partes negaram firmemente as alegações.
No fim de semana, alguns utilizadores das redes sociais e dos canais russos no Telegram espalharam rumores de que Macron escondia um saco de pó branco na mão e que o recém-nomeado Merz tinha consigo uma colher de cocaína.
A porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros russo, Maria Zakharova, acusou os principais políticos da UE e o presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskyy, de consumo regular de cocaína, numa mensagem publicada no Telegram no domingo.
A CDU respondeu a estes rumores através de uma publicação no X, esta segunda-feira, esclarecendo que as imagens postas a circular apenas exibiam um lenço de papel. Tudo isto faz parte de uma campanha de desinformação.
“Atualmente, existem tentativas generalizadas de manipular a opinião pública através de campanhas de desinformação”, referia o tweet.
“Os inimigos da nossa democracia estão a trabalhar deliberadamente para minar a unidade europeia e a coesão social.”
No fim de semana, Merz, Macron, o primeiro-ministro polaco Donald Tusk e o primeiro-ministro britânico Kier Starmer deslocaram-se à capital ucraniana para se encontrarem com Zelenskyy.
O gabinete presidencial francês também abordou a campanha de desinformação na plataforma X no domingo à noite.
Tanto a CDU como o Palácio do Eliseu confirmaram, através de publicações no X, que o lenço que estava em cima da mesa é daqueles utilizados para assoar o nariz em caso de constipação.
Esta não é a primeira vez que os Estados-membros da UE chamam a atenção para o facto de países estrangeiros estarem a semear deliberadamente a desinformação para desestabilizar as democracias.
“Estas notícias falsas estão a ser espalhadas pelos inimigos de França, tanto no estrangeiro como dentro de portas”, lê-se no tweet da Presidência sa. “Devemos permanecer vigilantes e proteger-nos da manipulação.”