O Embaixador Huckabee afirma que o Presidente dos EUA, Donald Trump, deixou claro a todas as partes envolvidas na nova iniciativa que a prioridade é garantir que a ajuda chegue aos necessitados "o mais rapidamente possível".
O embaixador dos Estados Unidos em Israel, Mike Huckabee, anunciou na sexta-feira o início de um novo sistema de distribuição de ajuda humanitária e de alimentos a Gaza, cujas operações deverão começar "muito em breve".
Reconhecendo os relatos de fome e a terrível crise humanitária, Huckabee declarou que várias instituições de caridade, organizações sem fins lucrativos e vários governos iriam colaborar neste novo quadro de distribuição de ajuda, destinado a substituir o atual esforço liderado pelas Nações Unidas.
"O esforço é notável e vai exigir a parceria não só dos governos, mas também de ONG, organizações de caridade e organizações sem fins lucrativos de todo o mundo", afirmou Huckabee.
"Há vários parceiros que já concordaram em fazer parte do esforço. Ainda não estamos preparados para os nomear porque alguns dos pormenores da sua participação estão a ser trabalhados", continuou.
Huckabee não deu muitos pormenores sobre a logística desta nova iniciativa, mas sublinhou que Israel garantirá a segurança das entregas.
"O primeiro é que os alimentos sejam distribuídos de forma eficiente, mas também que sejam distribuídos em segurança dentro de Gaza às pessoas que precisam desesperadamente deles. O outro fator, e este é um fator importante, é que tudo isto seja feito de forma a que o Hamas não consiga deitar-lhe a mão".
Huckabee afirmou que Israel apenas fornecerá detalhes de segurança para garantir que a ajuda chegue às pessoas a que se destina. No entanto, o sistema em geral deve ser gerido de forma independente.
Israel manifestou a sua preocupação com o saque e o desvio de fundos destinados aos combatentes do Hamas, alegações que foram refutadas por funcionários da ONU e por trabalhadores humanitários.
Tendo em conta estas preocupações, Israel continua a impor o seu bloqueio a fornecimentos essenciais, como alimentos, combustível e medicamentos.
Embora Israel tenha declarado que só permitirá a entrada de ajuda em Gaza ao abrigo de um sistema que lhe permita supervisionar a distribuição, Huckabee sublinhou que este novo sistema não deve ser rotulado como sendo de Israel.
A ONU tem rejeitado sistematicamente qualquer plano que transfira o controlo da distribuição da ajuda para Israel.
Os funcionários da ONU dizem que qualquer acordo em que Israel decida quem recebe o quê e quanto viola os princípios de humanidade da organização, que prometem garantir humanidade, imparcialidade, independência e neutralidade.