Numa resolução aprovada, na quinta-feira, o Parlamento Europeu condena e rejeita "a fraude eleitoral orquestrada pelo Conselho Nacional Eleitoral, controlado pelo regime, que se recusou a tornar públicos os resultados oficiais".
O governo da Venezuela rejeitou uma resolução não vinculativa aprovada pelo Parlamento Europeu, na quinta-feira, que reconhece o candidato da oposição Edmundo González como presidente do país.
A Assembleia Nacional venezuelana, controlada pelo governo, aprovou um acordo para "repudiar" a decisão do Parlamento.
Os eurodeputados reconheceram Edmundo González como "o presidente legítimo e democraticamente eleito da Venezuela", com 309 votos a favor, 201 contra e 12 abstenções.
A decisão foi tomada na sequência das eleições presidenciais disputadas, no ado mês de julho, que a oposição afirma ter ganho. No entanto, o Conselho Eleitoral do país - considerado leal ao governo em funções - proclamou Nicolás Maduro como vencedor.
Nicolás Maduro reagiu à decisão do Parlamento Europeu fazendo comparações com o apoio do bloco ao antigo líder da oposição Juan Guaidò.
A votação no Parlamento Europeu ocorreu um dia depois de Edmundo González ter dito que tinha sido coagido a uma carta reconhecendo a sua derrota por funcionários do governo, a fim de deixar o país.
A chegada de Edmundo Gonzalez a Espanha, a 8 de setembro, veio perturbar as relações entre Madrid e Caracas, tendo o presidente da Assembleia Nacional, Jorge Rodríguez, apelado, na ada semana, à rutura das relações diplomáticas e comerciais com Espanha.