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Governo sérvio deverá aprovar projeto de lítio cancelado em 2022

Presidente da Sérvia, Aleksandar Vučić (à esq.), Ana Brnabić, ex-primeira-ministra sérvia (ao centro) e Donald Tusk, primeiro-ministro da Polónia (à direita)
Presidente da Sérvia, Aleksandar Vučić (à esq.), Ana Brnabić, ex-primeira-ministra sérvia (ao centro) e Donald Tusk, primeiro-ministro da Polónia (à direita) Direitos de autor Olivier Hoslet/AP
Direitos de autor Olivier Hoslet/AP
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Projeto do grupo Rio Tinto na região mineira de Jadar deverá ter luz verde do primeiro-ministro sérvio Miloš Vučević, dois anos depois de ter sido cancelado pelo anterior governo. Parecer da Academia Sérvia de Ciência e Artes aponta efeitos devastadores para o ambiente.

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O governo sérvio estará prestes a dar luz verde ao projeto de lítio Jadar, de acordo com uma entrevista do presidente do país, Aleksandar Vucic, ao Financial Times.

Dois anos depois de a então primeira-ministra Ana Brnabić ter anunciado o fim do projeto, e após o governo ter anulado todos os atos istrativos relacionados com o grupo Rio Tinto, esta empresa publicou o esboço do estudo de impacto ambiental.

O documento, que antes da decisão do governo de 2022 era crucial para o parecer final, explica em 2 mil páginas que a exploração mineira não teria grandes efeitos ambientais na região mineira de Jadar, no ocidente da Sérvia.

"A publicação destes planos não significa que a implementação do projeto 'Jadar' continue. Se vier a concretizar-se, os estudos serão apresentados no âmbito do procedimento normal previsto na lei, o que implica uma discussão pública", afirma Marijanti Babić, representante da Rio Tinto na Sérvia.

O esboço do estudo refere que o minério seria extraído a profundidades entre 370 e 650 metros e que foram considerados todos os cenários, mesmo os menos favoráveis, como eventuais acidentes e inundações.

Entre as principais consequências, destacam-se as alterações no fluxo das águas superficiais. A construção da mina poderá também afetar a qualidade do ar, especialmente durante a fase de construção, e provocaria igualmente alterações nos habitats e, por conseguinte, impactos negativos na flora e na fauna circundantes.

A Rio Tinto propôs soluções que, segundo os especialistas nas declarações enviadas pela empresa aos meios de comunicação social, anulariam todos os efeitos negativos.

"De acordo com todos os dados disponíveis, a exploração especial do "núcleo" nessa parte da Sérvia é absolutamente segura e protegida no que respeita aos habitats das pessoas e ao ambiente.", refere Aleksandar Cvijetić, professor da Faculdade de Minas e Geologia da Universidade de Belgrado.

"Devastação maciça"

A Academia Sérvia de Ciências e Artes já tinha publicado um estudo de impacto ambiental antes da Rio Tinto. Há dois anos, o organismo anunciou que a execução do projeto Jadar teria efeitos devastadores no ambiente.

"A implementação do projeto Jadar levaria a uma devastação maciça do espaço, a mudanças permanentes no carácter da paisagem, à degradação da biodiversidade da terra, das florestas, das águas superficiais e subterrâneas, à deslocação dos residentes locais e à cessação de actividades agrícolas sustentáveis e rentáveis." , notou Velimir Rilović, da Academia Sérvia de Ciências e Artes.

Com a publicação do esboço de estudo de impacto ambiental, a Rio Tinto afirma querer lançar um debate público sobre o tema. A empresa defende que só se poderá fazer uma apreciação sólida quando o Governo reintroduzir o Plano da Zona de Uso Especial para o projeto Jadar.

O primeiro-ministro sérvio, Miloš Vučević, não anuncia as futuras medidas do seu executivo a este respeito, mas sublinha que o lítio pode ser uma grande vantagem para a Sérvia.

"Sou a favor da utilização de todos os recursos económicos, naturais e humanos e do potencial de que a Sérvia dispõe para um maior desenvolvimento. Acredito no desenvolvimento sustentável, acredito que é possível ter economia e preservar a ecologia, o ambiente e as pessoas. ", declarou Vučević.

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