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As fotografias e o v\u00eddeo da exposi\u00e7\u00e3o, divulgados pelos meios de comunica\u00e7\u00e3o estatais, mostram Kim e Shoigu a caminhar perto de uma fila de grandes m\u00edsseis montados em cami\u00f5es de lan\u00e7amento. De acordo com alguns especialistas, a Coreia do Norte v\u00ea nos confrontos dos EUA com a China e a R\u00fassia sobre a influ\u00eancia regional e a guerra na Ucr\u00e2nia uma oportunidade para sair do isolamento diplom\u00e1tico e inserir-se numa frente unida contra Washington. Tanto Moscovo como Pequim t\u00eam vindo a fazer descarrilar os esfor\u00e7os dos EUA para refor\u00e7ar as san\u00e7\u00f5es do Conselho de Seguran\u00e7a da ONU contra a Coreia do Norte, devido \u00e0 enxurrada de testes de m\u00edsseis realizados desde 2022. A vis\u00e3o de Kim a partilhar um palco com Shoigu e Li numa parada militar \u00e9 um grande espet\u00e1culo para os espetadores norte-coreanos, bem como uma declara\u00e7\u00e3o de desafio aos EUA. 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Coreia do Norte mostra novas armas à Rússia e à China

O líder norte-coreano Kim Jong-un recebe o russo Sergei Shoigu e o vice-presidente do Comité Permanente do Congresso Nacional do Povo da China, Li Hongzhong.
O líder norte-coreano Kim Jong-un recebe o russo Sergei Shoigu e o vice-presidente do Comité Permanente do Congresso Nacional do Povo da China, Li Hongzhong. Direitos de autor AP Photo
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De Euronews com AP
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A preocupação com o fato de a China estar a abastecer a Rússia na sua guerra contra a Ucrânia coincide com o alarme perante a escalada de mísseis norte-coreanos.

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O líder norte-coreano, Kim Jong Un, contou com a presença de delegados russos e chineses que exibiram os seus mais poderosos mísseis com capacidade nuclear numa parada militar que assinalou um importante aniversário de guerra.

Uma demonstração de desafio aos Estados Unidos e de aprofundamento dos laços com Moscovo, numa altura em que as tensões na península atingiram o ponto mais alto dos últimos anos.

Imagens editadas pela televisão estatal norte-coreana, na sexta-feira, mostraram ruas e bancadas repletas de dezenas de milhares de espetadores mobilizados, que mostraram aprovação à medida que vagas de soldados em o acelerado, tanques e enormes mísseis balísticos intercontinentais, transportados em camiões lançadores, enchiam a estrada principal.

De acordo com a imprensa estatal, vieram pessoas de todo o país para a capital, Pyongyang, para contemplar o acontecimento.

O desfile começou com eventos de aquecimento que incluíram voos cerimoniais de drones de vigilância e de ataque recentemente desenvolvidos, que foram revelados pela primeira vez pelos meios de comunicação social estatais esta semana, quando relataram uma exposição de armas em que participaram Kim e Shoigu.

O desfile realizou-se depois de Kim se ter reunido com Shoigu no início desta semana para discutir questões militares e o ambiente de segurança regional, ilustrando o apoio de Pyongyang à guerra da Rússia na Ucrânia.

AP/KCNA via KNS
Foto fornecida pelo governo norte-coreano mostra o que diz ser um drone de ataque no desfile militar desta semana.AP/KCNA via KNS

A Coreia do Norte tem vindo a alinhar-se com a Rússia por causa da guerra na Ucrânia, insistindo que a "política hegemónica" do Ocidente liderado pelos EUA forçou Moscovo a tomar medidas militares para proteger os seus interesses de segurança.

A istração Biden acusou a Coreia do Norte de fornecer armas à Rússia para ajudar a combater na Ucrânia, embora o Norte tenha negado a alegação.

Durante a reunião, Shoigu transmitiu a Kim uma "carta calorosa e positiva" assinada pelo Presidente russo Vladimir Putin, segundo a KCNA.

Shoigu também manteve conversações com o ministro da Defesa norte-coreano, Kang Sun-nam, com o objetivo de "reforçar a cooperação entre os departamentos de defesa", afirmou o ministério da Defesa russo num comunicado.

A KCNA informou que Kang, durante uma receção a Shoigu, expressou apoio à "luta justa do exército russo" para defender a soberania e a segurança do país, numa aparente referência à guerra da Rússia contra a Ucrânia. Shoigu elogiou o exército popular norte-coreano como "o exército mais forte do mundo."

Os meios de comunicação social russos não incluíram este comentário.

AP/KCNA via KNS
Kim Jong-un aperta a mão do ministro da Defesa russo, na sede do Comité Central do Partido dos Trabalhadores da Coreia do Norte.AP/KCNA via KNS

A Coreia do Norte está a celebrar o 70.º aniversário do armistício que pôs termo aos combates na Guerra da Coreia de 1950-53. As festividades seriam marcadas por uma parada militar na quinta-feira à noite na capital, onde Kim poderia exibir os seus mísseis mais poderosos e com capacidade nuclear.

Embora as tréguas tenham deixado a Península Coreana num estado técnico de guerra, o Norte continua a encará-las como uma vitória na "Grande Guerra de Libertação da Pátria."

Num raro caso de aproximação diplomática desde o início da pandemia, a Coreia do Norte convidou delegações da Rússia e da China para participarem nas celebrações.

Segundo a KCNA, Kim também levou Shoigu a uma exposição de armas que apresentava algumas das mais recentes armas da Coreia do Norte e informou-o sobre os planos nacionais para expandir as capacidades militares do país. As fotografias e o vídeo da exposição, divulgados pelos meios de comunicação estatais, mostram Kim e Shoigu a caminhar perto de uma fila de grandes mísseis montados em camiões de lançamento.

AP Photo
Kim Jong-un mostra a Sergei Shoigu uma série de armas norte-coreanas.AP Photo

De acordo com alguns especialistas, a Coreia do Norte vê nos confrontos dos EUA com a China e a Rússia sobre a influência regional e a guerra na Ucrânia uma oportunidade para sair do isolamento diplomático e inserir-se numa frente unida contra Washington.

Tanto Moscovo como Pequim têm vindo a fazer descarrilar os esforços dos EUA para reforçar as sanções do Conselho de Segurança da ONU contra a Coreia do Norte, devido à enxurrada de testes de mísseis realizados desde 2022.

A visão de Kim a partilhar um palco com Shoigu e Li numa parada militar é um grande espetáculo para os espetadores norte-coreanos, bem como uma declaração de desafio aos EUA.

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