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Putin garante envio de milhares de toneladas de cereais para África

Presidente da Rússia, Vladimir Putin, na Cimeira Rússia-'Africa, em São Petersburgo
Presidente da Rússia, Vladimir Putin, na Cimeira Rússia-'Africa, em São Petersburgo Direitos de autor Pavel Bednyakov/Copyright 2023 Sputnik
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Compromisso não terá custos para os países africanos. A segunda edição da cimeira entre Rússia e África. começa esta quinta-feira, num contexto de crise alimentar.

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O presidente Vladimir Putin comprometeu-se a enviar de forma gratuita dezenas de milhares de toneladas de cereais para Ádrica, apesar das sanções impostas pelo Ocidente.

A informação foi dada pelo chefe de Estado russo aos líderes africanos reunidos até esta sexta-feira em São Petersburgo para a cimeira Rússia-África

A invasão russa da Ucrânia está a marcar os trabalhos do encontro de dois dias que reúne, na cidade russa, dezassete chefes de Estado e delegações de cinquenta países africanos.

Além da ausência confirmada de Cabo Verde, apenas dois Presidentes lusófonos confirmados na cimeira Rússia/África: de Moçambique e de Guiné-Bissau. Angola será representada pelo ministro dos Negócios Estrangeiros e São Tomé e Príncipe pelo seu embaixador.

Vladimir Putin tem garantido o apoio ou pelo menos a neutralidade de alguns destes governos dependentes, em ealguns casos, exclusivamente dos cereais da Rússia. Um abastecimento recentemente comprometido pela suspensão do acordo estabelecido com a Ucrânia para a exportação.

Em termos económicos e comerciais Moscovo não consegue assegurar a sua posição no continente. A Rússia exporta principalmente cereais, armas, produtos de extracção e energia nuclear para África. No entanto, mais de 70% de todo o comércio russo com África está concentrado em apenas quatro países - Egipto, Argélia, Marrocos e África do Sul.

Apesar dos acordos e promessas assinados durante a cimeira de 2019, poucos foram materializados. Na Cimeira de Sochi em 2019, o presidente russo Vladimir Putin comprometeu-se a duplicar o nível do comércio russo com África em cinco anos. Em vez disso, observa-se uma queda gradual desde 2018, totalizando 30% de redução.

Por outro lado a guerra entre a Rússia e a Ucrânia pôs em evidência que o abastecimento mundial de cereais depende destes dois países, que conjuntamente representam 27% das exportações de cereais.

Recentemente, um relatório publicado pelas Nações Unidas apresenta uma amostra de 25 países africanos que dependem das importações de trigo da Rússia ou da Ucrânia. Deste grupo, 21 importam a maior parte do seu trigo da Rússia.

Entre 2018 e 2020, África importou 3,7 mil milhões de dólares em trigo (32% do total das importações de trigo do continente) da Rússia e outros 1,4 mil milhões de dólares da Ucrânia (12% das importações de trigo do continente).

Líder da Coreia do Norte mostra mísseis banidos a ministro russo

Cada vez mais isolado do Ocidente, o Kremlin tem também procurado apoio na Ásia. Em visita oficial à Coreia do Norte, o ministro russo da defesa reuniu-se em Pyongyang com Kim Jong Un, para discutir uma cooperação militar.

Imagens divulgadas pelo governo norte-coreano mostram Sergei Shoigu a ver armas do país anfitrião, entre elas mísseis balísticos banidos pelas Nações Unidas.

O distanciamento de Moscovo é cada vez mais evidente. Esta quarta-feira, o representante russo na **ONU,**Dmitri Polyanskiy,recusou-se a intervir numa reunião do Conselho de Segurança, após o país ter sido acusado de perseguir minorias religiosas e ver rejeitada a intervenção do bispo ortodoxoGideon, afeto ao regime de Putin.

Moscovo, que há dias bombardeou a Catedral da Transfiguração em Odessa, acusa o presidente da comissão de parcialidade, censura e obstrução.

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