Em Lisboa, à saída de uma missa, vários fiéis lamentaram a morte do sumo pontífice e recordaram o legado de renovação de Francisco.
Foi com profunda tristeza que os portugueses receberam a notícia da morte do Papa Francisco. À saída de uma missa numa igreja no centro de Lisboa, vários fiéis recordaram o legado progressista e de proximidade de Francisco.
Sobre o futuro da Igreja católica, fazem votos de que o sucessortambém tenha um pontificado igualmente marcante.
"Vim aqui à Igreja, à missa das 13h, para agradecer pelo Papa que Deus nos deu. Seguramente virá outro também tão bom. Diria que este, se calhar, e já pensando que o Papa João Paulo II foi de facto um Papa muito atual na sua altura e que revolucionou muita coisa, apesar de todas as forças mais conservadoras da Igreja Católica. Este Papa foi mais longe e foi mais longe através da humildade, através da esperança, através do testemunho", recorda um fiel à porta da Igreja da Nossa Senhora da Encarnação.
"Um grande homem com um testemunho espetacular e rezamos para que o próximo Papa tenha um papel igualmente marcante em todo o mundo", refere outro em declarações à Euronews.
"É pena, porque vai ser difícil substituir um Papa destes, por tudo o que representa, por tudo o que tem vindo a alterar", comenta também em declarações à Euronews uma portuguesa à saída da missa.
"Tivemos um grande Papa, um grande homem. Portanto, damos graças a Deus pela sua vida. Esse é o meu primeiro sentimento. Quanto ao futuro, não sei. O Espírito Santo iluminará os cardeais para darem um bom Papa, como têm sempre dado à Igreja".
Francisco morreu esta segunda-feira aos 88 anos, um dia depois de ter aparecido na varanda da Basílica de São Pedro no Vaticano, onde abençoou milhares de pessoas presentes nas cerimónias da Páscoa.
O Governo português já anunciou que vai decretar três dias de luto nacionalem memória do Papa Francisco.
O pontífice argentino esteve em Portugal por duas vezes. A primeira vez em 2017, para visitar o Santuário de Fátima, por ocasião do Centenário das Aparições, e depois, em 2023, para a Jornada Mundial da Juventude.
Portugal tem também pela primeira vez quatro cardeais eleitores no conclave que irá escolher o próximo líder da Igreja Católica.