{ "@context": "https://schema.org/", "@graph": [ { "@type": "NewsArticle", "mainEntityOfPage": { "@type": "Webpage", "url": "/my-europe/2025/01/20/gravuras-invisiveis-diamantes-eticos-a-tecnologia-que-rastreia-as-pedras-da-mina-ate-ao-me" }, "headline": "Gravuras invis\u00edveis, diamantes \u00e9ticos: a tecnologia que rastreia as pedras da mina at\u00e9 ao mercado", "description": "As leis internacionais pro\u00edbem o com\u00e9rcio de diamantes provenientes de pa\u00edses em conflito. No entanto, por enquanto, \u00e9 imposs\u00edvel ter a certeza da origem das pedras preciosas. Mas h\u00e1 um laborat\u00f3rio polaco que encontrou a solu\u00e7\u00e3o para este problema.", "articleBody": "Vir\u00e1 o diamante do seu anel de noivado de um pa\u00eds em conflito como a R\u00fassia? N\u00e3o de forma legal, e agora h\u00e1 uma tecnologia, desenvolvida por um projeto europeu na Pol\u00f3nia, que pode impedir que isso venha a acontecer no futuro.Barbara Dembowska gere um neg\u00f3cio de venda de diamantes na cidade polaca de Pozna\u0144. As suas pedras preciosas prov\u00eam apenas de fornecedores de confian\u00e7a da B\u00e9lgica, Fran\u00e7a ou It\u00e1lia, mas, na realidade, nem mesmo os certificados de Barbara podem garantir com toda a certeza a proveni\u00eancia das pedras. As novas tecnologias desenvolvidas pelo Nanores, um laborat\u00f3rio da Bresl\u00e1via, s\u00e3o revolucion\u00e1rias neste aspeto.Barbara explica que \u0022se uma pregadeira composta por, digamos, 20, 30 ou 50 pedras de uma empresa conhecida contiver no seu interior informa\u00e7\u00f5es sobre a empresa, por exemplo, a Cartier ou a Harry Winston, como as iniciais, isso significa que estas pedras pertencem \u00e0 empresa referida. Em caso de roubo, a venda da pedra torna-se imposs\u00edvel\u0022.\u00a0A luta internacional contra o tr\u00e1fico de diamantes de sangueOs diamantes de sangue, tamb\u00e9m conhecidos como diamantes de conflito ou diamantes sujos, s\u00e3o pedras extra\u00eddas em zonas de guerra e vendidas para financiar conflitos armados, viola\u00e7\u00f5es dos direitos humanos e atividades il\u00edcitas.\u00a0Para combater o com\u00e9rcio de diamantes de conflito, deu-se in\u00edcio, no ano de 2000, ao chamado Processo de Kimberley, um sistema de certifica\u00e7\u00e3o que imp\u00f5e requisitos rigorosos \u00e0 rastreabilidade dos diamantes e garante que os diamantes comercializados prov\u00eam de fontes legais e sustent\u00e1veis. Os pa\u00edses membros asseguram nomeadamente que os diamantes importados n\u00e3o prov\u00eam de pa\u00edses em conflito.Nos \u00faltimos anos, a Uni\u00e3o Europeia acrescentou a R\u00fassia \u00e0 lista de pa\u00edses proibidos.Apesar dos progressos, o sistema apresenta debilidades. Continuam a existir vias de fuga e falta de controlo em algumas zonas, o que permite que os diamantes de sangue entrem no mercado.A nanotecnologia ao servi\u00e7o da LeiA tecnologia de rastreamento de diamantes desenvolvida pelo Nanores chama-se Diamond ID.O projeto, que custou ao laborat\u00f3rio mais de 2,2 milh\u00f5es de euros, foi financiado em cerca de 1,75 milh\u00f5es pelo Fundo de Coes\u00e3o da Uni\u00e3o Europeia. A tecnologia foi testada em superf\u00edcies de 500x500 micr\u00f3metros, sendo um micr\u00f3metro a milion\u00e9sima parte de um metro.E por que precisamos desta tecnologia? Em que fase est\u00e1 e o que tem de inovador este projeto?Da mina ao consumidor\u0022Atualmente\u0022, responde a gestora do projeto, Magdalena Ko\u0142da, \u0022os diamantes s\u00f3 s\u00e3o marcados quando s\u00e3o polidos. Ap\u00f3s o polimento, \u00e9 feita uma marca na superf\u00edcie da pedra. Mas n\u00e3o h\u00e1 nenhuma marca de identifica\u00e7\u00e3o a ser feita no in\u00edcio do ciclo, e \u00e9 muito importante poder tra\u00e7ar o caminho percorrido pelo diamante desde o in\u00edcio\u0022.O objetivo \u00e9 poder fazer a marca\u00e7\u00e3o no interior do diamante a um n\u00edvel microsc\u00f3pico no momento da extra\u00e7\u00e3o. Deste modo, evita-se que a marca\u00e7\u00e3o seja removida, uma vez que n\u00e3o se encontra \u00e0 superf\u00edcie e n\u00e3o \u00e9 vis\u00edvel, e garante-se a possibilidade de tra\u00e7ar o trajeto percorrido pela pedra desde a origem at\u00e9 ao consumidor final.A Diamond ID \u00e9 combinada com outra tecnologia, tem uma esp\u00e9cie de \u0022g\u00e9meo digital\u0022, ou seja, existe uma c\u00f3pia digital da marca\u00e7\u00e3o do diamante, que ser\u00e1 armazenada numa base de dados. E \u00e9 isso que ir\u00e1 poder encontrar no seu diamante dentro de alguns anos, quando a tecnologia for patenteada e colocada no mercado: a garantia de um diamante absolutamente \u00e9tico.", "dateCreated": "2024-11-25T14:27:13+01:00", "dateModified": "2025-01-20T15:42:26+01:00", "datePublished": "2025-01-20T15:00:25+01:00", "image": { "@type": "ImageObject", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Farticles%2Fstories%2F08%2F87%2F26%2F68%2F1440x810_cmsv2_a4d85e3f-4224-582d-a0ce-24b2f4e94796-8872668.jpg", "width": "1440px", "height": "810px", "caption": "As leis internacionais pro\u00edbem o com\u00e9rcio de diamantes provenientes de pa\u00edses em conflito. No entanto, por enquanto, \u00e9 imposs\u00edvel ter a certeza da origem das pedras preciosas. Mas h\u00e1 um laborat\u00f3rio polaco que encontrou a solu\u00e7\u00e3o para este problema.", "thumbnail": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Farticles%2Fstories%2F08%2F87%2F26%2F68%2F432x243_cmsv2_a4d85e3f-4224-582d-a0ce-24b2f4e94796-8872668.jpg", "publisher": { "@type": "Organization", "name": "euronews", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Fwebsite%2Fimages%2Feuronews-logo-main-blue-403x60.png" } }, "author": { "@type": "Person", "name": "Selene Verri", "sameAs": "https://twitter.com/falena" }, "publisher": { "@type": "Organization", "name": "Euronews", "legalName": "Euronews", "url": "/", "logo": { "@type": "ImageObject", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Fwebsite%2Fimages%2Feuronews-logo-main-blue-403x60.png", "width": "403px", "height": "60px" }, "sameAs": [ "https://www.facebook.com/pt.euronews", "https://twitter.com/euronewspt", "https://flipboard.com/@euronewspt", "https://www.linkedin.com/company/euronews" ] }, "articleSection": [ "S\u00e9rie: a minha Europa" ] }, { "@type": "WebSite", "name": "Euronews.com", "url": "/", "potentialAction": { "@type": "SearchAction", "target": "/search?query={search_term_string}", "query-input": "required name=search_term_string" }, "sameAs": [ "https://www.facebook.com/pt.euronews", "https://twitter.com/euronewspt", "https://flipboard.com/@euronewspt", "https://www.linkedin.com/company/euronews" ] } ] }

Gravuras invisíveis, diamantes éticos: a tecnologia que rastreia as pedras da mina até ao mercado

Em parceria comthe European Commission
Gravuras invisíveis, diamantes éticos: a tecnologia que rastreia as pedras da mina até ao mercado
Direitos de autor Euronews
Direitos de autor Euronews
De Selene Verri
Publicado a Últimas notícias
Partilhe esta notícia
Partilhe esta notíciaClose Button
Copiar/colar o link embed do vídeo:Copy to clipboardCopied

As leis internacionais proíbem o comércio de diamantes provenientes de países em conflito. No entanto, por enquanto, é impossível ter a certeza da origem das pedras preciosas. Mas há um laboratório polaco que encontrou a solução para este problema.

Virá o diamante do seu anel de noivado de um país em conflito como a Rússia? Não de forma legal, e agora há uma tecnologia, desenvolvida por um projeto europeu na Polónia, que pode impedir que isso venha a acontecer no futuro.

Barbara Dembowska gere um negócio de venda de diamantes na cidade polaca de Poznań. As suas pedras preciosas provêm apenas de fornecedores de confiança da Bélgica, França ou Itália, mas, na realidade, nem mesmo os certificados de Barbara podem garantir com toda a certeza a proveniência das pedras. As novas tecnologias desenvolvidas pelo Nanores, um laboratório da Breslávia, são revolucionárias neste aspeto.

Barbara explica que "se uma pregadeira composta por, digamos, 20, 30 ou 50 pedras de uma empresa conhecida contiver no seu interior informações sobre a empresa, por exemplo, a Cartier ou a Harry Winston, como as iniciais, isso significa que estas pedras pertencem à empresa referida. Em caso de roubo, a venda da pedra torna-se impossível". 

A luta internacional contra o tráfico de diamantes de sangue

Os diamantes de sangue, também conhecidos como diamantes de conflito ou diamantes sujos, são pedras extraídas em zonas de guerra e vendidas para financiar conflitos armados, violações dos direitos humanos e atividades ilícitas

Para combater o comércio de diamantes de conflito, deu-se início, no ano de 2000, ao chamado Processo de Kimberley, um sistema de certificação que impõe requisitos rigorosos à rastreabilidade dos diamantes e garante que os diamantes comercializados provêm de fontes legais e sustentáveis. Os países membros asseguram nomeadamente que os diamantes importados não provêm de países em conflito.

Nos últimos anos, a União Europeia acrescentou a Rússia à lista de países proibidos.

Apesar dos progressos, o sistema apresenta debilidades. Continuam a existir vias de fuga e falta de controlo em algumas zonas, o que permite que os diamantes de sangue entrem no mercado.

A nanotecnologia ao serviço da Lei

A tecnologia de rastreamento de diamantes desenvolvida pelo Nanores chama-se Diamond ID.

É provavelmente, a única tecnologia no mundo que pode garantir a segurança do diamante a nível microscópico, com microestruturas gravadas sob a superfície do diamante.
Paweł Modrzyński
Cofundador, Nanores

O projeto, que custou ao laboratório mais de 2,2 milhões de euros, foi financiado em cerca de 1,75 milhões pelo Fundo de Coesão da União Europeia. A tecnologia foi testada em superfícies de 500x500 micrómetros, sendo um micrómetro a milionésima parte de um metro.

E por que precisamos desta tecnologia? Em que fase está e o que tem de inovador este projeto?

Da mina ao consumidor

"Atualmente", responde a gestora do projeto, Magdalena Kołda, "os diamantes só são marcados quando são polidos. Após o polimento, é feita uma marca na superfície da pedra. Mas não há nenhuma marca de identificação a ser feita no início do ciclo, e é muito importante poder traçar o caminho percorrido pelo diamante desde o início".

O objetivo é poder fazer a marcação no interior do diamante a um nível microscópico no momento da extração. Deste modo, evita-se que a marcação seja removida, uma vez que não se encontra à superfície e não é visível, e garante-se a possibilidade de traçar o trajeto percorrido pela pedra desde a origem até ao consumidor final.

A Diamond ID é combinada com outra tecnologia, tem uma espécie de "gémeo digital", ou seja, existe uma cópia digital da marcação do diamante, que será armazenada numa base de dados. E é isso que irá poder encontrar no seu diamante dentro de alguns anos, quando a tecnologia for patenteada e colocada no mercado: a garantia de um diamante absolutamente ético.

Ir para os atalhos de ibilidade
Partilhe esta notícia