{ "@context": "https://schema.org/", "@graph": [ { "@type": "NewsArticle", "mainEntityOfPage": { "@type": "Webpage", "url": "/my-europe/2024/12/13/manifestantes-pro-ue-nao-dao-treguas-na-vespera-da-nomeacao-do-novo-presidente-da-georgia" }, "headline": "Manifestantes pr\u00f3-UE n\u00e3o d\u00e3o tr\u00e9guas na v\u00e9spera da nomea\u00e7\u00e3o do novo presidente da Ge\u00f3rgia", "description": "Pol\u00edcia j\u00e1 deteve cerca de 400 pessoas desde que come\u00e7aram os protestos, na sequ\u00eancia das elei\u00e7\u00f5es legislativas que deram a vit\u00f3ria ao Sonho Georgiano, o partido no poder que mant\u00e9m liga\u00e7\u00f5es estreitas com a R\u00fassia.", "articleBody": "Os protestos pr\u00f3-UE na Ge\u00f3rgia entram na terceira semana antes da elei\u00e7\u00e3o presidencial de s\u00e1bado, na qual se espera que o candidato de extrema-direita Mikheil Kavelashvili seja nomeado - as presidenciais deixaram de se realizar por sufr\u00e1gio universal por decis\u00e3o do partido no poder, o Sonho Georgiano, acusado de ter liga\u00e7\u00f5es estreitas a Moscovo.Mikheil Kavelashvili, ex-jogador de 53 anos da Premier League e da sele\u00e7\u00e3o georgiana, dever\u00e1 conquistar os votos necess\u00e1rios do col\u00e9gio eleitoral georgiano, controlado pelo Sonho Georgiano.Segundo uma recente altera\u00e7\u00e3o constitucional, a elei\u00e7\u00e3o do presidente da Ge\u00f3rgia deixar\u00e1 de ser feita por sufr\u00e1gio universal e ar\u00e1 a ser realizada por um col\u00e9gio eleitoral com 300 membros.A data da elei\u00e7\u00e3o foi decidida por unanimidade com os votos dos deputados do partido no poder, uma vez que os 61 deputados da oposi\u00e7\u00e3o se recusam a participar nas sess\u00f5es parlamentares por considerarem fraudulentos os resultados das elei\u00e7\u00f5es legislativas de outubro ado. 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Manifestantes pró-UE não dão tréguas na véspera da nomeação do novo presidente da Geórgia

Manifestações na Geórgia
Manifestações na Geórgia Direitos de autor Zurab Tsertsvadze/Copyright 2024 The AP. All rights reserved
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Polícia já deteve cerca de 400 pessoas desde que começaram os protestos, na sequência das eleições legislativas que deram a vitória ao Sonho Georgiano, o partido no poder que mantém ligações estreitas com a Rússia.

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Os protestos pró-UE na Geórgia entram na terceira semana antes da eleição presidencial de sábado, na qual se espera que o candidato de extrema-direita Mikheil Kavelashvili seja nomeado - as presidenciais deixaram de se realizar por sufrágio universal por decisão do partido no poder, o Sonho Georgiano, acusado de ter ligações estreitas a Moscovo.

Mikheil Kavelashvili, ex-jogador de 53 anos da Premier League e da seleção georgiana, deverá conquistar os votos necessários do colégio eleitoral georgiano, controlado pelo Sonho Georgiano.

Segundo uma recente alteração constitucional, a eleição do presidente da Geórgia deixará de ser feita por sufrágio universal e ará a ser realizada por um colégio eleitoral com 300 membros.

A data da eleição foi decidida por unanimidade com os votos dos deputados do partido no poder, uma vez que os 61 deputados da oposição se recusam a participar nas sessões parlamentares por considerarem fraudulentos os resultados das eleições legislativas de outubro ado.

Kavelashvili, um ex-avançado que jogou no Manchester City, foi eleito ao parlamento em 2016, representando o Sonho Georgiano. Em 2022, co-fundou o movimento Poder Popular, que ficou conhecido pela sua retórica contra o Ocidente.

Mais de 400 detenções

As manifestações na Geórgia começaram há duas semanas, quando o governo anunciou que as negociações de adesão à UE seriam adiadas. Prevê-se que os protestos se intensifiquem no sábado, com a nomeação do novo presidente. Salome Zourabichvili, a atual presidente - um cargo eminentemente cerimonial na Geórgia - tem-se pronunciado repetidamente a favor dos manifestantes, apoiando a posição defendida pela oposição e ativistas, de que as eleições de outubro foram manchadas por irregularidades generalizadas.

Sob condenação internacional, a polícia utilizou gás lacrimogéneo e canhões de água para dispersar as manifestações diárias, tendo detido até ao momento mais de 400 manifestantes.

Os opositores acusam o Sonho Georgiano, no poder, de sacrificar as relações com a Europa em favor de laços mais estreitos com a Rússia.

Na noite de quinta-feira, uma delegação do Parlamento Europeu esteve em Tbilisi, onde marchou ao lado dos manifestantes. Os seis eurodeputados reuniram-se com a presidente pró-ocidental da Geórgia, Salome Zourabichvili, e com os representantes da oposição, da sociedade civil e dos meios de comunicação social.

Sanções na calha

Os protestos nas ruas tomaram nova dimensão e estenderam-se para além da capital depois de o Sonho Georgiano ter decidido suspender as negociações de adesão à UE até pelo menos 2028, medida tomada em resposta a uma resolução do Parlamento Europeu que apontava o facto de as eleições na Geórgia não terem sido livres nem justas.

O Parlamento Europeu defendeu que as eleições representaram mais uma manifestação do contínuo retrocesso democrático da Geórgia, "pelo qual o partido no poder, o Sonho Georgiano, é totalmente responsável".

Os observadores internacionais afirmam terem assistido a casos de violência, suborno e voto duplo nas eleições, o que levou alguns legisladores da UE a exigirem uma repetição do ato eleitoral.

Na próxima segunda-feira, a nova chefe da diplomacia da UE, Kaja Kallas, deverá colocar em cima da mesa dos ministros dos Negócios Estrangeiros a possibilidade de avançar com sanções contra altos responsáveis georgianos, ainda que a Hungria já tenha vindo garantir que vetará qualquer restrição desse tipo.

"A questão estará em cima da mesa", disse um alto funcionário da UE, que falou sob condição de anonimato devido à sensibilidade do assunto. "Estamos a falar de sanções dirigidas às pessoas que participaram na repressão dos manifestantes".

Kallas não vai chegar à reunião ministerial de segunda-feira com uma lista específica de nomes que pretende punir com o congelamento de bens e a proibição de viajar, como o bloco costuma fazer. Em vez disso, a Alta Representante vai pedir um mandato para dar início aos trabalhos técnicos.

"Vamos discutir o quadro político para decidir se devemos ou não atuar em relação à Geórgia", disse o funcionário. "Não posso entrar em nomes e posições".

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