{ "@context": "https://schema.org/", "@graph": [ { "@type": "NewsArticle", "mainEntityOfPage": { "@type": "Webpage", "url": "/my-europe/2024/10/31/orcamento-de-estado-para-2025-aprovado-na-generalidade" }, "headline": "Or\u00e7amento do Estado para 2025 aprovado na generalidade", "description": "Or\u00e7amento foi viabilizado com a absten\u00e7\u00e3o do PS, mas socialistas garantem que 'luz verde' na generalidade n\u00e3o \u00e9 'cheque em branco' na especialidade.", "articleBody": "Sem surpresas, a proposta de Or\u00e7amento do Estado para 2025 (OE2025) foi aprovada na generalidade esta quinta-feira \u00e0 tarde, apenas com votos a favor do PSD e CDS-PP e a absten\u00e7\u00e3o do Partido Socialista (PS). Chega, Iniciativa Liberal, Bloco de Esquerda, P, Livre e PAN votaram contra.Depois de dois longos dias de debate em plen\u00e1rio na Assembleia da Rep\u00fablica, a vota\u00e7\u00e3o ditou a viabiliza\u00e7\u00e3o da proposta do Or\u00e7amento do Estado apresentada no ado dia 10 de outubro pelo ministro das Finan\u00e7as, Joaquim Miranda Sarmento.Na abertura do segundo dia de debate sobre o OE2025, o primeiro do executivo de Lu\u00eds Montenegro, o ministro das Finan\u00e7as alertou que a margem or\u00e7amental \u00e9 curta e que para este Governo importa garantir o equil\u00edbrio or\u00e7amental. \u0022A margem dispon\u00edvel encontra-se condicionada pela necessidade imperiosa de manter as contas equilibradas e a d\u00edvida p\u00fablica numa trajet\u00f3ria descendente\u0022, avisou. \u0022Fatores que s\u00e3o determinantes n\u00e3o s\u00f3 para refor\u00e7ar a resili\u00eancia da economia portuguesa a choques adversos, mas tamb\u00e9m para que a estrat\u00e9gia de crescimento seja robusta e sustent\u00e1vel\u0022, justificou.J\u00e1 na quarta-feira, Miranda Sarmento tinha pedido conten\u00e7\u00e3o ao PS na especialidade para que o documento e n\u00fameros originais n\u00e3o sejam desvirtuados.Pela voz da deputada Alexandra Leit\u00e3o, o PS criticou a \u0022opacidade e a falta de transpar\u00eancia\u0022 deste or\u00e7amento, mas justificou o sentido de voto do partido - a absten\u00e7\u00e3o - com a responsabilidade perante a estabilidade pol\u00edtica.\u0022Com responsabilidade vamos deixar executar e estaremos aqui para escrutinar a execu\u00e7\u00e3o. Para escrutinar a curto, m\u00e9dio e longo prazo. C\u00e1 estaremos para escrutinar, \u00e9 uma\u00a0quest\u00e3o\u00a0de\u00a0estabilidade\u00a0e\u00a0compromisso\u00a0com o pa\u00eds\u0022, argumentou. Mas deixou um aviso: \u0022Uma coisa \u00e9 responsabilidade, outra coisa s\u00e3o cheques em branco e isso nao ter\u00e3o do PS\u0022.No encerramento do debate, Paulo N\u00fancio, deputado do CDS-PP, voltou a refor\u00e7ar o aviso do Governo contra as eventuais alian\u00e7as entre PS e Chega na especialidade: \u0022Precisamos deste Or\u00e7amento e n\u00e3o de uma manta de retalhos tecida na especialidade\u0022.Durante as \u00faltimas interven\u00e7\u00f5es dos partidos, In\u00eas Sousa Real, do PAN, foi a primeira a abrir as hostilidades para denunciar que o OE n\u00e3o tem solu\u00e7\u00f5es para baixar a presta\u00e7\u00e3o do cr\u00e9dito \u00e0 habita\u00e7\u00e3o ou os pre\u00e7os das casas, nem para reduzir o IVA dos cuidados m\u00e9dico-veterin\u00e1rios, por exemplo. \u0022O PAN vai votar contra mas n\u00e3o nos demitiremos de, na especialidade, apresentar propostas que tornem este OE mais progressista, mais inclusivo, de maior respeito e que n\u00e3o deixe ningu\u00e9m para tr\u00e1s\u0022, prometeu a deputada \u00fanica.Rui Tavares, do Livre, acusou este Or\u00e7amento de regressar a uma tese econ\u00f3mica \u0022que tem sido a nossa desgra\u00e7a: a de que, dando mais aos que j\u00e1 t\u00eam mais, os que t\u00eam menos v\u00e3o beneficiar de qualquer coisa\u0022.\u0022O Livre tem uma\u00a0vis\u00e3o alternativa: teria que ser um OE social, ecol\u00f3gico e da inova\u00e7\u00e3o\u0022, afirmou o deputado do partido ecologista, reiterando que o partido vai insistir com algumas propostas na especialdade, como a cria\u00e7\u00e3o de uma heran\u00e7a social, a cria\u00e7\u00e3o de um centro nacional de transfer\u00eancia de conhecimento e de uma Ag\u00eancia de Intelig\u00eancia Artificial.Pelo P, Paulo Raimundo considerou que a aprova\u00e7\u00e3o da proposta s\u00f3 serve para \u0022garantir a estabilidade da pol\u00edtica velha\u0022. Na \u00f3tica do deputado comunista, o pa\u00eds precisa de um \u0022choque salarial\u0022 com um aumento geral dos sal\u00e1rios de 15%, um aumento de todas as pens\u00f5es no m\u00ednimo em 70 euros e fazendo-se chegar o sal\u00e1rio m\u00ednimo nacional aos mil euros. \u0022O pa\u00eds n\u00e3o precisa de um excedente or\u00e7amental ordenado por Bruxelas\u0022, afirmou.J\u00e1 Fabian Figueiredo, l\u00edder parlamentar do BE, questionou o Governo sobre o que pretende fazer com a autoriza\u00e7\u00e3o legislativa para mexer na Lei Geral de Trabalho em Fun\u00e7\u00f5es P\u00fablicas, lan\u00e7ando um desafio aos partidos da oposi\u00e7\u00e3o para que, na fase da especialidade, \u0022chumbem esta armadilha\u0022.O deputado bloquista acredita que o Governo pretende mexer nas \u0022f\u00e9rias, no regime de mobilidade e avalia\u00e7\u00e3o, na lei da greve e no subs\u00eddio de doen\u00e7a dos funcion\u00e1rios p\u00fablicos\u0022.\u00c0 direita, a IL acusou o Governo de falhar com as suas promessas eleitorais. Rui Rocha recordou que h\u00e1 um ano, quando Miranda Sarmento ainda era l\u00edder parlamentar do PSD, na oposi\u00e7\u00e3o, identificou \u0022quatro pecados capitais\u0022 no Or\u00e7amento do Estado apresentado por Ant\u00f3nio Costa. \u0022Fraco\u00a0crescimento econ\u00f3mico; voragem fiscal; baixo investimento p\u00fablico; e a degrada\u00e7\u00e3o de servi\u00e7os p\u00fablicos\u0022, enumerou.\u0022Hoje, [Miranda Sarmento] teria dificuldade em viabilizar este OE\u0022, apontou o l\u00edder liberal, dizendo que esta proposta or\u00e7amental \u0022padece dos mesmos pecados capitais\u0022 que apontou ao \u00faltimo Or\u00e7amento apresentado pelo PS.\u00a0Pelo Chega, Andr\u00e9 Ventura assinalou que a viabiliza\u00e7\u00e3o deste OE pelo PS consagra \u0022um novo bloco central\u0022, considerando que \u0022este Or\u00e7amento \u00e9 uma trai\u00e7\u00e3o \u00e0 direita\u0022, mas tamb\u00e9m uma trai\u00e7\u00e3o aos jovens, aos pol\u00edcias, aos agricultores e aos pescadores.Por \u00faltimo, Pedro Nuno Santos subiu \u00e0 tribuna para a interven\u00e7\u00e3o final dos socialistas assegurando que \u0022este n\u00e3o \u00e9 nem nunca ser\u00e1 um Or\u00e7amento do PS\u0022. \u0022Este Governo tem apenas sete meses mas j\u00e1 \u00e9 tempo suficiente para percebermos que n\u00e3o tem nem a compet\u00eancia nem as solu\u00e7\u00f5es para os problemas do pa\u00eds\u0022, atirou, recuperando tr\u00eas medidas propostas pelo PS para o OE2025 que n\u00e3o foram acolhidas pelo Governo: \u0022Aumentar de forma massiva o parque p\u00fablico de habita\u00e7\u00e3o\u0022, \u0022aumentar pens\u00f5es acima da atualiza\u00e7\u00e3o prevista na lei\u0022 e criar um \u0022regime de exclusividade para os m\u00e9dicos do SNS\u0022.O diploma segue agora para a discuss\u00e3o na especialidade durante o m\u00eas de novembro. As vota\u00e7\u00f5es nas comiss\u00f5es v\u00e3o decorrer entre 22 e 28 de novembro, com a vota\u00e7\u00e3o final global prevista para 29 de novembro.", "dateCreated": "2024-10-31T11:10:37+01:00", "dateModified": "2024-10-31T18:41:42+01:00", "datePublished": "2024-10-31T18:40:32+01:00", "image": { "@type": "ImageObject", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Farticles%2Fstories%2F08%2F82%2F49%2F42%2F1440x810_cmsv2_04f9d791-afa3-5dc0-9dfd-24b7f4a7b378-8824942.jpg", "width": "1440px", "height": "810px", "caption": "Proposta de Or\u00e7amento do Estado para 2025 foi aprovada esta quinta-feira gra\u00e7as \u00e0 absten\u00e7\u00e3o do PS", "thumbnail": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Farticles%2Fstories%2F08%2F82%2F49%2F42%2F432x243_cmsv2_04f9d791-afa3-5dc0-9dfd-24b7f4a7b378-8824942.jpg", "publisher": { "@type": "Organization", "name": "euronews", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Fwebsite%2Fimages%2Feuronews-logo-main-blue-403x60.png" } }, "author": { "@type": "Person", "name": "Joana Mour\u00e3o Carvalho" }, "publisher": { "@type": "Organization", "name": "Euronews", "legalName": "Euronews", "url": "/", "logo": { "@type": "ImageObject", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Fwebsite%2Fimages%2Feuronews-logo-main-blue-403x60.png", "width": "403px", "height": "60px" }, "sameAs": [ "https://www.facebook.com/pt.euronews", "https://twitter.com/euronewspt", "https://flipboard.com/@euronewspt", "https://www.linkedin.com/company/euronews" ] }, "articleSection": [ "Not\u00edcias da Europa" ], "isAccessibleForFree": "False", "hasPart": { "@type": "WebPageElement", "isAccessibleForFree": "False", "cssSelector": ".poool-content" } }, { "@type": "WebSite", "name": "Euronews.com", "url": "/", "potentialAction": { "@type": "SearchAction", "target": "/search?query={search_term_string}", "query-input": "required name=search_term_string" }, "sameAs": [ "https://www.facebook.com/pt.euronews", "https://twitter.com/euronewspt", "https://flipboard.com/@euronewspt", "https://www.linkedin.com/company/euronews" ] } ] }
PUBLICIDADE

Orçamento do Estado para 2025 aprovado na generalidade

Proposta de Orçamento do Estado para 2025 foi aprovada esta quinta-feira graças à abstenção do PS
Proposta de Orçamento do Estado para 2025 foi aprovada esta quinta-feira graças à abstenção do PS Direitos de autor Diana Quintela/Governo
Direitos de autor Diana Quintela/Governo
De Joana Mourão Carvalho
Publicado a Últimas notícias
Partilhe esta notíciaComentários
Partilhe esta notíciaClose Button

Orçamento foi viabilizado com a abstenção do PS, mas socialistas garantem que 'luz verde' na generalidade não é 'cheque em branco' na especialidade.

PUBLICIDADE

Sem surpresas, a proposta de Orçamento do Estado para 2025 (OE2025) foi aprovada na generalidade esta quinta-feira à tarde, apenas com votos a favor do PSD e CDS-PP e a abstenção do Partido Socialista (PS). Chega, Iniciativa Liberal, Bloco de Esquerda, P, Livre e PAN votaram contra.

Depois de dois longos dias de debate em plenário na Assembleia da República, a votação ditou a viabilização da proposta do Orçamento do Estado apresentada no ado dia 10 de outubro pelo ministro das Finanças, Joaquim Miranda Sarmento.

Na abertura do segundo dia de debate sobre o OE2025, o primeiro do executivo de Luís Montenegro, o ministro das Finanças alertou que a margem orçamental é curta e que para este Governo importa garantir o equilíbrio orçamental.

"A margem disponível encontra-se condicionada pela necessidade imperiosa de manter as contas equilibradas e a dívida pública numa trajetória descendente", avisou. "Fatores que são determinantes não só para reforçar a resiliência da economia portuguesa a choques adversos, mas também para que a estratégia de crescimento seja robusta e sustentável", justificou.

Já na quarta-feira, Miranda Sarmento tinha pedido contenção ao PS na especialidade para que o documento e números originais não sejam desvirtuados.

Pela voz da deputada Alexandra Leitão, o PS criticou a "opacidade e a falta de transparência" deste orçamento, mas justificou o sentido de voto do partido - a abstenção - com a responsabilidade perante a estabilidade política.

"Com responsabilidade vamos deixar executar e estaremos aqui para escrutinar a execução. Para escrutinar a curto, médio e longo prazo. Cá estaremos para escrutinar, é uma questão de estabilidade e compromisso com o país", argumentou. Mas deixou um aviso: "Uma coisa é responsabilidade, outra coisa são cheques em branco e isso nao terão do PS".

No encerramento do debate, Paulo Núncio, deputado do CDS-PP, voltou a reforçar o aviso do Governo contra as eventuais alianças entre PS e Chega na especialidade: "Precisamos deste Orçamento e não de uma manta de retalhos tecida na especialidade".

Durante as últimas intervenções dos partidos, Inês Sousa Real, do PAN, foi a primeira a abrir as hostilidades para denunciar que o OE não tem soluções para baixar a prestação do crédito à habitação ou os preços das casas, nem para reduzir o IVA dos cuidados médico-veterinários, por exemplo.

"O PAN vai votar contra mas não nos demitiremos de, na especialidade, apresentar propostas que tornem este OE mais progressista, mais inclusivo, de maior respeito e que não deixe ninguém para trás", prometeu a deputada única.

Rui Tavares, do Livre, acusou este Orçamento de regressar a uma tese económica "que tem sido a nossa desgraça: a de que, dando mais aos que já têm mais, os que têm menos vão beneficiar de qualquer coisa".

"O Livre tem uma visão alternativa: teria que ser um OE social, ecológico e da inovação", afirmou o deputado do partido ecologista, reiterando que o partido vai insistir com algumas propostas na especialdade, como a criação de uma herança social, a criação de um centro nacional de transferência de conhecimento e de uma Agência de Inteligência Artificial.

Pelo P, Paulo Raimundo considerou que a aprovação da proposta só serve para "garantir a estabilidade da política velha". Na ótica do deputado comunista, o país precisa de um "choque salarial" com um aumento geral dos salários de 15%, um aumento de todas as pensões no mínimo em 70 euros e fazendo-se chegar o salário mínimo nacional aos mil euros. "O país não precisa de um excedente orçamental ordenado por Bruxelas", afirmou.

Já Fabian Figueiredo, líder parlamentar do BE, questionou o Governo sobre o que pretende fazer com a autorização legislativa para mexer na Lei Geral de Trabalho em Funções Públicas, lançando um desafio aos partidos da oposição para que, na fase da especialidade, "chumbem esta armadilha".

O deputado bloquista acredita que o Governo pretende mexer nas "férias, no regime de mobilidade e avaliação, na lei da greve e no subsídio de doença dos funcionários públicos".

À direita, a IL acusou o Governo de falhar com as suas promessas eleitorais. Rui Rocha recordou que há um ano, quando Miranda Sarmento ainda era líder parlamentar do PSD, na oposição, identificou "quatro pecados capitais" no Orçamento do Estado apresentado por António Costa. "Fraco crescimento económico; voragem fiscal; baixo investimento público; e a degradação de serviços públicos", enumerou.

"Hoje, [Miranda Sarmento] teria dificuldade em viabilizar este OE", apontou o líder liberal, dizendo que esta proposta orçamental "padece dos mesmos pecados capitais" que apontou ao último Orçamento apresentado pelo PS. 

Pelo Chega, André Ventura assinalou que a viabilização deste OE pelo PS consagra "um novo bloco central", considerando que "este Orçamento é uma traição à direita", mas também uma traição aos jovens, aos polícias, aos agricultores e aos pescadores.

Por último, Pedro Nuno Santos subiu à tribuna para a intervenção final dos socialistas assegurando que "este não é nem nunca será um Orçamento do PS".

"Este Governo tem apenas sete meses mas já é tempo suficiente para percebermos que não tem nem a competência nem as soluções para os problemas do país", atirou, recuperando três medidas propostas pelo PS para o OE2025 que não foram acolhidas pelo Governo: "Aumentar de forma massiva o parque público de habitação", "aumentar pensões acima da atualização prevista na lei" e criar um "regime de exclusividade para os médicos do SNS".

O diploma segue agora para a discussão na especialidade durante o mês de novembro. As votações nas comissões vão decorrer entre 22 e 28 de novembro, com a votação final global prevista para 29 de novembro.

Ir para os atalhos de ibilidade
Partilhe esta notíciaComentários

Notícias relacionadas

Portugal: Orçamento do Estado 2025 aprovado com abstenção do PS

Governo português anuncia investimento de 20 milhões em 600 novos veículos para forças policiais

Licença parental em Portugal paga a 100% até aos seis meses já não será aprovada até ao final do ano