{ "@context": "https://schema.org/", "@graph": [ { "@type": "NewsArticle", "mainEntityOfPage": { "@type": "Webpage", "url": "/my-europe/2024/10/07/17-paises-europeus-apelam-a-uma-mudanca-de-paradigma-para-deportar-requerentes-de-asilo-re" }, "headline": "17 pa\u00edses europeus apelam a uma \u0022mudan\u00e7a de paradigma\u0022 para deportar requerentes de asilo rejeitados", "description": "A Uni\u00e3o Europeia tem-se esfor\u00e7ado por melhorar a taxa de deporta\u00e7\u00e3o dos requerentes de asilo cujos pedidos foram indeferidos.", "articleBody": "Um grupo de 17 pa\u00edses europeus apelou a uma \u0022mudan\u00e7a de paradigma\u0022 na pol\u00edtica de migra\u00e7\u00e3o para garantir que os requerentes de asilo cujos pedidos foram recusados sejam, efetiva e rapidamente, reenviados para os seus pa\u00edses de origem.De acordo com o grupo, esta nova abordagem deve implicar \u0022consequ\u00eancias\u0022 para aqueles que recebem uma ordem de regresso mas nunca deixam o continente europeu.\u0022As pessoas sem direito de perman\u00eancia devem ser responsabilizadas. Uma nova base jur\u00eddica deve definir claramente as suas obriga\u00e7\u00f5es e deveres\u0022, escrevem os pa\u00edses num documento informal a que a Euronews teve o. \u0022A n\u00e3o coopera\u00e7\u00e3o deve ter consequ\u00eancias e ser sancionada\u0022.Os governos \u0022devem ter poderes\u0022 para efetuar as deporta\u00e7\u00f5es no \u0022pleno respeito dos direitos fundamentais\u0022.O documento foi liderado pela \u00c1ustria e pelos Pa\u00edses Baixos e apoiado pela Cro\u00e1cia, Rep\u00fablica Checa, Dinamarca, Finl\u00e2ndia, Fran\u00e7a, Alemanha, Gr\u00e9cia, It\u00e1lia, Luxemburgo, Malta, Eslov\u00e1quia e Su\u00e9cia. A Noruega, Su\u00ed\u00e7a e Liechtenstein, tr\u00eas Estados que n\u00e3o s\u00e3o membros da UE mas que fazem parte do Espa\u00e7o Schengen, tamb\u00e9m am o documento.\u00c9 pedido \u00e0 Comiss\u00e3o Europeia que trate o assunto \u0022rapidamente\u0022 e apresente um \u0022quadro moderno que responda aos desafios e desenvolvimentos reais\u0022, com base nas discuss\u00f5es do grupo de trabalho reunido em junho.Nas conclus\u00f5es dessa reuni\u00e3o, foram apresentadas v\u00e1rias ideias para resolver o problema da baixa taxa de deporta\u00e7\u00f5es efetivas do bloco, que teima em rondar os 30% sem altera\u00e7\u00f5es significativas. As ideias inclu\u00edam a utiliza\u00e7\u00e3o de pol\u00edticas comerciais e de vistos como \u0022alavanca\u0022 para obrigar os pa\u00edses de origem a aceitarem os seus nacionais, depois de os seus pedidos de asilo terem sido rejeitados. (Esta falta de coopera\u00e7\u00e3o tem sido apontada como uma das principais raz\u00f5es para a baixa taxa de retorno).A reuni\u00e3o de junho tamb\u00e9m prop\u00f4s a cria\u00e7\u00e3o de uma \u0022decis\u00e3o europeia comum de regresso\u0022 para resolver outro problema recorrente: os Estados-Membros, por vezes, n\u00e3o reconhecem as ordens de regresso emitidas por outro Estado-membro.No entanto, estas propostas espec\u00edficas n\u00e3o s\u00e3o mencionadas no novo documento informal, que serve sobretudo como um apelo \u00e0 a\u00e7\u00e3o por parte da Comiss\u00e3o e uma demonstra\u00e7\u00e3o de forte apoio pol\u00edtico: o grupo de 17 membros engloba todas as regi\u00f5es da Europa, da Escandin\u00e1via ao Mediterr\u00e2neo, e governos da extrema-direita ao centro-esquerda.O apelo conjunto surge no momento em que os ministros do Interior se re\u00fanem no Luxemburgo, na quinta-feira, na primeira reuni\u00e3o do g\u00e9nero desde que a Alemanha reintroduziu controlos em todas as suas fronteiras terrestres, a Hungria amea\u00e7ou instrumentalizar os migrantes irregulares contra a B\u00e9lgica e os Pa\u00edses Baixos pediram uma cl\u00e1usula de autoexclus\u00e3o das regras de asilo da UE.O tema da migra\u00e7\u00e3o tamb\u00e9m dever\u00e1 constar da agenda de uma cimeira de dois dias dos l\u00edderes da UE na pr\u00f3xima semana.A r\u00e1pida sucess\u00e3o de acontecimentos levantou s\u00e9rias preocupa\u00e7\u00f5es sobre a viabilidade do Espa\u00e7o Schengen e do Novo Pacto sobre Migra\u00e7\u00e3o e Asilo, a revis\u00e3o legislativa que o bloco concluiu em maio. O novo pacto prev\u00ea disposi\u00e7\u00f5es para colmatar a lacuna entre os procedimentos de asilo e de regresso, mas, como reflete o documento informal, os Estados-membros querem uma legisla\u00e7\u00e3o separada para lidar com a quest\u00e3o das deporta\u00e7\u00f5es.Uma proposta para reformar a Diretiva Regresso de 2008 est\u00e1 bloqueada no Parlamento Europeu desde 2019. Para o grupo de 17 pa\u00edses \u00e9 agora necess\u00e1rio um texto totalmente novo.Nas diretrizes para o seu segundo mandato, a presidente da Comiss\u00e3o Europeia, Ursula von der Leyen, prometeu uma \u0022nova abordagem comum em mat\u00e9ria de regresso, com um novo quadro legislativo para acelerar e simplificar o processo, garantir que os regressos se realizem de forma digna, digitalizar a gest\u00e3o dos processos e assegurar que as decis\u00f5es de regresso sejam mutuamente reconhecidas em toda a Europa\u0022.", "dateCreated": "2024-10-07T12:37:34+02:00", "dateModified": "2024-10-08T08:49:03+02:00", "datePublished": "2024-10-07T17:49:26+02:00", "image": { "@type": "ImageObject", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Farticles%2Fstories%2F08%2F77%2F52%2F90%2F1440x810_cmsv2_13cfec7e-65fc-5f32-b8e1-0d182c39bc21-8775290.jpg", "width": "1440px", "height": "810px", "caption": "H\u00e1 anos que os pa\u00edses da UE lutam para melhorar a taxa de deporta\u00e7\u00f5es.", "thumbnail": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Farticles%2Fstories%2F08%2F77%2F52%2F90%2F432x243_cmsv2_13cfec7e-65fc-5f32-b8e1-0d182c39bc21-8775290.jpg", "publisher": { "@type": "Organization", "name": "euronews", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Fwebsite%2Fimages%2Feuronews-logo-main-blue-403x60.png" } }, "author": { "@type": "Person", "name": "Jorge Liboreiro", "sameAs": "https://twitter.com/JorgeLiboreiro" }, "publisher": { "@type": "Organization", "name": "Euronews", "legalName": "Euronews", "url": "/", "logo": { "@type": "ImageObject", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Fwebsite%2Fimages%2Feuronews-logo-main-blue-403x60.png", "width": "403px", "height": "60px" }, "sameAs": [ "https://www.facebook.com/pt.euronews", "https://twitter.com/euronewspt", "https://flipboard.com/@euronewspt", "https://www.linkedin.com/company/euronews" ] }, "articleSection": [ "Not\u00edcias da Europa" ], "isAccessibleForFree": "False", "hasPart": { "@type": "WebPageElement", "isAccessibleForFree": "False", "cssSelector": ".poool-content" } }, { "@type": "WebSite", "name": "Euronews.com", "url": "/", "potentialAction": { "@type": "SearchAction", "target": "/search?query={search_term_string}", "query-input": "required name=search_term_string" }, "sameAs": [ "https://www.facebook.com/pt.euronews", "https://twitter.com/euronewspt", "https://flipboard.com/@euronewspt", "https://www.linkedin.com/company/euronews" ] } ] }
PUBLICIDADE

17 países europeus apelam a uma "mudança de paradigma" para deportar requerentes de asilo rejeitados

Há anos que os países da UE lutam para melhorar a taxa de deportações.
Há anos que os países da UE lutam para melhorar a taxa de deportações. Direitos de autor AP/Copyright 2024 The AP. All rights reserved
Direitos de autor AP/Copyright 2024 The AP. All rights reserved
De Jorge Liboreiro
Publicado a Últimas notícias
Partilhe esta notíciaComentários
Partilhe esta notíciaClose Button

A União Europeia tem-se esforçado por melhorar a taxa de deportação dos requerentes de asilo cujos pedidos foram indeferidos.

PUBLICIDADE

Um grupo de 17 países europeus apelou a uma "mudança de paradigma" na política de migração para garantir que os requerentes de asilo cujos pedidos foram recusados sejam, efetiva e rapidamente, reenviados para os seus países de origem.

De acordo com o grupo, esta nova abordagem deve implicar "consequências" para aqueles que recebem uma ordem de regresso mas nunca deixam o continente europeu.

"As pessoas sem direito de permanência devem ser responsabilizadas. Uma nova base jurídica deve definir claramente as suas obrigações e deveres", escrevem os países num documento informal a que a Euronews teve o. "A não cooperação deve ter consequências e ser sancionada".

Os governos "devem ter poderes" para efetuar as deportações no "pleno respeito dos direitos fundamentais".

O documento foi liderado pela Áustria e pelos Países Baixos e apoiado pela Croácia, República Checa, Dinamarca, Finlândia, França, Alemanha, Grécia, Itália, Luxemburgo, Malta, Eslováquia e Suécia. A Noruega, Suíça e Liechtenstein, três Estados que não são membros da UE mas que fazem parte do Espaço Schengen, também am o documento.

É pedido à Comissão Europeia que trate o assunto "rapidamente" e apresente um "quadro moderno que responda aos desafios e desenvolvimentos reais", com base nas discussões do grupo de trabalho reunido em junho.

Nas conclusões dessa reunião, foram apresentadas várias ideias para resolver o problema da baixa taxa de deportações efetivas do bloco, que teima em rondar os 30% sem alterações significativas. As ideias incluíam a utilização de políticas comerciais e de vistos como "alavanca" para obrigar os países de origem a aceitarem os seus nacionais, depois de os seus pedidos de asilo terem sido rejeitados. (Esta falta de cooperação tem sido apontada como uma das principais razões para a baixa taxa de retorno).

A reunião de junho também propôs a criação de uma "decisão europeia comum de regresso" para resolver outro problema recorrente: os Estados-Membros, por vezes, não reconhecem as ordens de regresso emitidas por outro Estado-membro.

No entanto, estas propostas específicas não são mencionadas no novo documento informal, que serve sobretudo como um apelo à ação por parte da Comissão e uma demonstração de forte apoio político: o grupo de 17 membros engloba todas as regiões da Europa, da Escandinávia ao Mediterrâneo, e governos da extrema-direita ao centro-esquerda.

O apelo conjunto surge no momento em que os ministros do Interior se reúnem no Luxemburgo, na quinta-feira, na primeira reunião do género desde que a Alemanha reintroduziu controlos em todas as suas fronteiras terrestres, a Hungria ameaçou instrumentalizar os migrantes irregulares contra a Bélgica e os Países Baixos pediram uma cláusula de autoexclusão das regras de asilo da UE.

O tema da migração também deverá constar da agenda de uma cimeira de dois dias dos líderes da UE na próxima semana.

A rápida sucessão de acontecimentos levantou sérias preocupações sobre a viabilidade do Espaço Schengen e do Novo Pacto sobre Migração e Asilo, a revisão legislativa que o bloco concluiu em maio. O novo pacto prevê disposições para colmatar a lacuna entre os procedimentos de asilo e de regresso, mas, como reflete o documento informal, os Estados-membros querem uma legislação separada para lidar com a questão das deportações.

Uma proposta para reformar a Diretiva Regresso de 2008 está bloqueada no Parlamento Europeu desde 2019. Para o grupo de 17 países é agora necessário um texto totalmente novo.

Nas diretrizes para o seu segundo mandato, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, prometeu uma "nova abordagem comum em matéria de regresso, com um novo quadro legislativo para acelerar e simplificar o processo, garantir que os regressos se realizem de forma digna, digitalizar a gestão dos processos e assegurar que as decisões de regresso sejam mutuamente reconhecidas em toda a Europa".

Ir para os atalhos de ibilidade
Partilhe esta notíciaComentários

Notícias relacionadas

Itália envia primeiro grupo de requerentes de asilo para a Albânia

Regras de imigração mais duras, impostos mais elevados: é assim o plano político do primeiro-ministro francês

Xabi Alonso é o novo treinador do Real Madrid: tudo o que precisa de saber