As 206 delegações desfilaram em embarcações pelo rio Sena ao longo de seis quilómetros. Pelo meio, debaixo de chuva, houve atuações musicais de Lady Gaga e Aya Nakamura, espetáculos do Moulin Rouge, ópera e rock, com permanentes alusões à história de França. Céline Dion encerrou a cerimónia.
A cerimónia de abertura dos Jogos Olímpicos de Paris, a primeira na história da competição a acontecer fora de um estádio, arrancou às 19h30, hora de França continental, com a exibição de um vídeo em que apareciam em destaque Jamel Debbouze, ator franco-marroquino, e o ex-futebolista franco-argelino Zinedine Zidane.
Depois da chegada da chama olímpica, Paris iluminou-se num espetáculo de pirotecnia com as cores de França sobre uma das pontes do Sena.
Seguiu-se o desfile das 206 comitivas no Rio Sena, sendo que na primeira embarção surgiu a delegação da Grécia, como manda a tradição, aparecendo em segundo lugar a equipa olímpica dos refugiados, que transportou a bandeira do Comité Olímpico Internacional.
O primeiro momento musical coube à norte-americana Lady Gaga, que num espetáculo de cabaré, cantou “Mon Truc en Plumes” de Zizi Jeanmaire em francês.
Os artistas do Moulin Rouge saudaram as várias delegações que iam desfilando pelo Sena com o tradicional Cancan francês!
A cantora franco-maliana Aya Nakamura também atuou sobre o Sena, acompanhada de elementos da Guarda Republicana, interpretando “Djadja”, uma das suas canções mais famosas.
Do telhado do Grand Palais, Axelle Saint-Cirel, uma mezzo-soprano sa, usando um vestido com as cores da bandeira sa, cantou o hino de França.
A comitiva portuguesa foi a 151.ª a ser apresentada, com o canoísta Fernando Pimenta e a atleta Ana Cabecinha como porta-estandartes, num barco partilhado com o Catar e a Coreia do Norte.
A última delegação a apresentar-se foi a anfitriã França, quase duas horas após o início do desfile dos países.
Debaixo de uma chuva copiosa, e já com a noite bem instalada, a bandeira olímpica foi hasteada em frente ao maior símbolo de Paris, a Torre Eiffel, ao som do hino olímpico interpretado por 60 coristas do Coro da Radio e 90 músicos da orquestra Nacional do país.
Após estar acesa a chama olímpica em Paris - numa pira sobre um balão de ar quente, que levantou voo em seguida e ficará a sobrevoar o Jardim das Tulherias - o espetáculo foi encerrado por Céline Dion, que interpretou "L’hymne à l’amour" de Édith Piaf em plena Torre Eiffel, depois de quatro anos sem dar qualquer concerto devido a problemas de saúde.