Todos estão acusados de participação em organização criminosa, corrupção e branqueamento de capitais.
Um após outro, todos os suspeitos do escândalo da corrupção no Parlamento Europeu estão a deixar a prisão para aguardar julgamento em casa sob vigilância eletrónica.
Esta quinta-feira foi a vez de duas pessoas, incluindo o alegado cérebro do grupo que é o ex-eurodeputado italiano Pier-Antonio Panzeri.
Em troca de dar informações detalhadas sobre o esquema, Panzeri conseguiu um chamado "acordo de arrependimento" com a justiça belga para receber uma pena mais leve.
A outra pessoa que ou para prisão domiciliária no mesmo dia foi o eurodeputado belga Marc Tarabella, que voltou a clamar inocência e disse estar "aliviado por poder reunir-se com a família" após o que chamou de "grande provação".
A última a ser libertada será a eurodeputada grega Eva Kaili, detida desde 9 de dezembro e considerada a figuar mais proeminente pois era uma das vice-presidentes do Parlamento Europeu.
Apesar de ter sido apreendido dinheiro em sua casa, Kaili disse que nada sabia e era tudo obra do companheiro, um assistente parlamentar que também foi acusado.
Um dos seus advogados, Michalis Dimitrakopoulos, disse que estava muito satisfeita com a decisão emitida quarta-feira: "Ela está bem psicologicamente e não vê a hora de sair pela porta da prisão para poder ir para casa e abraçar a filha".
O companheiro de Kaili é o italiano sco Giorgi, que saiu em fevereiro, também para detenção domiciliária. Mas o casal não vai partilhar residência.
Tal como Panzeri, Giorgi confessou participar no esquema para aprovar decisões legislativas favoráveis aos governos do Qatar e de Marrocos, a troco de dinheiro.
Niccolò Figà-Talamanca, diretor de uma organização não-governamental, também saiu, em fevereiro, da prisão em direção a casa.
Um sexto acusado é o eurodeputado italiano Andrea Cozzolino que partiu para o seu país antes de ser detido, estando em prisão domiciliária (em Nápoles) enquanto aguarda decisão sobre o pedido de extradição da justiça belga.
Todos estão acusados de participação em organização criminosa, corrupção e branqueamento de capitais.