Um quadro do artista americano Mark Rothko, avaliado em cerca de 50 milhões de euros, foi danificado por uma criança no Museu Boijmans Van Beuningen, em Roterdão.
Uma pintura de Mark Rothko foi danificada por uma criança num "momento de descuido", segundo um museu holandês.
A pintura abstrata de 1960, "Grey, Orange on Maroon, No. 8", foi "arranhada" por uma criança que visitava a galeria de Roterdão do Museu Boijmans Van Beuningen, onde estava exposta.
O museu partilhou uma declaração: "O quadro Cinzento, laranja sobre castanho, n.º 8 de Mark Rothko sofreu danos superficiais depois de uma criança ter tocado no quadro quando este estava em exposição. Como resultado, são visíveis pequenos riscos na camada de tinta não envernizada na parte inferior do quadro. Foram procurados especialistas em conservação nos Países Baixos e no estrangeiro. Estamos atualmente a estudar os próximos os para o tratamento da pintura. Esperamos que a obra possa voltar a ser exibida no futuro".
Embora o museu se tenha recusado a dizer quanto vale o quadro, as obras de Rothko rendem regularmente milhões de dólares em leilão.
Por exemplo, a sua obra "Untitled, 1968" foi vendida por 23,9 milhões de dólares na Sotheby's, em Nova Iorque, em novembro de 2023.
O jornal holandês Algemeen Dagblad (AD) estima que "Cinzento, laranja sobre castanho, n.º 8" valha até 50 milhões de euros.
Os custos da reparação e quem pagará a fatura permanecem desconhecidos.
O Museu Boijmans Van Beuningen já pediu anteriormente aos visitantes que assumissem os custos de reparação de danos em obras de arte. Em 2011, um turista que pisou acidentalmente o "Pindakaasvloer" ("Chão de Manteiga de Amendoim"), uma peça concetual do artista holandês Wim T. Schippers, teve de pagar o restauro.
No entanto, quando se trata de crianças, alguns museus lidam com os acidentes de forma diferente.
No ano ado, um precioso jarro com 3.500 anos foi acidentalmente partido por um rapaz de quatro anos durante uma visita ao Museu Hecht, no norte de Israel.
A jarra, que remonta à Idade do Bronze, entre 2200 e 1500 a.C., tinha sido exposta perto da entrada do museu sem vidro de proteção.
"Há casos em que os objetos expostos são intencionalmente danificados e esses casos são tratados com grande severidade, incluindo o envolvimento da polícia", disse na altura o diretor do Museu Hecht, Inbal Rivlin. "Neste caso, porém, não foi essa a situação. O frasco foi acidentalmente danificado por uma criança que visitava o museu, e a resposta será dada em conformidade".
A reação? A criança e a sua família foram convidadas a regressar à exposição para uma visita organizada, num esforço para "adoçar" a sua experiência anterior no museu.