Para além do prémio pela longa carreira, o ator norte-americano apresentou o filme documentário "For The Sake Of Peace" sobre o Sudão do Sul
O ator norte-americano Forest Whitaker foi distinguido com a Palma de Honra no Festival de Cannes pela sua imensa carreira como ator mas igualmente pelo empenho demonstrado em projetos realizados através da fundação Whitaker Peace & Development Initiative criada em 2012.
Forest Whitaker foi acompanhado pela equipa de produção do filme "For the Sake of Peace", um documentário que levou mais de 6 anos a produzir no Sudão do Sul e que mostra as consequências da guerra civil que matou 400 mil pessoas desde 2013.
Um país dominado por assassinatos e roubos, onde impera a lei do mais forte e onde os jovens lutam para a paz e para um futuro melhor.
Uma forma de mostrar o lado humano do Sudão do Sul.
A companhia de produção sa R2 assumiu a produção executiva do documentário, com uma dupla de realizadores muito empenhados no projeto.
"O Forest queria transmitir uma mensagem positiva e destacar o povo do sul do Sudão que todos os dias luta pela paz" afirma Christophe Castagne, um dos co-realizadores.
"O interesse deste filme é voltar a atrair as atenções para o sul do Sudão, para explicar o que lá se a...
O bom deste filme é que falamos das pessoas que lá vivem, explicamos a sua situação, o que é bastante terrível, mas sem falar muito de política, sem a tornar demasiado complexa, fazemos realmente retratos, para que as pessoas possam estar lá dentro e compreender a vida e sobrevivência dessas pessoas" acrescenta Thomas Sametin, o outro co-realizador do documentário.
O filme docuemntário fala do conflito entre duas aldeias situadas no mesmo vale e que se atacam mutuamente devido ao roubo de gado. Uma jovem mulher, auxiliada pela Whitaker Peace & Development Initiative aos poucos consegue criar um canal de comunicação entre as duas aldeias e assim acabar com os conflitos.
"Em qualquer caso, o Sudão do Sul é um país muito jovem, tal como muitos países africanos, e se este país se esforçar, e espero que o faça porque é um país maravilhoso, será graças à sua juventude. E os nossos dois personagens principais do filme, Gatjang e Nadenge, são jovens", remata Christophe Castagne.