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Cannes 2022: Maior festival de cinema do mundo está de regresso

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Estão 21 filmes na corrida à Palma De Ouro, o prémio mais prestigiado do Festival

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O Festival de Cinema de Cannes começa hoje em França, sem restrições sanitárias, à espera de 35.000 pessoas, com uma programação na qual ecoa a guerra na Ucrânia e que contará com oito produções e coproduções portuguesas.

A 75.ª edição do festival de Cannes regressa ao calendário habitual de maio, depois de duas edições condicionadas pela pandemia da covid-19, abrindo com uma comédia de Michel Hazanavicius, intitulada "Z (comme Z)" e que foi renomeada para "Coupez!", filme que não está na corrida. 

Numa tomada de posição contra a invasão militar russa na Ucrânia, o festival anunciou que não acolherá delegações oficiais ou ligada ao governo russo e incluiu na programação o filme "Mariupolis 2", do realizador lituano Mantas Kvedaravicius, que morreu em Mariupol, na Ucrânia.

Entre os filmes da competição oficial de Cannes estão "Crimes of the future", do canadiano David Cronenberg, que conta com o ator luso-guineense Welket Bungué, "Stars at noon", de Claire Denis, "Triangle of sadness", do sueco Ruben Ostlund, que em 2017 venceu a Palma de Ouro com "O quadrado", ou "Tchaikovski's wife", filme do dissidente russo Kirill Serebrennikov, atualmente a viver em Berlim, depois de ter sido autorizado a sair da Rússia.

"Armageddon Time", do norte-americano James Gray, e "Decision to leave", do sul-coreano Park Chan-Wook, também estarão na competição de Cannes.

Das sessões especiais, destaque para o filme "The natural history of destruction", nova obra do ucraniano Sergei Loznitsa que aborda a história recente da Europa no século XX, em particular no pós-Segunda Guerra Mundial.

Do cinema português presente este ano em Cannes, fora de competição estrear-se-á “Restos do Vento”, de Tiago Guedes.

Na competição pela Palma de Ouro está “Pacifiction – Tourment sur les îles”, do espanhol Albert Serra e com coprodução portuguesa.

Nos programas paralelos do festival, na Quinzena de Realizadores estará "Fogo-Fátuo", de João Pedro Rodrigues, e na secção Cannes Classics “O silêncio de Goya”, coprodução franco-hispano-portuguesa dirigida por José Luis López-Linares.

Na Semana da Crítica apresentar-se-ão "Ice Merchants", curta-metragem de animação de João Gonzalez, "Alma Viva", primeira longa-metragem da luso-sa Cristèle Alves Meira, e "Tout le monde aime Jeanne", primeira obra da sa Céline Devaux, rodada em Lisboa e com coprodução portuguesa pela O Som e a Fúria.

O filme "Mistida", de Falcão Nhaga, estará presente no programa La Cinef do Festival, dedicado a obras feitas em contexto escolar.

Tom Cruise será um dos homenageados desta edição, com a estreia de "Top Gun: Maverick", de Joseph Kosinski, e o ator Forest Whitaker estará presente para receber uma Palma de Ouro de honra.

O júri que atribui a Palma de Ouro é presidido este ano pelo ator francês Vincent Lindon e o festival de Cannes termina no dia 28.

Zelenskyy participou na cerimónia de abertura

O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, defendeu hoje é necessário “um novo Chaplin para provar que o cinema não é mudo” diante da guerra na Ucrânia, numa mensagem de Kiev transmitida na abertura do 75.º Festival de Cannes.

“Vamos continuar a lutar, não temos outra escolha (…) Estou convencido de que ‘o ditador’ vai perder”, declarou Zelensky perante a 'nata' do cinema mundial, referindo-se ao Presidente russo, Vladimir Putin, e ao filme homónimo de Charlie Chaplin, que mencionou várias vezes.

A sua aparição, via vídeo, na sessão inaugural do certame, causou surpresa na sala e uma ovação do público, após a qual o Presidente ucraniano denunciou as atrocidades da guerra da Rússia na Ucrânia e apelou ao mundo do cinema para não se remeter ao silêncio.

“O cinema vai calar-se ou falar dela (da guerra)?”, perguntou.

“Precisamos de um novo Chaplin para nos provar hoje que o cinema não é mudo (…) O ódio acabará por desaparecer, os ditadores morrerão”, acrescentou, em tom grave.

No início de abril, Zelensky tinha já intervindo na 64.ª edição dos Grammys, os prémios norte-americanos da música, para pedir ajuda para o seu país.

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