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Irlanda e Espanha entre os países mais hostis à comunidade judaica, diz ministro israelita à Euronews

Amichai Chikli, ministro israelita dos Assuntos da Diáspora, discursa na conferência da Associação Judaica Europeia, em Cracóvia, Polónia, segunda-feira, 22 de janeiro de 2024
Amichai Chikli, ministro israelita dos Assuntos da Diáspora, discursa na conferência da Associação Judaica Europeia, em Cracóvia, Polónia, segunda-feira, 22 de janeiro de 2024 Direitos de autor AP Photo
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De Sasha Vakulina
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Num novo relatório, o governo de Israel acusa vários países europeus de um aumento acentuado dos casos de antissemitismo.

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De acordo com um novo relatório do governo israelita, os casos de antissemitismo aumentaram drasticamente em 2024, com alguns países a registarem um aumento de seis vezes após o ataque do Hamas de 7 de outubro e a resposta de Israel ao mesmo.

Em entrevista exclusiva à Euronews, o ministro israelita dos Assuntos da Diáspora e do Combate ao Antisemitismo, Amichai Chikli, afirmou que Espanha e Irlanda sofreram uma mudança significativa, tornando-se "os Estados mais hostis em relação ao Estado de Israel e à comunidade judaica".

Espanha, Irlanda e Noruega reconheceram oficialmente um Estado palestiniano no ano ado.

Numa entrevista exclusiva à Euronews, na semana ada, o Taoiseach irlandês Micheál Martin classificou a situação em Gaza como um "inferno na terra", acusando Israel de cometer aquilo a que chamou "crimes de guerra". O primeiro-ministro irlandês deixou ainda críticas à "falta de resposta" da UE.

Chikli rejeitou veementemente a acusação e criticou a Irlanda pela sua posição. Para Chikli, quando um dirigente irlandês "vem ao Dia da Memória do Holocausto e, em vez de falar sobre o Holocausto, fala sobre Gaza, isso é antisemitismo violento por parte de um chefe de Estado".

O mesmo se aplica à Espanha, disse Chikli, criticando a decisão de Madrid de se juntar ao processo do TPI contra Israel por alegados crimes na guerra contra o Hamas na Faixa de Gaza.

Espanha e Irlanda têm rejeitado repetidamente as acusações de Israel de antissemitismo. O ministro dos Negócios Estrangeiros espanhol, José Manuel Albares, afirmou em outubro que qualquer forma de ódio contra a comunidade judaica não tem lugar no país do sul da Europa.

Em Espanha, acrescentou Albares, "existe liberdade de expressão e qualquer forma de incitamento ao ódio, incluindo o antisemitismo, não só é amplamente rejeitada, como está consagrada no código penal".

Le Pen contra Macron

O relatório do governo israelita também condenou especificamente o presidente francês, Emmanuel Macron, afirmando que os seus comentários que acusam Israel de "matar mulheres e crianças" foram utilizados para "legitimar a retórica antissemita da extrema-esquerda em França".

Chikli acusou o presidente francês de não apoiar a comunidade judaica em França, a maior da Europa e a terceira maior do mundo, depois de Israel e dos EUA. "Quando Emmanuel Macron opta por não participar no desfile da comunidade judaica contra o antissemitismo, está a enviar uma mensagem", sublinhou Chikli.

É por isso que, segundo ele, Israel encontrou apoio em parceiros que antes eram considerados inimagináveis, como a direita, incluindo o partido de extrema-direita francês Ressamblement National (RN).

"Marine Le Pen, por exemplo, conhecemos a história do seu pai, que era muito problemático em termos de antissemitismo. Mas ela decidiu seguir um caminho diferente", disse Chikli.

"Primeiro, afastou o pai do partido. E, desde 7 de outubro, participou no desfile da comunidade judaica contra o antissemitismo".

"Ela falou muito claramente contra a decisão do TPI contra (o primeiro-ministro Benjamin) Netanyahu e o ministro da Defesa (Yoav) Gallant", disse Chikli à Euronews.

É por isso que Israel vê o RN e o partido espanhol Vox como "potenciais parceiros no futuro", concluiu.

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