O líder da oposição venezuelana, reconhecido como o vencedor das eleições por parte dos EUA, visitou a Argentina, onde se reuniu com Javier Milei, e o Uruguai, antes de chegar a Washington para conversações com Joe Biden. Faltam cinco dias para a tomada de posse na Venezuela.
O líderda oposição venezuelana, Edmundo González Urrutia, que a maioria da comunidade internacional reconheceu como o vencedor das eleições no país, visitou o Uruguai este fim de semana, depois de ar pela Argentina, onde se encontrou com o presidente Javier Milei.
Antes de se deslocar a Washington para se encontrar com o ainda líder dos Estados Unidos, Joe Biden, o diplomata de carreira fez uma paragem em Montevideu. Foi recebido pelo presidente cessante, Luis Lacalle Pou, uma das vozes mais críticas de Nicolás Maduro na América Latina.
Lá, Edmundo González reiterou a intenção de assumir a presidência do seu país no dia 10 de janeiro. Mas Maduro insistiu que também o fará. Até porque foi emitido um mandado de captura para González. Se entrar na Venezuela, será detido, mas diz que o fará e que não tem medo.
"Quero agradecer ao meu bom amigo, o presidente Lacalle, por ter sido solidáriocom a causa venezuelana, não só hoje, mas já desde há muito tempo. Ele fez declarações muito importantes que foram fundamentais para o desenvolvimento político da campanha eleitoral", afirmou González Urrutia, durante a visita.
"E foi ele que teve a ideia para que eu viesse partilhar estes minutos convosco, aqui na rua", continuou o líder venezuelano junto à residência presidencial, num momento em que se encontrava rodeado de compatriotas.
Organizações como o Centro Carter, que estiveram presentes durante o processo eleitoral, apontaram para a falta de transparência na contagem dos votos e questionaram os resultados. O Congresso e o Senado espanhóis reconheceram a vitória de González Urrutia, tal como o Parlamento Europeu, que conseguiu aprovar esta posição graças ao apoio das forças conservadoras.
Por seu lado, a oposição venezuelana e setores da diáspora denunciaram um clima de repressão, violência e perseguição que consideram insustentável. A Amnistia Internacional tem alertado repetidamente para violações dos direitos humanos no país, onde a organização Foro Penal estima que existam mais de 2.000 presos políticos, incluindo menores.