O funeral irá ter honras de Estado e foram decretados quatro dias de luto nacional. Chefe de governo de 1996 a 2004, Simitis foi o responsável pela adesão da Grécia à Zona Euro e um dos obreiros da adesão de Chipre à União Europeia.
PUBLICIDADEO antigo primeiro-ministro grego Costas Simitis morreu aos 88 anos de idade. Segundo as notícias, estava na sua casa de campo em Agioi Theodoroi e foi levado inconsciente para o hospital de Corinto, onde foi declarado morto após esforços de reanimação infrutíferos.
O funeral irá realizar-se na quinta-feira, 9 de janeiro, às 12h00, na Metrópole de Atenas, com honras de Estado e um elogio fúnebre do primeiro-ministro em exercício, Kyriakos Mitsotakis. Por decisão do governo, será decretado um período de luto nacional de quatro dias.
Constantinos (Costas) Simitis, nascido em 23 de junho de 1936, professor universitário de carreira, foi presidente do PASOK e também primeiro-ministro da República Helénica entre 18 de janeiro de 1996 e 10 de março de 2004). Após a queda da Junta em 1974, foi um dos fundadores do Movimento Socialista Pan-helénico (PASOK) e ocupou vários cargos ministeriais quando o seu partido chegou ao poder.
Em 18 de janeiro de 1996, sucedeu a Andreas Papandreou como primeiro-ministro, após votação do grupo parlamentar do PASOK, representando o pólo "modernista" do poder, cujo principal objetivo era a reforma económica da economia grega e a convergência social da sociedade grega com a Europa "forte".
Em 30 de junho de 1996, alguns dias após a morte de Papandreou, Costas Simitis foi eleito Presidente do PASOK no 4º Congresso do partido. Foi reeleito primeiro-ministro após vencer as eleições de setembro de 1996 e abril de 2000.
Enquanto primeiro-ministro, promoveu uma política externa moderada, paralelamente à privatização gradual do grande setor público grego, visando a estabilidade económica em conformidade com as políticas da União Europeia.
Enquanto presidente do PASOK, desradicalizou o discurso do partido, defendendo o caminho do país para a integração europeia no contexto da globalização.
O seu segundo mandato foi acompanhado da aplicação de medidas de austeridade destinadas a reduzir a inflação e a dívida pública, bem como de esforços para resolver as divergências greco-turcas sobre o problema de Chipre no domínio da política externa.
Entre os seus êxitos mais importantes contam-se a adesão da Grécia à União Económica e Monetária em 2001 e a adesão de Chipre à UE.
Condolências de N. Androulakis a Daphne Simitis
O Presidente do PASOK-Movimento para a Mudança, Nikos Androulakis, expressou as suas condolências a Daphne Simitis, esposa do falecido antigo primeiro-ministro.
A Presidente da República, Katerina Sakellaropoulou, despediu-se de Costas Simitis com tristeza e respeito, expressando as suas sinceras condolências à sua família e sublinhando que ele foi uma das personalidades políticas mais importantes e multifacetadas da nossa história moderna.
O Primeiro-Ministro Kyriakos Mitsotakis e os representantes dos partidos políticos apresentaram também condolências pela perda de Costas Simitis.