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Polícia sul-africana corta mantimentos a mineiros ilegais em gruta encerrada para os "expulsar"

Vista área do poço de uma mina desativada em Stilfontein, África do Sul, onde cerca de quatro mil mineiros ilegais estão presos, quarta-feira, 13 de novembro de 2024.
Vista área do poço de uma mina desativada em Stilfontein, África do Sul, onde cerca de quatro mil mineiros ilegais estão presos, quarta-feira, 13 de novembro de 2024. Direitos de autor AP/Copyright 2024 The AP. Todos os direitos reservados.
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Estima-se que 4.000 mineiros ilegais estejam no subsolo de uma mina abandonada, com as autoridades sul-africanas a tentarem retirá-los e prendê-los.

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As autoridades sul-africanas estão num ime com milhares de mineiros ilegais dentro de uma mina que foi encerrada em Stilfontein, na província do Noroeste, tendo-lhes cortado a comida e a água como parte de uma estratégia para os "expulsar".

A polícia encerrou as entradas usadas para transportar os mantimentos até ao subsolo e, nesta altura, os mineiros estarão já a sofrer com a falta de alimentos e de água. As autoridades tinham ado semanas a trabalhar para limpar a mina de ouro abandonada, como parte da operação "Vala Umgodi" ("Fechar o Buraco"), cujo objetivo é terminar com atividades mineiras ilegais e obrigar os mineiros ilegais a regressarem à superfície para serem detidos.

O porta-voz da polícia do Noroeste, Sabata Mokgwabone, disse que as informações recebidas daqueles que recentemente ajudaram a trazer três mineiros à superfície indicavam que até 4.000 trabalhadores ilegais podem estar no subsolo neste local. As autoridades policiais não forneceram uma estimativa oficial.

Pelo menos 1.000 mineiros ilegais - conhecidos localmente como zama zamas - vieram à superfície nas últimas semanas, sendo que muitos deles estavam fracos, famintos e doentes depois de ficarem sem mantimentos.

A polícia informou na quinta-feira que continuava a vigiar as áreas ao redor da mina para capturar todos os que chegassem do subsolo. Um corpo em decomposição foi recuperado na quinta-feira, e patologistas estavam no local, disse o porta-voz Athlenda Mathe.

A ministra da Presidência sul-africana, Khumbudzo Ntshavheni, disse na quarta-feira que o governo não enviaria nenhuma ajuda aos mineiros ilegais porque estão a cometer um crime.

“Não estamos a enviar ajuda aos criminosos. Vamos acabar com eles. Eles sairão. Os criminosos não devem ser ajudados. Nós não os enviámos para lá”, afirmou Ntshavheni.

De acordo com as autoridades, oficiais superiores da polícia e da defesa devem visitar a área na sexta-feira para apoiar a operação.

Analistas de segurança na área da mineração questionaram a estimativa da polícia sobre o número de zama zamas no subsolo e defendem que deverão ser 2.000 e não 4.000, informou a imprensa local.

A mineração ilegal é um problema que existe há décadas nas antigas áreas de mineração de ouro da África do Sul, com mineiros a entrarem em poços fechados para escavar possíveis depósitos restantes.

Equipas de resgate voluntárias e membros da comunidade saem de um poço de uma mina abandonada onde mineiros ilegais estão presos, em Stilfontein, África do Sul.
Equipas de resgate voluntárias e membros da comunidade saem de um poço de uma mina abandonada onde mineiros ilegais estão presos, em Stilfontein, África do Sul.Jerome Delay/Copyright 2024 The AP. Todos os direitos reservados.

Os zama zamas geralmente são de países vizinhos, e a polícia diz que as operações ilegais envolvem organizações maiores que empregam os mineiros.

A presença destes mineiros também criou tensões com as comunidades próximas, que dizem que os mineiros ilegais cometem crimes, desde roubos a violações.

Em novembro do ano ado, o presidente sul-africano Cyril Ramaphosa enviou milhares de soldados para ajudar a combater a mineração ilegal como parte de uma operação de 492 milhões de randes (26 milhões de euros).

No início deste mês, o comissário interino da Polícia Nacional, o tenente-general Shadrack Sibiya, disse que pelo menos 13.690 suspeitos de mineração ilegal haviam sido presos em sete províncias desde dezembro de 2023.

O Conselho de Minerais da África do Sul - uma organização de defesa do setor - afirmou que a mineração ilegal custa à economia do país dezenas de milhares de milhões de randes por ano.

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