"Dahomey" acompanha o percurso de 26 obras de arte saqueadas pelos ses em África no século XIX e restituídos ao Benim em 2021.
O Festival Internacional de Cinema de Berlim chegou ao fim e o júri da 74ª edição, liderado por Lupita Nyong'o, elegeu o seu vencedor entre os 20 filmes em competição.
O Urso de Ouro para Melhor Filme foi para Dahomey, da cineasta franco-senegalesa Mati Diop, que já tinha ganho o Grande Prémio em Cannes pelo seu filme Atlantics, de 2019.
O filme acompanha o percurso de 26 obras de arte saqueadas pelos ses em África no século XIX e restituídos ao Benim em 2021.
Dahomey é o segundo documentário consecutivo a receber o Urso de Ouro de Berlim, depois de On the Adamant, do realizador francês Nicolas Philibert, no ano ado.
Diop dá uma voz ao ado, explora os destroços provocados pelo colonialismo, e junta-se à discussão em curso sobre o repatriamento de artefactos saqueados.
"Restituir é fazer justiça - ou nos livramos do ado ou assumimos a responsabilidade por ele", disse a realizadora, ao aceitar o prémio.