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Tunísia: Quatro mortos em ataque numa sinagoga na ilha de Djerba

Sinagoga Ghriba, em Djerba, onde foram mortos dois peregrinos durante uma celebração
Sinagoga Ghriba, em Djerba, onde foram mortos dois peregrinos durante uma celebração Direitos de autor Hassene Dridi/AP2002
Direitos de autor Hassene Dridi/AP2002
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A sinagoga mais antiga de África voltou a ser palco de um ataque, durante a celebração final de uma peregrinação. Quatro pessoas perderam a vida

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Dois fiéis que participavam numa peregrinação judaica à sinagoga Ghriba, na ilha de Djerba, no leste da Tunísia, foram mortos na noite de terça-feira num ataque perpetrado por um polícia.

O agente começou por matar um colega, a quem retirou a arma antes de se dirigir à sinagoga e disparar sobre a multidão.  

Segundo o comunicado do Ministério do Interior tunisino, o atentado desenrolou-se em duas fases: o agente da polícia que disparou os tiros atingiu primeiro um dos seus colegas e levou as suas munições, dirigindo-se depois para a zona em redor da sinagoga, onde abriu fogo contra as forças de segurança e foi morto a tiro. Dois "visitantes" da sinagoga foram mortos pelos tiros do atacante antes de ele ser abatido, e quatro outros ficaram feridos e foram transportados para um hospital.

O Ministério dos Negócios Estrangeiros da Tunísia declarou, em comunicado, que os dois mortos são "um tunisino de 30 anos e um francês de 42 anos", sem fornecer as suas identidades. 

A sinagoga, a mais antiga de África, tinha sido alvo de um atentado suicida com um camião, que matou 21 pessoas, em 2002.

O ataque suscitou reações internacionais.

"Os Estados Unidos deploram o atentado na Tunísia, que coincide com a peregrinação judaica anual que atrai fiéis de todo o mundo à sinagoga de Ghriba. Expressamos as nossas condolências ao povo tunisino e elogiamos a ação rápida das forças de segurança tunisinas", declarou o porta-voz do Departamento de Estado, Matthew Miller, no Twitter.

O ataque ocorreu quando centenas de fiéis estavam a participar na peregrinação anual judaica Ghriba, que terminava na terça-feira à noite na sinagoga.

De acordo com os organizadores, mais de 5 000 peregrinos judeus, na sua maioria estrangeiros, participaram na peregrinação de Ghriba deste ano, que foi retomada no ano ado após um hiato de dois anos devido à pandemia de Covid-19.

Organizada no 33.º dia da Páscoa, a peregrinação de Ghriba está no centro das tradições dos tunisinos de fé judaica, que são apenas 1 500, maioritariamente instalados em Djerba, contra 100 000 antes da independência, em 1956.

Tradicionalmente, os peregrinos vêm também de países europeus, dos Estados Unidos e de Israel, mas o seu número diminuiu consideravelmente após o atentado de 2002.

Este atentado ocorre numa altura em que o turismo está a registar uma forte recuperação na Tunísia, após um forte abrandamento durante a pandemia.

Após vários anos de deterioração devido à instabilidade que se seguiu à revolução de 2011, este setor-chave para a economia tunisina foi gravemente afetado após os atentados de 2015 contra o museu Bardo, em Tunes, e um hotel em Sousse, nos quais foram mortas 60 pessoas, incluindo 59 turistas estrangeiros.

O ataque ocorre no momento em que a Tunísia enfrenta uma grave crise financeira que se agravou desde que o presidente Kais Saied tomou o poder em julho de 2021, pondo em causa a frágil democracia nascida da revolta mãe da Primavera Árabe, em 2011.

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