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Portugal deve pedir desculpa pela escravatura, diz o Presidente

O Presidente português discursa durante a sessão solene comemorativa do 25 de Abril, no Parlamento.
O Presidente português discursa durante a sessão solene comemorativa do 25 de Abril, no Parlamento. Direitos de autor TIAGO PETINGA/EPA
Direitos de autor TIAGO PETINGA/EPA
De Verónica Romano
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Marcelo Rebelo de Sousa sublinha que "não é apenas pedir desculpa, é assumir a responsabilidade para o futuro, daquilo que fizemos no ado"

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O Presidente da República Portuguesa defendeu esta terça-feira, que o país deve um pedido de desculpas às suas ex-colónias e, sobretudo, deve assumir plenamente a responsabilidade pela exploração e escravatura que a colonização envolveu.

Não é apenas pedir desculpa – devida, sem dúvida – por aquilo que fizemos, porque pedir desculpa é, às vezes, o que há de mais fácil. É assumir a responsabilidade para o futuro, daquilo que de bom e de mau fizemos no ado.
Marcelo Rebelo de Sousa
Presidente da República Portuguesa

O chefe do Estado português defendeu esta posição quando discursou no Parlamento, na sessão solene comemorativa do 49.º aniversário da Revolução de 25 de Abril de 1974, que pôs fim à ditadura no país. Imediatamente antes tinham sido dadas as boas-vindas ao Presidente do Brasil, Lula da Silva.

"Também isso nos serve para nós olharmos para trás, a propósito do Brasil. Mas seria também possível a propósito de toda a colonização e toda a descolonização, e assumirmos plenamente a responsabilidade por aquilo que fizemos", declarou Marcelo Rebelo de Sousa.

O Presidente não deixou de referir os aspetos positivos da colonização do Brasil: "a língua, a cultura, a unidade do território brasileiro". 

Olhando para o lado "mau", salientou "a exploração dos povos originários, a escravatura, o sacrifício do interesse do Brasil e dos brasileiros". 

De acordo com a agência de notícias britânica Reuters, entre os séculos XV e XIX, 6 milhões de africanos foram raptados, transportados por navios portugueses através do Atlântico e vendidos como escravos, principalmente no Brasil. O país tornou-se independente de Portugal em 1822.

Esta é a primeira viagem de Lula da Silva à Europa desde que regressou ao poder no início do ano.

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