com Cláudio Rosmino A Agência Espacial Europeia (ESA) e a congénere russa Roscomos vão tentar pousar esta tarde o módulo Schiaparelli em Marte.
com Cláudio Rosmino
A Agência Espacial Europeia (ESA) e a congénere russa Roscomos vão tentar pousar esta tarde o módulo Schiaparelli em Marte. O dia 19 de outubro de 2016 pode ficar nos anais da exploração do espaço se a primeira parte da missão Exomars for bem-sucedida. Além da “amartagem” do Schiaparelli, a ESA tenta colocar em órbita de Marte uma sonda, com o nome de Trace Gas Orbiter (TGO), que deverá recolher indícios de vida, ada ou presente, em particular de metano. Na Terra, por exemplo, 90 por cento do metano é produzido por organismos vivos.
Follow along with our realtime visualisation of Schiaparelli's descent. We'll be hitting play at 14:42UT! #ExoMarshttps://t.co/090UmsmVr9
— ESA_Schiaparelli (@ESA_EDM) 19 de outubro de 2016
O principal objetivo do Schiaparelli é a recolha de dados que permitam à segunda parte da missão Exomars, agendada para 2020, enviar um veículo explorador para a superfície de Marte.
O TGO e o Schiaparelli foram lançados há sete meses e separaram-se no domingo. A “amartagem” do módulo é a parte mais delicada desta primeira parte da Exomars, como explica o correspondente espacial da euronews, Claudio Rosmino:
“6 minutos de terror, é desta forma que os engenheiros da ESA definem o tempo que o módulo Schiaparelli vai precisar para descer até à superfície do “Planeta Vermelho”. 6 minutos de silêncio rádio durante os quais o módulo vai operar em piloto automático.
O Schiaparelli vai entrar na atmosfera de Marte a uma velocidade de 21 mil quilómetros por hora e o escudo térmico tem de resistir a uma temperatura de 1700 graus centígrados.
Em seguida abre-se um paraquedas e entram em ação os reatores para travarem a velocidade de descida.
A zona de aterragem é muito interessante por existe a possibilidade de aí ter existido um lago ou um mar há milhares de milhões de anos.
O Schiaparelli vai enviar dados muito limitados acerca da atmosfera marciana. A sua esperança de vida é entre dois a oito dias. A parte mais importante da missão é testar a técnica de aterragem para ser utilizada na Exomars 2020.”