{ "@context": "https://schema.org/", "@graph": [ { "@type": "NewsArticle", "mainEntityOfPage": { "@type": "Webpage", "url": "/next/2023/07/28/nasa-prepara-se-para-analisar-amostras-de-asteroides-que-poderao-ajudar-a-explicar-o-inici" }, "headline": "NASA prepara-se para analisar amostras de asteroides que poder\u00e3o ajudar a explicar o in\u00edcio da vida no Sistema Solar", "description": "As amostras foram recolhidas pela sonda espacial n\u00e3o tripulada OSIRIS-REx, que foi lan\u00e7ada do Cabo Canaveral em 2016.", "articleBody": "No interior de um laborat\u00f3rio imaculado em Houston, os cientistas est\u00e3o a preparar o regresso da OSIRIS-REx , a sonda espacial que a NASA lan\u00e7ou para o espa\u00e7o em 2016. A nave n\u00e3o tripulada regressar\u00e1 com uma carga particularmente preciosa: amostras recolhidas do asteroide Bennu , que poder\u00e3o desvendar os segredos do in\u00edcio da vida no Sistema Solar. Os esp\u00e9cimes de rocha e poeira recolhidos ser\u00e3o divididos em amostras a analisar imediatamente e amostras a armazenar para o futuro, para que as novas gera\u00e7\u00f5es, com tecnologia mais avan\u00e7ada, possam conduzir a sua pr\u00f3pria investiga\u00e7\u00e3o. \u0022N\u00e3o esperamos que haja nada vivo, mas sim os blocos de constru\u00e7\u00e3o da vida\u0022, explicou Nicole Lunning, a principal curadora de amostras da OSIRIS-REx . \u0022Foi isso que motivou a ida a este tipo de asteroide, para compreender quais foram os precursores que poder\u00e3o ter fomentado a vida no nosso sistema solar e na Terra\u0022, acrescentou. A nave espacial dever\u00e1 aterrar no Utah a 24 de setembro, transportando os cerca de 250g de material que recolheu do asteroide em outubro de 2020. Apesar do planeamento meticuloso da miss\u00e3o, a recolha das amostras n\u00e3o foi tarefa f\u00e1cil. Durante o processo, a sonda entrou em o com o asteroide durante alguns segundos e foi emitida uma rajada de nitrog\u00e9nio comprimido para levantar a amostra de poeira e captur\u00e1-la. No entanto, os cientistas ficaram preocupados quando uma v\u00e1lvula do compartimento n\u00e3o fechou, permitindo que algumas das preciosas amostras escaem para o espa\u00e7o. Por fim, os esp\u00e9cimes foram transferidos com sucesso para uma c\u00e1psula no centro da nave e fixados. As sondas japonesas de 2010 e 2020 foram as primeiras a recolher com sucesso amostras de asteroides e a devolv\u00ea-las \u00e0 Terra. A \u00faltima, de 2020, revelou conter o composto biol\u00f3gico uracilo , que \u00e9 um dos componentes do \u00e1cido ribonucleico (ARN). O ARN \u00e9 uma mol\u00e9cula polim\u00e9rica que est\u00e1 presente em todas as c\u00e9lulas vivas e \u00e9 essencial para a maioria das fun\u00e7\u00f5es biol\u00f3gicas. A descoberta deu cr\u00e9dito \u00e0 teoria de que a vida na Terra pode ter tido origem, em parte, no espa\u00e7o exterior, quando asteroides embateram no planeta transportando elementos fundamentais. \u0022Estas amostras n\u00e3o atingiram a Terra. N\u00e3o foram expostas \u00e0 nossa atmosfera. N\u00e3o foram expostas a nada, exceto ao espa\u00e7o agreste, durante milhares de milh\u00f5es de anos\u0022, disse Eve Berger, uma cosmoqu\u00edmica da NASA. Em \u00faltima an\u00e1lise, \u0022ajudar-nos-\u00e3o a determinar se o que pensamos ser verdade \u00e9 mesmo verdade\u0022, acrescentou. E n\u00e3o \u00e9 apenas a perspetiva de aumentar o conhecimento sobre como surgiu a vida no nosso mundo que entusiasma os cientistas. \u0022Se conseguirmos descobrir o que aconteceu aqui na Terra, isso ajuda-nos a extrapolar para outros corpos, para onde podemos olhar ou como podemos interpretar o que estamos a ver\u0022, disse Berger. Para mais informa\u00e7\u00f5es sobre esta hist\u00f3ria, veja o v\u00eddeo no leitor multim\u00e9dia. ", "dateCreated": "2023-07-27T15:32:43+02:00", "dateModified": "2023-07-28T12:01:22+02:00", "datePublished": "2023-07-28T11:59:38+02:00", "image": { "@type": "ImageObject", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Farticles%2Fstories%2F07%2F78%2F29%2F98%2F1440x810_cmsv2_94d8909a-894b-5a47-9e48-b9a20f05268a-7782998.jpg", "width": "1440px", "height": "810px", "caption": "magem mostra uma representa\u00e7\u00e3o da sonda espacial OSIRIS-REx em contato com o asteroide Bennu", "thumbnail": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Farticles%2Fstories%2F07%2F78%2F29%2F98%2F432x243_cmsv2_94d8909a-894b-5a47-9e48-b9a20f05268a-7782998.jpg", "publisher": { "@type": "Organization", "name": "euronews", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Fwebsite%2Fimages%2Feuronews-logo-main-blue-403x60.png" } }, "author": { "@type": "Organization", "name": "Euronews", "sameAs": [ "https://www.facebook.com/pt.euronews", "https://twitter.com/euronewspt", "https://flipboard.com/@euronewspt", "https://www.linkedin.com/company/euronews" ], "url": "/" }, "publisher": { "@type": "Organization", "name": "Euronews", "legalName": "Euronews", "url": "/", "logo": { "@type": "ImageObject", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Fwebsite%2Fimages%2Feuronews-logo-main-blue-403x60.png", "width": "403px", "height": "60px" }, "sameAs": [ "https://www.facebook.com/pt.euronews", "https://twitter.com/euronewspt", "https://flipboard.com/@euronewspt", "https://www.linkedin.com/company/euronews" ] }, "articleSection": [ "Mobilidade" ], "isAccessibleForFree": "False", "hasPart": { "@type": "WebPageElement", "isAccessibleForFree": "False", "cssSelector": ".poool-content" } }, { "@type": "WebSite", "name": "Euronews.com", "url": "/", "potentialAction": { "@type": "SearchAction", "target": "/search?query={search_term_string}", "query-input": "required name=search_term_string" }, "sameAs": [ "https://www.facebook.com/pt.euronews", "https://twitter.com/euronewspt", "https://flipboard.com/@euronewspt", "https://www.linkedin.com/company/euronews" ] } ] }
PUBLICIDADE

NASA prepara-se para analisar amostras de asteroides que poderão ajudar a explicar o início da vida no Sistema Solar

magem mostra uma representação da sonda espacial OSIRIS-REx em contato com o asteroide Bennu
magem mostra uma representação da sonda espacial OSIRIS-REx em contato com o asteroide Bennu Direitos de autor AP Photo
Direitos de autor AP Photo
De Euronews and AFP
Publicado a Últimas notícias
Partilhe esta notíciaComentários
Partilhe esta notíciaClose Button

As amostras foram recolhidas pela sonda espacial não tripulada OSIRIS-REx, que foi lançada do Cabo Canaveral em 2016.

PUBLICIDADE

No interior de um laboratório imaculado em Houston, os cientistas estão a preparar o regresso da OSIRIS-REx, a sonda espacial que a NASA lançou para o espaço em 2016.

A nave não tripulada regressará com uma carga particularmente preciosa: amostras recolhidas do asteroide Bennu, que poderão desvendar os segredos do início da vida no Sistema Solar.

Os espécimes de rocha e poeira recolhidos serão divididos em amostras a analisar imediatamente e amostras a armazenar para o futuro, para que as novas gerações, com tecnologia mais avançada, possam conduzir a sua própria investigação.

"Não esperamos que haja nada vivo, mas sim os blocos de construção da vida", explicou Nicole Lunning, a principal curadora de amostras da OSIRIS-REx.

"Foi isso que motivou a ida a este tipo de asteroide, para compreender quais foram os precursores que poderão ter fomentado a vida no nosso sistema solar e na Terra", acrescentou.

A nave espacial deverá aterrar no Utah a 24 de setembro, transportando os cerca de 250g de material que recolheu do asteroide em outubro de 2020.

Apesar do planeamento meticuloso da missão, a recolha das amostras não foi tarefa fácil.

Durante o processo, a sonda entrou em o com o asteroide durante alguns segundos e foi emitida uma rajada de nitrogénio comprimido para levantar a amostra de poeira e capturá-la.

No entanto, os cientistas ficaram preocupados quando uma válvula do compartimento não fechou, permitindo que algumas das preciosas amostras escaem para o espaço.

Estas amostras não atingiram a Terra. Não foram expostas à nossa atmosfera. Não foram expostas a nada, exceto ao espaço agreste, durante milhares de milhões de anos. (...) ajudar-nos-ão a determinar se o que pensamos ser verdade é mesmo verdade.
Eve Berger
Cosmoquímica da NASA

Por fim, os espécimes foram transferidos com sucesso para uma cápsula no centro da nave e fixados.

As sondas japonesas de 2010 e 2020 foram as primeiras a recolher com sucesso amostras de asteroides e a devolvê-las à Terra.

A última, de 2020, revelou conter o composto biológico uracilo, que é um dos componentes do ácido ribonucleico (ARN).

O ARN é uma molécula polimérica que está presente em todas as células vivas e é essencial para a maioria das funções biológicas.

A descoberta deu crédito à teoria de que a vida na Terra pode ter tido origem, em parte, no espaço exterior, quando asteroides embateram no planeta transportando elementos fundamentais.

"Estas amostras não atingiram a Terra. Não foram expostas à nossa atmosfera. Não foram expostas a nada, exceto ao espaço agreste, durante milhares de milhões de anos", disse Eve Berger, uma cosmoquímica da NASA.

Em última análise, "ajudar-nos-ão a determinar se o que pensamos ser verdade é mesmo verdade", acrescentou.

E não é apenas a perspetiva de aumentar o conhecimento sobre como surgiu a vida no nosso mundo que entusiasma os cientistas.

"Se conseguirmos descobrir o que aconteceu aqui na Terra, isso ajuda-nos a extrapolar para outros corpos, para onde podemos olhar ou como podemos interpretar o que estamos a ver", disse Berger.

Para mais informações sobre esta história, veja o vídeo no leitor multimédia.

Editor de vídeo • Aisling Ní Chúláin

Ir para os atalhos de ibilidade
Partilhe esta notíciaComentários

Notícias relacionadas

NASA recolhe maior amostra de sempre de um asteroide

NASA publica álbum com "Sons do Universo"

Regresso à Lua já tem rostos: Conheça os quatro eleitos da NASA