José Pedro Aguiar-Branco, do PSD, era o único candidato a presidente da Assembleia da República. Mais nenhum partido decidiu apresentar candidatos.
José Pedro Aguiar-Branco foi reeleito presidente da Assembleia da República esta terça-feira com 202 votos a favor, 25 votos brancos e três votos nulos.
Aguiar-Branco terá conseguido quase todos os votos das bancadas que prometeram votar na sua reeleição: as bancadas da AD, PS e Chega somam 209 deputados, e teve 202 votos.
O ano ado, o presidente do Parlamento só conseguiu ser eleito à quarta votação com menos 42 votos.
Após serem conhecidos os resultados, Aguiar-Branco desceu ao plenário e cumprimentou os deputados únicos de BE, PAN e JPP e os líderes parlamentares dos restantes partidos.
Momentos após ser reeleito, agradeceu o "voto de confiança" dos deputados e prometeu ser "equidistante" e garantir que todos os parlamentares são ouvidos.
"O que posso assegurar, em nome da mesa, é que seremos equidistantes e respeitadores de todos os eleitos. Só assim respeitamos a vontade popular, vontade expressa em eleições livres, diretas e universais que, em 51 anos de democracia, nunca foram postas em causa, um bom exemplo que nos vai distinguindo do que acontece noutras geografias políticas", garantiu.
"Temos hoje neste hemiciclo o maior número de partidos de sempre, com sete grupos parlamentares e três deputados únicos. Há muitos estreantes e há um conjunto de geometrias variáveis que desafiou tudo o que julgávamos saber", afirmou, acrescentando: "Temos pela frente uma legislatura exigente."
Com a nova geometria parlamentar, são muitas as novidades na legislatura que se inicia esta terça-feira, a começar pelos 44 deputados estreantes no Parlamento.
Há três blocos que vão ter um peso relativo maior nas votações: PSD com 89 deputados (91 com o CDS), Chega com 60 deputados e PS com 58. Pela primeira vez desde 1976, o PS não elegeu pelo círculo da emigração.
O Juntos Pelo Povo elegeu Filipe Sousa, um estreante que leva para a Assembleia da República o primeiro partido regional.
Os resultados das eleições levaram também à queda de dois líderes partidários. No PS, Pedro Nuno Santos sai, mas fica para já como deputado. Na IL, Rui Rocha demitiu-se, ficando como deputado.
Este foi o primeiro dia de trabalhos no Parlamento. A sessão interrompe a 25 de julho para férias.