Trump diz acreditar que tanto a Rússia como a Ucrânia querem a paz, acrescentando que tem o seu próprio calendário para acabar com a guerra, mas avisa que a atitude de Washington pode mudar drasticamente se não se chegar a um acordo até lá.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, diz que a Rússia fez uma “grande concessão” para acabar com a guerra na Ucrânia, ao não tomar “todo o país”.
Trump insiste que está a exercer “muita pressão sobre a Rússia” e que é por isso que o presidente Vladimir Puttin está “a falar neste momento”.
“Acho que ele quer fazer um acordo, vamos descobrir muito em breve, mas são precisos dois para dançar o tango”, disse Trump.
Trump fez os comentários durante uma reunião na Sala Oval com o primeiro-ministro norueguês Jonas Gahr Støre.
A Ucrânia e grande parte da Europa opam-se ferozmente a esta ideia, argumentando que não é uma cedência para a Rússia fazer uma pausa na sua apropriação de terras.
Na quinta-feira, Trump publicou o que para ele é uma rara repreensão a Putin, depois de a Rússia ter atacado Kiev durante horas com mísseis e drones, matando pelo menos 12 pessoas e ferindo 90, no ataque mais mortífero à capital em quase um ano.
"Não estou satisfeito com os ataques russos a KYIV. Não é necessário e o momento é muito mau. Vladimir, pára! Estão a morrer 5000 soldados por semana", afirmou Trump numa publicação na sua plataforma social Truth.
Respondendo aos repórteres que questionaram a sua escolha de palavras e a referência direta ao seu homólogo russo, Trump disse: "Não gostei da noite ada. Não fiquei contente com ela".
"Estávamos a falar de paz e foram disparados mísseis. E eu não fiquei contente com isso. Foi isso que eu quis dizer", acrescentou o 47º presidente dos EUA.
Pouco antes de Trump e o primeiro-ministro norueguês almoçarem na Ala Oeste da Casa Branca, o presidente dos EUA disse acreditar que a Rússia e a Ucrânia "ambos querem a paz" e o fim do conflito.
“Há muito sangue sujo, muita desconfiança, mas espero que consigamos chegar lá, para bem de muitos jovens que estão a morrer”, observou
"Eu tenho o meu próprio prazo e queremos que seja rápido".
O tom do presidente foi mais otimista quanto às perspetivas de se chegar a um acordo do que nas suas anteriores publicações nas redes sociais.
Na quarta-feira, criticou duramente o seu homólogo ucraniano, Volodymyr Zelenskyy, depois de este ter reagido a uma proposta dos EUA que incluía a cedência, por parte de Kiev, de território que a Rússia tomou à Ucrânia.