Vários líderes europeus reagiram ao sangrento ataque com mísseis russos à cidade ucraniana de Sumy no Domingo de Ramos. O presidente do Conselho Europeu chamou-lhe de um "ataque criminoso".
Numa altura em que o número de mortos sobe para 33, vários lideres europeus condenaram o sangrento ataque russo à cidade de Sumy, no norte da Ucrânia.
O presidente do Conselho Europeu demonstrou nas redes sociais total indignação por aquilo a que chamou de um "ataque criminoso de mísseis da Rússia ao centro da cidade de Sumy", em pleno dia de celebração do Domingo de Ramos antes Páscoa.
António Costa disse ainda que a "Rússia continua a sua campanha de violência, demonstrando uma vez mais que a guerra persiste apenas por que a Rússia quer". Costa apelou ainda à comunidade internacional total condenação pelo ataque.
A chefe da diplomacia europeia, Kaja Kallas, também demonstrou indignação, classificando o ataque como um "exemplo horrível de intensificação dos ataques por parte da Rússia, enquanto a Ucrânia aceitou um cessar-fogo incondicional", escreve Kallas.
O primeiro-ministro do Reino Unido também disse estar "chocado" pelo ataque russo.
"Estou chocado com os horríveis ataques da Rússia a civis em Sumy e os meus pensamentos estão com as vítimas e os seus entes queridos neste momento trágico.
O Presidente Zelenskyy demonstrou o seu empenhamento na paz. Putin deve agora concordar com um cessar-fogo total e imediato, sem condições", escreveu Keir Starmer.
Ursula von der Leyen também reagiu aos ataques nas redes sociais, ao sublinhar que a "crueldade russa voltou a atacar, matando homens, mulheres e crianças na cidade de Sumy. Um ataque bárbaro, tornado ainda mais vil quando as pessoas se reuniam pacificamente para celebrar o Domingo de Ramos".
A líder da União Europeia aponta para a "flagrante violação do direito internacional" por parte da Rússi e pede "medidas urgentes e enérgicas para impor um cessar-fogo".
"A Europa continuará a ar os seus parceiros e a exercer uma forte pressão sobre a Rússia até que o derramamento de sangue termine e seja alcançada uma paz justa e duradoura, nos termos e condições da Ucrânia. As vítimas do ataque de hoje, as suas famílias e todos os ucranianos estão nos nossos corações. Hoje e todos os dias, a Europa está ao lado da Ucrânia e do Presidente @ZelenskyyUa", escreve von der Leyen.
Donald Tusk, primeiro-ministro da Polónia, chamou ao ataque de "Domingo de Ramos Sangrento"
E Luís Montenegro, chefe do governo Português, classificou os ataques russos de "intoleráveis", sublinhando que Portugal permanece "ao lado da Ucrânia" e apoia o "cessar-fogo proposto pelos EUA"
No Domingo de Ramos, dois mísseis balísticos russos atingiram o centro da cidade ucrâniana de Sumy, matando pelo menos 34 pessoas e ferindo cerca de 117, números avançados pelas autoridades locais, até ao momento.
As imagens do local mostram filas de sacos pretos para cadáveres na berma da estrada, enquanto outros corpos foram vistos embrulhados em cobertores de alumínio entre os destroços. As equipas de bombeiros tentam lutar para apagar os fogos em carros e encontrar feridos entre os escombros dos edifícios danificados.
Entre os mortos contavam-se duas crianças, afirmou o Serviço Estatal de Emergência da Ucrânia num comunicado, citado pela AP.
O serviço de emergência estatal ucraniano informoU que 117 pessoas ficaram feridas, incluindo 15 crianças.
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